Para a mulher
Eugênia Braga
Na dolorosa
situação dos
vossos tempos,
observamos a
mulher, de modo
geral,
indiferente aos
seus deveres. As
ilusões
políticas, a
concorrência
profissional, os
venenos
filosóficos
invadiram os
lares.
São poucas as
companheiras
fiéis que se
mantêm nos
postos de
serviço com
Jesus, convictas
da
transitoriedade
das posições
humanas.
Quase sempre, o
que se verifica
é justamente o
naufrágio de
luminosas
esperanças, que,
a princípio,
pareciam
incorruptíveis e
vigorosas.
Semelhantes
desastres são
oriundos do
esquecimento de
que a nossa
linha de frente,
na batalha
humana, é o lar,
com todas as
suas obrigações
sacrificiais,
compelindo as
mães, as
esposas, filhas
e irmãs aos atos
supremos da
renunciação.
Nosso Mestre é
Jesus. Nosso
trabalho é a
edificação para
a vida eterna. É
imprescindível
não olvidar que
os homens
obedecerão, em
todas as suas
tarefas, ao
imperativo do
sentimento. Sem
esse requisito,
são muito raros
os que triunfam.
É necessário
converter o
nosso potencial
de fé em fonte
de auxílio. Nada
conseguiremos no
terreno das
competições
mesquinhas, mas
sim na esfera da
bondade e da
cooperação
espiritual.
Busquemos
compreender,
cada vez mais, o
caráter
transcendente de
nossas
obrigações.
Quando nos
referimos ao
dever doméstico,
claro que não
aludimos à
subserviência ou
à escravidão.
Referimo-nos à
dignidade
feminina com o
Cristo para que
todas nos
tornemos
devotadas
cooperadoras de
nossos irmãos. O
mau feminismo é
aquele que
promete
conquistas
mentirosas,
perdido em
pregações
brilhantes para
esbarrar, mais
tarde, em
realidades
dolorosas.
Reconhecemos,
porém, que o
feminismo, esse
que integra a
mulher no
conhecimento
próprio, é o
movimento de
Jesus, em favor
do lar, para o
lar e dentro do
lar.
Felizes sois,
portanto, pela
santidade de
vosso
ministério.
Unamos as mãos
no trabalho
redentor. Seja
nossa casa o
grande abrigo
dos corações,
onde todos temos
uma tarefa
sagrada a
cumprir.
Deus no-la
concedeu,
atendendo-nos às
aspirações mais
elevadas e às
súplicas mais
sinceras. Cada
obstáculo seja
um motivo novo
de vitória e
cada pequena dor
seja para nós
uma joia do
escrínio da
eternidade.
Deixai que a
tormenta do
mundo, com suas
velhas
incompreensões,
se atenue pelo
Poder Divino.
Não vos magoe os
ouvidos o rumor
das quedas
exteriores.
Continuai na
casa do coração,
certas de que
Jesus estará
conosco sempre
que lhe
soubermos
preferir a
companhia
sacrossanta.
Do livro
Coletânea do
Além, obra
ditada por
Espíritos
Diversos,
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.