PEDRO DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato Grosso do Sul (Brasil)
As aparências
sempre enganam
As aparências,
por vezes, se
não forem
observadas
atentamente, com
conhecimento de
causa e bom
senso, podem
enganar e levar
a erros com
consequências
imprevisíveis.
No tocante à
atual conjuntura
pela qual passa
a humanidade,
parece que as
sociedades, as
famílias e as
pessoas estão
mergulhadas num
mar de
iniquidade onde
reinam somente
dores e
sofrimentos; as
perspectivas de
dias melhores
são consideradas
utopias e as
desolações e
desesperanças se
tornam cada vez
mais vorazes.
Isso não é
verdadeiro. O
mundo nunca
esteve tão bom
como está agora.
A cada dia que
se passa,
melhora muito
mais. Se não for
assim, Deus está
errado, o Cristo
está sendo
incompetente
para orientar
Seu rebanho, e
Seus mensageiros
não lograram
êxito com suas
sábias e
amoráveis
instruções,
desde o início
da humanidade.
Analisando com
mais vagar as
tormentas
climáticas,
morais,
políticas e
egoístas que
atingem
profundamente os
habitantes da
Terra, observa-se
que elas têm
início nas
decisões
horripilantes de
pequenos grupos
de seres humanos,
espalhados pelo
orbe, que detêm
poderes para
decidir e o
fazem sem levar
em consideração
as mínimas
regras impostas
pela Mãe
Natureza, da
honradez e da
solidariedade
humana.
Por tudo isso, e
muito mais, são
criadas as
aparências
enganosas. Para
melhorar e/ou
vencer essa
realidade
nefanda, é
lembrar-se do
ensinamento de
Allan Kardec
quando diz que «os
bons são tímidos
e os maus
audaciosos”.
Isso leva,
notadamente os
espíritas, à
imperativa
conclusão, com
uma dose muito
grande de
responsabilidade:
eles devem
aproveitar dessa
oportunidade
ímpar que a
mídia está
ensejando. Que
tirem o véu da
timidez; que
falem alto e bom
som sobre a
Doutrina
Espírita; que
laborem no
Espiritismo com
conhecimento de
causa; que sejam
audaciosos no
enfrentamento de
si mesmos; e que
coloquem a
caridade como
fator real
preponderante na
fraternidade,
deletando as
mentirosas e
avassaladoras
aparências que
soterram a
realidade do bem
e bom viver.
*
Um certo dia,
Jesus de Nazaré
proferia mais
uma das Suas
divinais aulas
aos apóstolos
que, por
extensão,
deveriam atingir
toda a
humanidade, como
de fato
atingiram,
porque traziam
nas suas
intimidades as
essências
pedagógicas,
didáticas,
técnicas,
incentivadoras,
consoladoras e
preventivas.
A título de
prevenção, disse
que no mundo
encontraríamos
aflições.
Aprofundando nos
estudos,
pesquisas e
análises desse
ensinamento,
chega-se à
conclusão de que
Jesus Cristo,
como Médico dos
médicos, tratava
doenças físicas
e curava doentes
espirituais de
acordo com a fé
e merecimento de
cada um;
enxugava
lágrimas,
minimizava dores
e sofrimentos;
e, acima de
tudo, procurava
dar subsídios
para que
individualmente
a pessoa pudesse
precaver-se ou
exterminar, não
somente os
efeitos, mas as
causas das
respectivas
anomalias
somáticas,
psicológicas,
morais e
espirituais.
Foi taxativo
quando asseverou
que todo mal tem
nascedouro nas
iniquidades
egoísticas
humanas que dão
azo aos
escândalos que
se materializam
em forma de
vícios.
Allan Kardec
estabelece em O
Livro dos
Espíritos,
capítulo XII,
quando aborda a
Perfeição Moral,
na resposta à
questão 913, que
«de todos os
vícios, o mais
radical é o
egoísmo, e dele
deriva todo o
mal», porque
está
fundamentado nos
interesses
espúrios do ser
humano.
Dissemina na
família, na
sociedade e na
humanidade, sob
variados tipos e
maneiras.
A Doutrina
Espírita, com
fundamentos nos
aspectos
científicos,
filosóficos e
religiosos, não
se atém tanto
aos efeitos,
aprofunda-se nas
causas. Nesse
raciocínio, a
resposta à
indagação feita
na questão 919,
da citada obra,
diz que «o meio
prático e mais
eficaz no
combate a esse
grande mal» é
aplicar os
dizeres de
Sócrates: «conhece-te
a ti mesmo».
Conhecendo a si
mesmo, conhecerá
o mundo
interior. Quem
se conhece não
jornadeia pelos
vales da
insegurança
tropeçando na
ignorância que
liga nada a
coisa alguma,
porque, antes de
agir, consulta
sua consciência
e age com bom
senso.
Portanto, o
autoconhecimento
aureolado pela
educação leva à
disciplina e à
ética; a moral
ilibada,
estimulada pela
boa vontade
ativa, respalda
o indivíduo para
a transformação
moral; alicerça-o
para domar as
emoções; ajuda-o
a administrar as
preocupações; e
evita a
precipitação.
Eis as fontes
seguras para se
evitar os
escândalos e
seus tentáculos
ardilosos.