Roberta Carvalho, de
Lambari-MG, pergunta-nos se
as pessoas que amputam
alguma parte do corpo sofrem
também alguma alteração no
corpo espiritual ou
perispírito.
Existem relatos de que
pessoas que tiveram o membro
amputado ainda sentem dores
no local onde ocorreu a
amputação, ou seja, no
chamado membro "fantasma".
Graças às fotografias
Kirlian comprovou-se que nas
plantas das quais se cortou
uma parte, por exemplo um
pedaço da folha, a
contraparte imaterial do que
foi cortado ainda aparece na
foto, o que sugere que uma
lesão física não acarreta
necessariamente lesão no
corpo perispiritual, salvo
se ela se der de maneira
intencional e sem motivo
justificável perante as leis
que regem a vida.
Lembramo-nos da informação
dada por Emmanuel a respeito
das pessoas que desferem um
tiro na cabeça, produzindo
lesão no corpo físico e
também no corpo
perispiritual. Segundo
Emmanuel, tal lesão exigirá
duas ou mais experiências
corpóreas, por meio da
reencarnação, para que seja
sanada. Sabemos que nesses
casos a lesão perispiritual
terá consequência direta na
veste física que o Espírito
envergará nas existências
corpóreas que se seguirem,
até que esteja dita lesão
inteiramente reparada.
Outro exemplo de lesão
física com repercussão no
perispírito é o caso
Wladimir, o jovem suicida
citado no livro “Quem tem
medo da morte?”, de Richard
Simonetti. Segundo mensagem
por ele transmitida por
intermédio de Chico Xavier,
Wladimir sentia no mundo
espiritual os efeitos da
bala que lhe atravessou o
peito, a qual produziu no
corpo espiritual uma ferida
da qual jorrava sangue até
que pôde ser devidamente
socorrido. Wladimir foi o
autor do disparo que lhe
tirou a vida.
No livro Evolução em Dois
Mundos
André Luiz informa-nos que o
perispírito não é reflexo do
corpo físico; é o contrário
disso que se dá. As lesões
do corpo físico só terão,
pois, repercussão no corpo
espiritual se houver fixação
mental do indivíduo diante
do acontecido, ou se o ato
praticado estiver em
desacordo com as leis que
regem a vida.
É assim que alguns pacientes
psiquiátricos mutilam partes
de seus corpos levados por
transtornos mentais
profundos. Não é, porém, o
ato mecânico em si que
altera o perispírito, mas a
grave energia psíquica que
altera as sutilezas do corpo
espiritual, a qual, por
sinal, foi o agente
principal do ato
conturbado.
As tatuagens e as pequenas
mutilações que alguns
indivíduos elaboram como
forma de demonstrar amor
(uma mãe, por exemplo, que
grava o nome do filho no
corpo de modo não tão
conturbado) não trariam,
segundo nosso entendimento,
as mesmas consequências que
ocorreriam com aqueles que
se mutilam de modo
deliberado, movidos por
sentimentos menos nobres.
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