CLÁUDIO BUENO DA SILVA
klardec@yahoo.com.br
Osasco, SP
(Brasil)
Amigos a toda
prova
“A doutrina dos
anjos da guarda
velando pelos
protegidos... é
grande e
sublime.” -
Allan Kardec
(*)
O tema sobre os
anjos da guarda
é tratado
por Allan Kardec
no capítulo IX
de O Livro dos
Espíritos, numa
série de
perguntas feitas
aos Espíritos
que trabalharam
com ele na
estruturação da
Doutrina
Espírita. Esse
estudo é
enriquecido, no
mesmo capítulo,
por uma
comunicação
assinada pelos
Espíritos São
Luís e Santo
Agostinho, texto
esse publicado
posteriormente
na Revista
Espírita,
janeiro de 1859.
É sobre esse
ditado que quero
tecer alguns
comentários.
Nele, os dois
Espíritos
colaboradores de Kardec
aconselham os
homens a
conhecerem
melhor esse
recurso que a
misericórdia
divina pôs ao
lado de cada ser
humano: a
companhia e as
orientações do
anjo da guarda.
Todos têm um
desses amigos
dedicados,
prontos para
ajudar “a
escalar a
montanha
escarpada do
bem”. Espíritos
de ordem
elevada, os
guardiões
recebem a missão
de Deus, “bela,
mas penosa
missão” de
acompanhar os
seus tutelados
desde o
nascimento até a
morte, com
intuito de
fazê-los
progredir.
Inspiram-nos,
procurando
influenciá-los
no bem, num
contato
permanente.
Assim como os
pais devotados
aos filhos, os
guardiões
alegram-se com
os avanços dos
seus protegidos
e lamentam-lhes
os desvios
provocados,
muitas vezes,
pela influência
de Espíritos
inferiores com
que se
comprazem.
S. Luís e Santo
Agostinho falam
com o coração e
sugerem aos
homens
socorrerem-se da
“voz amiga”, nos
momentos de
crise e dúvida,
procurando
escutar com a
alma; que
se compenetrem
dessa verdade e
se esforcem por
evitar
comprometimentos
irresponsáveis
durante a vida,
buscando
consultá-los com
o auxílio da
prece, sempre
que pressentirem
fraqueza moral.
Os anjos da
guarda
responderão
sempre aos
apelos sinceros,
pois é do seu
total interesse
o progresso dos
seus
protegidos.
Os conselhos de
Santo Agostinho
e S. Luís
traduzem a
beleza dessa
relação amigável
que estabelece
uma “terna
intimidade”
entre os anjos
guardiões e os
encarnados, a
mesma que deve
existir entre os
melhores amigos.
Garantem eles
que esses
Espíritos não se
sentirão
importunados por
serem
solicitados
sempre que
preciso.
A doutrina dos
anjos da guarda
é real, e mostra
que cada pessoa
encarnada tem um
amigo a toda
prova que, em
nome de Deus, se
preocupa com
ela. Conhecer
essa realidade a
estimula na
superação das
provas e não a
deixa pensar que
está sem amparo,
sozinha na
Terra.
(*)
O Livro dos
Espíritos, Cap.
IX, em “Anjos da
guarda,
Espíritos
protetores,
familiares ou
simpáticos”,
editora LAKE,
tradução
J.Herculano
Pires.