– Estão os cientistas
perto de descobrirem o
Espírito, melhor
dizendo, a essência do
perispírito, a
vibração?
Raul Teixeira:
Gradativamente eles
estão chegando lá. Na
área da Física, nós
temos o estudo das
micropartículas, e os
físicos, cada vez que
mergulham nas
micropartículas,
descobrem partículas
ainda menores. Estamos a
encaminhar-nos para o
campo das energias puras
e, ao chegarmos ao campo
das energias puras, não
haverá saída a não ser a
admissão de um mundo de
energias puras,
chame-lhe a ciência como
lhe chamar. Nós
chamamos-lhe mundo
normal primitivo, ou
mundo dos Espíritos. Os
cientistas já se dão
conta há muitos anos de
que há possibilidade (a
ciência tem esse
cuidado) de haver vida
noutros mundos, noutros
planetas. Já estão a
instalar antenas de
captação de sinais de
rádio para essa
tentativa de registar
alguma coisa cósmica. De
maneira que os
cientistas dotados desse
amor pela humanidade, de
querer descobrir coisas
novas, de inventar
coisas novas, certamente
são bem inspirados pelos
guias que dirigem o
nosso planeta. Não
precisamos, nós os
espíritas, ter nenhuma
ansiedade; vamos
cumprindo o nosso
trabalho. Enquanto nós
estivermos com qualquer
pensamento de convencer
o cientista, ou a quem
quer que seja, estaremos
deixando de lado a nossa
vivência espírita, que é
o fundamental. Assim,
cada um vai ter a sua
época de chegar, do
mesmo modo que nós
demoramos o tempo x, y,
z para chegar e aceitar
o Espiritismo, ainda
que, nas proporções em
que o fazemos, chegará o
dia em que cada
cientista, cada
filósofo, cada pensador,
cada materialista, cada
ateu vai encontrar o seu
caminho de Damasco.
Extraído de entrevista
concedida ao Jornal
de Espiritismo, da
ADEP, Portugal, quando
do 6º Congresso Espírita
Mundial realizado em
Valência, Espanha, em
outubro de 2010.
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