HUGO ALVARENGA NOVAES
hugo.an@uol.com.br
Santa Rita do Sapucaí, MG (Brasil)
Reencarnação - “Quem
tem
ouvidos,
ouça”
Sabemos
que
há diversas
passagens que falam direta
e
indiretamente
sobre
a
pluralidade
das
existências.
Como nos
diz C. F. LOEFFLER: “Basta um único corvo branco para provar que nem todos são negros”. Ao espelharmo-nos nessa
sentença,
achamos
que a
confirmação
das
vidas
múltiplas pelo Cristo é suficiente para que acreditemos na reencarnação.
Assim
sendo, no
corpo
desse texto, citaremos alguns
trechos de Suas
palavras.
Antes, vejamos o
pensamento
de Allan Kardec acerca do Sábio
dos
Sábios.
Em
seu livro
“A
Gênese”,
cap. XV, item 2, é-nos mostrada a “Superioridade
da
Natureza
de Jesus”. Observemos
este escrito adiante:
“... considerando-o apenas um Espírito superior,
não podemos deixar
de reconhecê-lo
um dos de ordem mais elevada e colocado, por
suas virtudes,
muitíssimo
acima da
humanidade
terrestre. Pelos
imensos
resultados
que produziu, a
sua
encarnação neste
mundo
forçosamente há de ter
sido uma dessas
missões que a Divindade somente a seus mensageiros diretos
confia,
para
cumprimento
de
seus
desígnios.
Mesmo sem
supor que ele fosse o próprio Deus, mas
unicamente
um
enviado
de
Deus
para transmitir sua palavra aos homens,
seria
mais do
que
um profeta,
porquanto seria
um
Messias divino.” (KARDEC,
A. A
Gênese.
FEB, 1995, p. 310).
Visto
isso, veremos que
não nos
cabe
duvidar das
falas
do
Amado
Rabi.
No
célebre “Sermão
da
Montanha”,
O
Sublime
Jardineiro orienta-nos a “conciliarmo-nos
com nosso adversário enquanto há tempo,
se não seremos
levados à
prisão
e
não
sairemos de
lá,
enquanto não
pagarmos
até o
último
ceitil” (Mateus
5,25-26). Ora, em apenas uma vida,
não há tempo
para que nos
reconciliemos
com nossos
inimigos ou
reparemos
todos
aqueles
a
quem
fizemos
mal,
ou ainda
corrijamos as más
ações
cometidas. Para tal tarefa, é necessário várias
existências, pois
reencarnaremos
até
quitarmos com a Justiça Divina nos mínimos detalhes,
nas
mínimas
coisas.
Em
Mateus 11,10,
quando
Jesus refere-se a João
Batista
dizendo: “Este é de quem
está
escrito:
Eis
aí eu
envio
diante da
tua
face
o
meu
mensageiro...”,
o
Meigo
Messias
está confirmando a
profecia que está em
Malaquias 3,1. E o
Cristo
fecha
a
questão dizendo
que
“Quem
tem
ouvidos,
ouça” (Mateus
11,15),
ou seja,
a reencarnação é
verdadeira, acredite
quem
quiser e puder. Se
não
houver as vidas múltiplas, como
pensam
alguns, o
“Filho
do
homem”
mentiu e o Pai Maior não enviou Elias. Prefiro acreditar
ao
contrário.
E
vocês?
Ainda no
primeiro
livro
do
Novo
Testamento,
mais exatamente
em Mateus
17,10-13, deparamo-nos
com o Sublime Mestre
respondendo
claramente
a Pedro, Tiago e João,
que Elias
já
viera e
não
tinha
sido reconhecido
por ninguém. Nesse ponto os discípulos entenderam que
quando Jesus fala
em Elias, estava querendo
dizer
João
Batista.
