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Internacional
Ano 5 - N° 211 - 29 de Maio de 2011
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)

 

Divaldo Franco inicia novo périplo pela Alemanha

 As atividades do conhecido orador tiveram início no dia 18 de maio na cidade de Stuttgart, na sede da Federação Espírita Alemã
 

O Arauto do Evangelho e conferencista internacional Divaldo Pereira Franco iniciou numa quarta-feira, dia 18 de maio (fotos), a sua mais recente excursão de natureza doutrinária por diversas cidades da Alemanha. A primeira atividade foi na cidade de Stuttgart, na sede da Federação Espírita Alemã e do Studienkreis Allan Kardec e V.  Divaldo, neste périplo pela Europa e Países Baixos, encontra-se acompanhado de seu primo Nilson de Souza Pereira.

A reunião teve início com as palavras de acolhimento proferidas por Mary Gekeler, presidente da Federação Espírita Alemã e do Grupo Espírita. De imediato, um belo momento musical preparou o ambiente. A harmonia, a vibração e a emoção experimentada naquele momento foram prenúncios, que se concretizaram, de grande proveito para todas as pessoas que superlotaram as dependências.

Divaldo Franco, com o apoio de Edith Burkhard, sua tradutora para a língua alemã, apresentou o tema Libertação do Sofrimento. Trouxe para embasamento do assunto o pensamento de alguns filósofos e psicólogos sobre a felicidade, o objetivo ou o sentido da vida, sobre o possuir ou não possuir bens materiais, a felicidade relativa.

A falta de um objetivo para viver leva a criatura ao sofrimento. Ilustrando esse ponto, Divaldo apresentou, de forma sucinta, a história de Sidarta Gautama – o Buda –, que foi quem melhor definiu o sofrimento, antes de Jesus. Buda afirmava que as quatro grandes verdades são: o sofrimento, a causa do sofrimento, como se libertar do sofrimento e os meios para se libertar do sofrimento.

Pensar, falar e agir corretamente; perdoar totalmente; servir sempre; fazer o bem a todo o instante; não incentivar o mal; e viver em totalidade, eis a libertação do sofrimento de acordo com o pensamento filosófico de Buda. Jesus, seiscentos anos depois, com sua luz incomum, preconizou como solução para todos os problemas o amor. Amar de tal forma que possa dar-se ao próximo em totalidade.

Jesus reformulou a história da humanidade. Até Ele, o vitorioso era aquele que vencia os outros. Depois Dele, o vitorioso é aquele que vence as suas próprias paixões. É muito fácil vencer os outros utilizando-se da calúnia, da traição, do punhal, do revólver. Vence-se qualquer um utilizando-se da calúnia. Mas, para vencer-se, vencer as paixões, é necessário grande esforço moral, com a utilização de um objetivo psicológico, afirmou Divaldo Franco.

Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, sintetizou o pensamento de Buda e de Jesus dizendo que cada criatura é aquilo que ela faz de si mesma, que a vida tem um sentido psicológico, sendo o homem um semeador que colhe o que semeia. Quando a criatura humana tem problemas, eles são frutos dos equívocos passados. Para modificar-se é necessário realizar ações nobres para colher os frutos depois. Amar para não

Divaldo e o Cônsul_Geral em Frankfurt

Autógrafos em Bonn

Público em Bonn

Encerramento em Bonn

Divaldo e a tradutora em Essen

Público em Essen

Público em Frankfurt

Público em Mannheim

ter problemas, essa é a ação enobrecedora da criatura humana, porque todo o bem que possa ser feito elimina o mal que foi realizado, sintetizou o incansável conferencista.

A Lei do Universo é  a Lei do amor. A busca da autorrealização é o objetivo essencial da existência, de acordo com Carl Gustav Jung. É fácil encontrar o significado psicológico da vida, basta ser melhor em todos os aspectos, amando mais, reclamando menos. Finalizando, Divaldo Franco, recitou o Poema de Gratidão, de Amélia Rodrigues, como oração final. Os aplausos irromperam espontâneos e vigorosos. Foi um preito de gratidão daqueles que se dispuseram a investir visando libertarem-se dos sofrimentos.

Após o evento Divaldo Franco foi entrevistado por Ligia Braz, do Brasiversum Her(t)z Show. (www.freies-radio.de)

A etapa seguinte foi Frankfurt

Em Frankfurt, no dia 19 de maio, Divaldo Franco foi recebido pelo Freundskreis Allan Kardec e. V. – Círculo de Amigos Allan Kardec. Norma Buss e Liana Schmidt, presidente e vice-presidente do Círculo, respectivamente, recepcionaram com brilhantismo os participantes da conferência. Estava presente o Cônsul-geral do Brasil, em Frankfurt, Cézar Amaral, ativo participante do evento.

Divaldo desenvolveu a conferência Conflitos Existenciais, analisando de forma judiciosa a resposta para a questão do perdão das ofensas. Dar o direito ao ofensor a ser como é, inclusive o de manter-se no mesmo estágio de compreensão e atitudes. Apresentou o pensamento, de forma sintética, de vários pesquisadores da psique humana e em várias épocas da humanidade, sempre em busca da compreensão das atitudes psicológicas do homem.

Na base dos conflitos existenciais estão presentes a ansiedade, a solidão e o medo. Cada uma dessas emoções foi dissecada pelo nobre conferencista brasileiro que, como sempre faz, apresentou a solução para trabalhar a intimidade do ser, sendo o amor, conforme esclareceu, a grande solução.

Ao criar os seus próprios conflitos, o homem infelicita-se, informou Divaldo. Os fatores ilusão e narcisismo; os sentimentos de inferioridade, de incapacidade e de culpa; a origem dos conflitos existenciais, tudo isso foi muito bem elucidado, tanto quanto foram apresentadas as soluções para eliminar ou, ao menos, diminuir a incidência dos conflitos na vida da criatura humana, tanto os de origem patológica, quanto os de natureza espiritual.

Após pequena pausa foi iniciada a fase das perguntas, e pelo conteúdo de cada uma delas foi possível avaliar o grau de interesse e o desejo de aprofundamento de questões pontuais. A todas, Divaldo respondeu com clareza e simplicidade, ampliando o entendimento com vistas a oferecer variáveis para se alcançar a plenitude. Os aplausos que se sucederam foram o carinho e o reconhecimento que o público ofereceu, em gratidão, a Divaldo Franco. 

Essen foi a cidade a seguir visitada

Recebido com fidalguia por Kay Kreutzfeldt, Divaldo Franco realizou mais um brilhante trabalho doutrinário em terras alemãs. Foi a primeira vez que o nobre conferencista brasileiro visitou Essen, mais precisamente o encantador distrito de Bottrop. O encontro com os espíritas e vários psicoterapeutas foi promovido pelo Präventionszentrum Bottrop – Cento de Prevenção Bottrop.

A conferência de Divaldo, proferida no dia 20 de maio, foi centrada na pandemia da atualidade que, segundo a Organização Mundial de Saúde, é a depressão. Ele apresentou as diversas conclusões e possíveis soluções que vários pesquisadores ofereceram sobre o assunto ao longo dos séculos.

Medo, solidão e ansiedade são os fatores predisponentes à depressão. Discorreu de forma magnífica sobre cada uma dessas emoções, permitindo que cada um aprofundasse o conhecimento sobre si mesmo. Divaldo enfatizou que as emoções necessitam ser exteriorizadas, ouvindo a consciência que, de forma clara, aconselha a criatura a fazer o melhor para si e para o próximo.

Outros aspectos abordados foram os transtornos obsessivos compulsivos, as obsessões e possessões, informando que a Ciência e o Espiritismo estão totalmente de acordo, quanto a isso, com a psicologia e a psiquiatria. Nos transtornos psiquiátricos ou psicológicos, aconselhou Divaldo, deve-se procurar, de imediato, o recurso oferecido pela medicina, buscar Jesus e procurar identificar as causas das dificuldades vivenciadas.

A solução? O amor. “Quem ama não adoece”, ensinou o intrépido orador. Seja aquele que ama. Quem ama não pratica nenhum mal. A felicidade não é ter dinheiro, mas saber administrar a vida. Para ser feliz, exerça a filantropia. Encontre o sentido para a vida.

Pelo nível das perguntas que se seguiram percebeu-se o grau de interesse que o assunto despertou. Isso ensejou a Divaldo a oportunidade de aprofundar alguns conceitos, enriquecendo o entendimento de todos que se encontravam no Centro de Prevenção Brottop. Finalizada a atividade, os aplausos de carinho e agradecimento irromperam fortes e demorados. 

A quarta etapa foi a cidade de Bonn

O Allan Kardec Studien und Arbeitsgruppe (Grupo de Estudos e Trabalho Allan Kardec) promoveu nos dias 21 e 22 de maio de 2011 o Seminário que fora amplamente divulgado. O evento, realizado na Academia Andreas Hermes, teve por tema: Devemos amar ao próximo como a nós mesmos   – Qual a importância do amor próprio?

Após excelente momento musical com o pianista Flávio Benedito, Divaldo Franco, o semeador de estrelas, disse que o amor é a alma de Deus e Deus é a alma do amor. Com esta assertiva foram desenvolvidas as atividades programadas para o dia 21 de maio. Elucidando o tema, foi apresentado o pensamento de Mahatma Gandhi, de Sidarta Gautama – o Buda e de Jesus. Acrescentou que, se pudéssemos reduzir tudo o que sabemos em uma única palavra, essa palavra seria o amor.

O amor encerra a sabedoria que é composta por dois fatores: o conhecimento e o sentimento. A moderna ciência médica, disse Divaldo, assevera que quem ama não adoece. Afirmou que o ser humano está na Terra essencialmente para amar-se e amar. É necessário evitar os pequenos vícios para que não se tornem grandes. Segundo Buda, a criatura humana é vítima da ilusão e, assim, foge da realidade para viver iludido.

A proposta do amor é um desafio psicológico; mesmo que a criatura não se ache muito digna, deve amar-se e amar. “Ame, mas não expresse por palavras o seu amor a qualquer pessoa para não ser mal compreendido; use atitudes ou gestos”, propôs Divaldo.

O homem ainda não aprendeu a amar, por isso sofre. Quando aprender a amar-se e amar, alcançará a plenitude. Amar é ter compaixão do outro, ser solidário, fraterno.

No domingo, 22 de maio, o seminário teve prosseguimento. Harmonizado o ambiente com uma excelente apresentação musical pelos cantores Warren Richardson e Maurício Virgem, em dueto, Divaldo destacou o trabalho realizado pelo professor Leo Buscaglia, em Nova York, que ensinava seus alunos a amar.

O amor é um sentimento espontâneo, foi a terceira emoção básica da vida animal, mas é necessário saber desenvolvê-lo e aplicá-lo diariamente, disse Divaldo. O arauto do Evangelho e conferencista internacional afirmou que a solidão devora a sociedade e que existe solidão a um só, a dois e na multidão. Ela é uma má conselheira. Buscar o estado solitário uma vez ou outra é saudável, mas quando habitual é um estado patológico.

Os homens, continuou Divaldo, são animais gregários, têm necessidade de relacionar-se com os outros, têm necessidade de calor humano uns dos outros, evitando, porém, asfixiar um ao outro.

Nesta fase do seminário, Divaldo deteve-se, com maior intensidade, nas relações familiares, especialmente entre os casais.

O amor dá a vida, é tão benéfico que enriquece. O amor não pode ser feito de piedade, mas de solidariedade. Ser otimista, amar-se e amar incondicionalmente. Os gestos de amor são infinitos e nunca se sabe sobre os seus efeitos, porque se estendem no tempo, alcançando as criaturas, construindo a vida. O amor é terapêutico, pois aquele que ama enche a mente de ternura e já não há mais espaço para sofrimentos, tristezas. Quem ama possui dignidade.

O amor nunca exige, nunca se impõe. Você seria capaz de amar assim? Então comece a treinar. Com todos esses enunciados, Divaldo Pereira Franco trabalhou as diversas expressões do amor. Lições de vida, exemplos diversos foram apresentados, tornando a compreensão mais fácil. Como agradecimento, o público, heterogêneo em nacionalidades e línguas, mas unido pelo sentimento do amor, aplaudiu entusiasticamente o conferencista. Foi um gesto mínimo diante da grandeza do trabalho apresentado.

Estavam presentes delegações de França, Luxemburgo, Suíça, Bélgica, Áustria, Espanha, Portugal, Brasil, Holanda e, naturalmente da Alemanha.


As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke.



 

 

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