MARIA MARGARIDA
F.
MOREIRA
3m@uol.com.br
São Paulo, SP
(Brasil)
Na pregação
A missão de
ensinar, na
Terra, está
bastante
desmoralizada.
Os que ensinam,
quase sempre, se
apresentam de
dois modos
diferentes de
agir. Mostram
certas atitudes
ao pregar e
adotam outras
nas atividades
diárias. Há
sempre vozes
habilitadas a
indicar o
caminho.
Entretanto, são
raras as
criaturas que o
percorrem
verdadeiramente.
A mensagem de
qualquer
procedência, que
nos induza ao
bem e à verdade
é sempre valiosa
em seus
fundamentos,
principalmente
se a usamos em
nossa
experiência.
No capítulo XXI,
de O Evangelho
segundo o
Espiritismo, o
item 8 diz:
“... e se
confirmando as
palavras lhes
juntam os atos,
então podereis
dizer: Estes
são, realmente,
os enviados de
Deus. Mas
desconfiai das
palavras
melífluas,
desconfiai dos
escribas e
fariseus que
pregam nas
praças públicas
vestidos de
longas vestes.
Desconfiai dos
que pretendem
estar na posse
exclusiva e
única da
verdade”.
Na pregação
genuinamente
cristã, não é
suficiente dizer
onde está o
divino Mestre. É
imprescindível
mostrá-Lo na
exemplificação
própria, pois
muitas pessoas
acreditam em
teorias
falaciosas e
vãs, em
perspectivas de
liberdades sem
obrigações.
Vivendo na
matéria é
impossível
computar o
doloroso preço
ou determinar o
tempo necessário
ao resgate
preciso da
dívida. Muita
lágrima tem
custado a
pregação de
falsos
discursos. A
preocupação de
proselitismo é
sempre perigosa
para os que se
seduzem com a
beleza sonora
das palavras sem
exemplos
edificantes. Se
a ação
edificante
fosse, pois,
desnecessária, a
mais humilde
tese do bem
deixaria de
existir por ser
inútil. É no
Campo Cristão
que reside a
diferença entre
a cultura e a
prática, entre o
saber e fazer. E
em Jesus há a
exemplificação
máxima através
de sacrifícios
culminantes.
No Evangelho de
Marcos, capítulo
1, versículo 38,
temos:
“E Ele lhes
disse: Vamos às
aldeias vizinhas
para que eu ali
pregue; porque
para isso eu
vim”.
Jesus é muito
claro na sua
afirmação: Ele
veio ao mundo
para pregar os
ensinamentos do
Pai. Pregou a
verdade em todos
os lugares, fez
discurso de
renovação,
comentou a
necessidade do
amor para
resolver os
nossos
problemas. Deu
testemunho vivo
de seu
apostolado,
desde a primeira
manifestação
sublime até a
cruz. Por isso é
que cumprir a
palavra do
Mestre em nós é
programa divino,
também,
exortando nosso
companheiro a
viver de
conformidade com
as leis do
criador,
indicando no
trabalho o
roteiro de
evolução e
aperfeiçoamento.
O discípulo
sincero sabe que
dizer é fácil,
porém o difícil
é revelar os
propósitos do
Cristo na nossa
própria
existência.
Quando Jesus
disse “Ide e
pregai”
significa a
pregação pelo
exemplo para que
os outros
aprendam como é
preciso fazer,
porque a palavra
bem orientada é
um sopro de luz
na consciência
de quem ouve.
Mas o exemplo é
a caridade de
Deus que nunca
se desfaz.
O interesse de
mostrar aos
outros os
prodígios nas
pregações pode
despertar muitas
pessoas para o
reino da
esperança. Não
obstante, a
vivência dia a
dia dos
preceitos
divinos garante
a tranquilidade
nos corações. O
entusiasmo de
querer comprovar
através das
escrituras a
verdadeira
identidade do
Cristo pode Lhe
render muitas
ovelhas no Seu
rebanho.
Entretanto, a
autoeducação em
nome desse mesmo
Cristo, para que
Ele viva
eternamente nas
criaturas, vale
mais por ser
força de
libertação
daqueles
amarrados pela
ignorância.
Portanto, nunca
é demais
comentar a
importância e o
caráter sagrado
das nossas
pregações.
“Ensinemos, sim,
o caminho da
redenção;
tracemos
programas
salvadores onde
estivermos;
façamos brilhar
a luz do
Evangelho do
Cristo em nossa
boca ou em nossa
frase escrita,
porém,
permaneçamos
convencidos de
que, se esses
clarões não
descortinam as
nossas boas
obras, estaremos
entre a
expectação e a
desconfiança,
porque palavra
combina com
ação.”
A atualidade
reclama ensinos
edificantes, mas
nada
compreenderá sem
demonstrações
práticas, mesmo
porque a
realização mais
difícil do
homem, na esfera
carnal, é viver
e morrer fiel ao
eterno bem. Se
nos propomos a
cooperar com o
Evangelho, não
basta falar,
aconselhar e
informar. É
fundamental ir e
ensinar através
do exemplo.
Bibliografia:
KARDEC, Allan.
O Evangelho
segundo o
Espiritismo,
2ª Edição, 1990,
São Paulo.
XAVIER,
Francisco C.,
pelo Espírito de
Emmanuel.
Caminho, Verdade
e Vida, 25ª
Edição, 2005,
Rio de Janeiro.
XAVIER,
Francisco C.,
pelo Espírito de
Emmanuel.
Fonte Viva,
20ª Edição,
1995, Rio de
Janeiro.
XAVIER,
Francisco C.,
pelo Espírito de
Emmanuel. Pão
Nosso, 24ª
Edição, 2004,
Rio de Janeiro.
XAVIER,
Francisco C.,
pelo Espírito de
Emmanuel.
Vinha de Luz,
23ª Edição,
2005, Rio de
Janeiro.
XAVIER,
Francisco
C., pelo
Espírito
de
Emmanuel.
Vinha
de Luz,
Lição
159,
pág. 334
– 23ª
Edição,
2005,
Rio de
Janeiro.