Um amigo nos pergunta: Os
Espíritos dos chamados
selvagens também estão
sujeitos à lei do progresso?
Em caso afirmativo, de que
forma eles progredirão?
O assunto foi tratado por
Allan Kardec em seu livro
A Gênese, cap. XI, itens
32 e 33.
A resposta é afirmativa.
Os
Espíritos dos selvagens
fazem parte também da
Humanidade e alcançarão um
dia o nível em que se acham
seus irmãos mais velhos.
Trata-se de um processo
lento, mas gradativo.
A resposta à segunda
pergunta evidencia a
importância da reencarnação,
cujo princípio é uma
consequência direta e
necessária da lei de
progresso.
Sem a reencarnação, como se
explicaria a diferença que
existe entre o presente
estado social e os tempos em
que prevalecia a barbárie?
Admitindo, contudo, que as
almas de agora já viveram em
tempos distantes; que
possivelmente foram bárbaras
como os séculos em que
estiveram no mundo, mas que
progrediram; que para cada
nova existência trazem o que
adquiriram nas existências
precedentes; que, por
conseguinte, as dos tempos
civilizados não são almas
criadas mais perfeitas, mas
são almas que se
aperfeiçoaram por si mesmas
com o tempo, teremos a única
explicação plausível da
causa do progresso social.
É isso que acontecerá com os
chamados selvagens, que, a
cada encarnação, vão subindo
na escala evolutiva, tanto
no aspecto moral como no
aspecto intelectual, para o
que é importantíssimo o
contato com outras culturas,
contrariamente ao que alguns
estudiosos têm dito.
O homem não pode progredir
sozinho, vivendo apartado da
sociedade. É-lhe fundamental
a interação com outros
indivíduos. O mesmo ocorre
com os selvagens, que não
teriam futuro nenhum caso a
existência corpórea fosse
uma só.
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