Aqui,
novamente Jesus confirma o vaticínio contido em
Malaquias 3,1. Fica
tão explícita a reencarnação no
Evangelho
e consequentemente na
Bíblia, que, como diz o
ditado popular:
“o
pior
cego
é
aquele
que
não quer
ver” e “Deixai-os; são
cegos, guias
de
cegos.
Ora, se
um
cego
guiar outro cego, cairão ambos
no
barranco” (Mateus
15,14). Ao recordar-me
dessas frases, e da reencarnação,
imediatamente
me vêm à mente
certos líderes
religiosos que
a negam e ensinam
para
seus
comandados
que as
vidas
sucessivas são
coisa do
demônio.
Vemos no
Evangelho
do
apóstolo
Mateus,
capítulo
dezoito, no
décimo
quarto
versículo, o
Excelso
Pegureiro dizer
que
o
Criador
não
deseja a perdição
de
nenhum
filho
seu. Somente através das vidas
múltiplas,
que os
filhos
de
Deus de
todos
os
tempos,
podem se
salvar,
pois podem reparar o erro cometido em tempos idos, agora em uma nova vida.
Jesus,
em um
de
seus
muitos
diálogos com
Pedro,
nos
ensina
que devemos perdoar
sempre (Mateus
18.21-22). Será
que o
Altíssimo, Soberanamente Justo
e
Bom
que
é... perdoar-nos-á e
dar-nos-á
outra oportunidade através
da reencarnação?
Ou
condenar-nos-á ao inferno e às penas
eternas? Tenho
certeza
de que O Criador
escolherá a
primeira opção.
O
apóstolo João, no
terceiro
capítulo de seu
Evangelho, narra a
conversa
de Jesus
com
Nicodemos e no versículo 3 o Meigo
Raboni
fala
que
devemos
nascer de
novo, fato corroborado nos
versículos 5 e 6, em que
Ele
esclarece
que
nascemos da carne e do espírito
e
não do
alto,
como querem
alguns.
Aqui não
resta a menor
dúvida de que
a reencarnação é uma
realidade, a qual, por ser uma lei natural, é aprovada
por Jesus.
E
em João 9,1-3, o
Cristo,
ao
responder
que
“o
cego de
nascença”
não havia pecado
em uma vida
anterior, confirma inapelavelmente a
reencarnação.
Sendo
que
somos
Espíritos
imortais,
estando num
momento
encarnados
e noutro, desencarnados
e
embora a existência das vidas
múltiplas fique
mais do que evidenciada e provada, há
ainda
os
que
por
puro dogmatismo
combatem
veementemente
a palingenesia. Contudo, sabemos que
existem
leis no
universo
que não
precisam da
nossa
aprovação para
acontecerem. E a
reencarnação é uma
delas. É
certo
que temos ouvidos
para ouvir e reconhecemos
que em
apenas uma vida
não é possível
resgatar todos
os
erros.
Vale
perceber, que
Jesus
não
desmentiu o pensamento de seus
discípulos, de
que
uma
pessoa pudesse
voltar.
Ora, sendo O
Cristo
quem é, ou
seja, O
Governador
Espiritual
de
Nosso
Planeta
e possuindo uma
autoridade
inquestionável,
em hipótese
alguma é
prudente
nós
irmos
contra
Seus
Dizeres. Portanto,
se O
Sublime
Mestre
disse
que
para
sairmos da
prisão, teremos
que
pagar até o último ceitil, que nenhum dos Filhos
do
Pai se
perderá,
que
Elias está vivendo no
corpo de
João Batista, que é preciso nascer de novo para ver
o
Reino de
Deus
ou afirma a vida
passada de um
mendigo, dado
a
nossa
insignificância
perante a
grandiosidade
Do
Inexcedível
Nazareno,
pensamos: “quem
somos nós para
desmentir
isso”? Mas,
como diz o adágio
popular: “cada
um é cada
um e cada
qual é cada
qual”.
Achamos
que a
palavra de Jesus supera a de qualquer um. E você?
Observação: