O
Supremo
Tribunal
Federal
e a
união
dos
homossexuais
Não
existe
assunto
mais
comentado
em nosso
meio do
que o
tema
homossexualidade.
Somente
na
edição
209
deste
periódico
foram
publicadas
na seção
de
Cartas
duas
missivas
enviadas
via
internet
por
leitores
da
revista,
um
residente
no
Brasil,
outro em
Portugal.
O
assunto
ganhou
dimensão
ainda
maior
depois
que o
Supremo
Tribunal
Federal
decidiu,
no
início
de maio,
pela
legalização
da união
estável
dos
homossexuais,
fato que
permitirá
a
regularização
das
uniões
existentes,
até
então
situadas
à margem
da lei.
Do
célebre
e já
histórico
julgamento
é
interessante
transcrever
algumas
frases
então
pronunciadas
por
Ministros
do
Supremo
e pelo
Procurador
Geral da
República:
"O
reconhecimento
jurídico
das
uniões
homossexuais
não
enfraquece
a
família,
mas
antes
fortalece."
-
Roberto
Gurgel -
Procurador-Geral
da
República.
"Privar
os
membros
de
uniões
homossexuais
afetivas
atenta
contra
sua
dignidade,
expondo-os
a
situações
de risco
social
injustificável."
– Idem.
"O sexo
das
pessoas
não se
presta
como
fator de
desigualdade
jurídica."
-
Ministro-Relator
Carlos
Ayres
Britto.
"A
escolha
por uma
união
homoafetiva
é
individual
e
íntima."
-
Ministra
Cármem
Lúcia.
"O
homossexualismo
é um
traço da
personalidade,
não é
uma
ideologia
nem é
uma
opção de
vida." -
Ministro
Luiz Fux.
"O
reconhecimento
de
uniões
homoafetivas
encontra
seu
fundamento
em todos
os
dispositivos
constitucionais
que
tratam
da
dignidade
humana."
-
Ministro
Joaquim
Barbosa.
"Uma
sociedade
decente
é uma
sociedade
que não
humilha
seus
integrantes."
-
Ministra
Ellen
Gracie.
"O
Brasil
está
vencendo
a guerra
desumana
contra o
preconceito,
o que
significa
promover
o
desenvolvimento
do
Estado
de
Direito,
sem
dúvida
alguma."
-
Ministro
Marco
Aurélio
de
Mello.
No
âmbito
espírita
já eram
conhecidas
as
posições
tornadas
públicas
por três
eminentes
personalidades
do
movimento
espírita,
cuja
sapiência
em
matéria
de
Espiritismo
é
notória
e, por
isso
mesmo,
respeitada.
Em
entrevista
publicada
nesta
revista
no dia
18 de
janeiro
de 2009,
Raul
Teixeira
examinou
o
assunto.
Eis o
que ele
disse:
“Consideramos
que
qualquer
oficialização
que se
estabelece
no mundo
corresponde
à
formalização
de
situações
que já
existem,
ou que
precisam
ser
normatizadas
para
evitar
distorções
nos
julgamentos
de
diversificadas
situações,
em
respeito
ao
conceito
formal
de
justiça.
Assim,
se se
fala de
oficialização
de
casamentos
entre
pessoas
do mesmo
sexo é
que
essas
pessoas
já estão
se
unindo
sem
qualquer
formalização,
deparando-se,
a partir
disso,
com
problemas
cujas
soluções
exigem
um
pronunciamento
da lei
que
regulamenta
a vida
de um
povo ou
de uma
sociedade.
Independentemente
do nome
que se
deseje
dar a
essas
uniões,
a
realidade
é que
tais
uniões
existem.
Seus
parceiros
podem
conviver
pouco ou
muito
tempo
juntos;
podem
fazer
aquisições
de
variada
índole
em nome
da dupla
ou
durante
o
período
em que
estão
juntos
os
indivíduos.
Como
ficará,
perante
a
sociedade
organizada,
a
situação
de um e
de outro
parceiro?
Em caso
de
falecimento
de um
deles,
há ou
não há
direitos
a
pensões
e outros
benefícios,
após uma
vida
passada
em
comum?
Todos os
quadros
com os
quais
nos
defrontamos
e que
tomam
corpo na
sociedade
precisam
ser
estudados
e
disciplinados
pela
legislação.
Não há
como
fazer
vistas
grossas
e fazer
de conta
que tal
coisa
não
existe.
Logo,
não há
como
fugirmos
dessa
oficialização
em nome
de
qualquer
tradição
ou
preconceito,
uma vez
que os
fatos aí
estão
afrontando
os
tempos e
exigindo
um
posicionamento
oficial
das
autoridades,
pois não
há lei
que
possa
impedir
de fato
que duas
pessoas
do mesmo
sexo
tenham
vida em
comum,
que se
entendam,
que se
cuidem
ou que
se
amem.”
(O
Consolador,
edição
90, de
18/1/2009,
entrevista
disponível
em
http://www.oconsolador.com.br/ano2/90/entrevista.html.)
Anteriormente,
no dia
13 de
abril de
2008, em
entrevista
também
publicada
nesta
revista,
Divaldo
Franco
não
formulou
pensamento
diferente.
Eis o
que o
confrade
disse a
propósito
da
oficialização
do
casamento
entre
homossexuais:
“A
questão
é
momentosa,
em face
das
ocorrências
desse
gênero
que não
mais
podem
permanecer
ignoradas
pela
sociedade.
O
homossexualismo
sempre
esteve
presente
no
processo
histórico,
aceito
em um
período,
noutro
combatido,
desprezado
em uma
ocasião
e noutra
ignorado,
mas
sempre
presente...
Penso
que se
trata de
uma
conquista
em
relação
aos
direitos
humanos
a
legalização
de algo
que
permanecia
à
margem,
dando
lugar a
situações
graves e
embaraçosas.”
(O
Consolador,
edição
51, de
13/4/2008,
entrevista
disponível
em
http://www.oconsolador.com.br/51/entrevista.html.)
Por fim,
lembremos
que há
quase 40
anos,
mais
precisamente
em
21/12/1971,
Chico
Xavier,
entrevistado
no
programa
Pinga
Fogo 2,
na
extinta
TV Tupi,
tratou
do
assunto,
ocasião
em que
pronunciou
estas
sábias
e,
podemos
dizer,
proféticas
palavras
acerca
do
momentoso
tema:
"(...)
não
devemos
desconsiderar,
de
maneira
nenhuma,
a
maioria
de
nossos
irmãos
que
vieram e
que
estão na
Terra em
condições
inversivas
do
ponto-de-vista
de sexo,
realizando
tarefas
muito
edificantes
em
caminho
da
redenção
de seus
próprios
valores
íntimos.
Consideramos
isso com
muito
respeito
e
acreditamos
que a
legislação
do
futuro
em suas
novas
faixas
de
entendimento
humano
saberá,
dentro
da
família,
sem
abalar
as bases
da
família,
a
legislação
humana
saberá
incorporar
à
família
humana
todos os
filhos
da
humanidade,
todos os
filhos
da
Terra,
sem que
a
frustração
afetiva
venha
continuar
sendo um
flagelo
para
milhões
de
pessoas...
A
frustração
afetiva
é um
tipo de
fome
capaz de
superlotar
os
nossos
sanatórios
e
engendrar
os mais
obscuros
processos
de
obsessão,
e por
isso
mesmo,
devemos
ter
esperança
de que
todos os
filhos
de Deus
na Terra
serão
amparados
por leis
magnânimas
com base
na
família
humana,
para que
o
caráter
impere
acima
dos
sinais
morfológicos
e haja
compreensão
humana
bastante
para que
os
problemas
afetivos
sejam
resolvidos
com o
máximo
respeito
às
nossas
leis sem
abalar
de um
milímetro
o
monumento
da
família
que é a
base do
Estado.”
(Pinga
Fogo 2,
TV Tupi,
disponível
em:http://video.google.com/videoplay?docid=-1415852355166493654#docid=-869356057829881564.)
Nota:
Na
leitura
dos
textos
abaixo
indicados,
todos
eles
publicados
nesta
revista,
o leitor
encontrará
subsídios
suficientes
para
compreender
qual é a
visão
espírita
a
respeito
da
homossexualidade:
edição 8
-
http://www.oconsolador.com.br/8/editorial.html
edição
104 -
http://www.oconsolador.com.br/ano3/104/editorial.html
edição
168 -
http://www.oconsolador.com.br/ano4/168/oespiritismoresponde.html
edição
15 -
http://www.oconsolador.com.br/15/especial.html
edição
85 - http://www.oconsolador.com.br/ano2/85/especial.html
edição
144 - http://www.oconsolador.com.br/ano3/144/especial.html
|