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Elucidações de Emmanuel

Ano 5 - N° 209 - 15 de Maio de 2011

 


O caminho da paz

 
 
Dos grandes flagelos do mundo antigo, salientavam-se dez que rebaixavam a vida humana:

  • A barbárie, que perpetuava os desregramentos do instinto.
  • A fome, que atormentava o grupo tribal.
  • A peste, que dizimava populações.
  • O primitivismo, que irmanava o engenho do homem e a habilidade do castor.
  • A ignorância, que alentava as trevas do espírito.
  • O insulamento, que favorecia as ilusões do feuda­lismo.
  • A ociosidade, que categorizava o trabalho à conta de humilhação e penitência.
  • O cativeiro, que vendia homens livres nos mercados da escravidão.
  • A imundície, que relegava a residência terrestre ao nível dos brutos.
  • A guerra, que suprime a paz e justifica a crueldade e o crime entre as criaturas. 

Veio a política e, instituindo vários sistemas de go­verno, anulou a barbárie.

Apareceu o comércio e, multiplicando as vias de transporte, dissipou a fome.

Surgiu a ciência, e exterminou a peste.

Eclodiu a indústria, e desfez o primitivismo.

Brilhou a imprensa, e proscreveu-se a ignorância.

Criaram-se o telégrafo sem fio e a navegação aérea, e acabou-se o insulamento.

Progrediram os princípios morais, e o trabalho ful­giu como estrela na dignidade humana, desacreditando a ociosidade.

Cresceu a educação espiritual, e aboliu-se o cativeiro.

Agigantou-se a higiene, e removeu-se a imundície.

Mas nem a política, nem o comércio, nem a ciência, nem a indústria, nem a imprensa, nem a aproximação entre os povos, nem a exaltação do trabalho, nem a evo­lução do direito individual e nem a higiene conseguem resolver o problema da paz, porquanto a guerra — monstro de mil faces que começa no egoísmo de cada um, que se corporifica na discórdia do lar, e se prolonga na intolerância da fé, na vaidade da inteligência e no or­gulho das raças, alimentando-se de sangue e lágrimas, violência e desespero, ódio e rapina, tão cruel entre as nações supercivilizadas do século 20, quanto já o era na corte obscurantista de Ramsés 2º — somente desa­parecerá quando o Evangelho de Jesus iluminar o co­ração humano, fazendo que os habitantes da Terra se amem como irmãos.

É por isso que a Doutrina Espírita no-lo revela, atualmente, sob a luz da Verdade, fiel ao próprio Cristo que nos advertiu, convincente: — «Conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres.»
 

Do cap. 41 do livro Religião dos Espíritos, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita