Nos Bastidores da
Obsessão
Manoel Philomeno de
Miranda
(Parte
3)
Damos prosseguimento ao
estudo do livro Nos
Bastidores da Obsessão,
de Manoel Philomeno de
Miranda, obra
psicografada por Divaldo
P. Franco e publicada no
ano de 1970 pela Editora
da FEB.
Questões preliminares
A. Qual a origem da
etiologia das obsessões?
Sua origem encontra-se
nos processos morais
lamentáveis em que os
comparsas da aflição se
deixaram consumir pelas
vibrações negativas da
criminalidade.
Reencontrando-se, sob o
impositivo da Divina
Justiça, que estabelece
seja o verdugo jugulado
à vítima, tem início o
comércio mental, às
vezes aos primeiros dias
da concepção fetal.
(Nos Bastidores da
Obsessão, Examinando a
obsessão, págs. 30 a
32.)
B. Quais os fatores
predisponentes da
obsessão?
Em toda obsessão, o
encarnado conduz em si
mesmo os fatores
predisponentes e
preponderantes que
facultam a alienação: os
débitos morais a
resgatar. Ao encontrar
sua vítima, ele sente o
espicaçar do remorso e
abre as comportas do
pensamento aos
comunicados que logo
advirão, sem que se
possa prever quando
terminará a obsessão,
que pode alongar-se
mesmo depois da morte.
Daí a importância dos
esforços que o enfermo
deve fazer para
renovar-se intimamente,
visto que sua libertação
depende muito dele
mesmo.
(Obra citada, Examinando
a obsessão, págs. 30 a
32.)
C. Como devem ser
tratados os processos
obsessivos?
O tratamento varia de
acordo com o caráter que
a obsessão reveste.
Várias providências são
importantes na terapia
da obsessão: alta dose
de renúncia e abnegação
dos que se oferecem e se
dedicam a esse mister;
conduta moral elevada
dos envolvidos; oração
sincera e fervorosa;
modificação radical de
comportamento do
obsidiado; assistência
médica por causa do
desgaste orgânico e
psíquico do enfermo;
ajuda dos Espíritos
superiores; passes
magnéticos. A assepsia
moral do enfermo, a
reeducação da sua
vontade, a prática da
oração, num verdadeiro
programa evangélico bem
disciplinado, edificam
uma cidadela moral de
defesa em volta do
indivíduo.
(Obra citada, Examinando
a obsessão, págs. 24 a
27.)
Texto para leitura
12. Sinais de
alerta - Uma
ideia torturante que
teima em se fixar, uma
força psíquica que
interfira nos processos
mentais, uma vontade que
tente dominar nossa
própria vontade, uma
inquietação crescente
sem motivos reais, o
impacto do desalinho
espiritual em franco
desenvolvimento – eis os
sinais de que o
indivíduo se encontra a
caminho de um processo
imperioso de uma
obsessão pertinaz.
(Examinando a obsessão,
págs. 27 e 28)
13. Conceito de
obsessão -
Segundo a definição de
Kardec, obsessão é o
domínio que alguns
Espíritos logram
adquirir sobre certas
pessoas. Transmissão
mental de cérebro a
cérebro, a obsessão é
síndrome alarmante que
denuncia enfermidade
grave de difícil
erradicação.
Manifesta-se no início
como inspiração sutil,
até alcançar o clímax na
possessão lamentável. É
ideia negativa que se
fixa, campo mental que
se enfraquece, dando
ensejo a ideias
negativas que virão. O
campo obsessivo, tal
como ocorre nas
enfermidades orgânicas,
desloca-se da mente para
o departamento somático
onde as imperfeições
morais do passado
deixaram suas marcas no
perispírito. O
tabagismo, a alcoolismo,
a sexualidade
atormentada, os
estupefacientes, tudo
isso concorre para a
instalação do processo
obsessivo, do mesmo modo
que a glutoneria, a
maledicência, a ira, o
ciúme, a inveja, a
soberba, a avareza, o
medo, o egoísmo são
estradas de acesso para
os Espíritos
atormentados, sedentos
de comensais com os
quais possam continuar o
enganoso banquete do
prazer fugido...
(Examinando a obsessão,
págs. 28 e 29)
14. O obsidiado
- A etiologia das
obsessões é complexa e
profunda, pois que se
origina nos processos
morais lamentáveis em
que ambos os comparsas
da aflição se deixaram
consumir pelas vibrações
negativas da
criminalidade.
Reencontrando-se, porém,
sob o impositivo da
Divina Justiça, que
estabelece seja o
verdugo jugulado à
vítima, tem início o
comércio mental, às
vezes aos primeiros dias
da concepção fetal. Em
toda obsessão, mesmo nos
casos mais simples, o
encarnado conduz em si
mesmo os fatores
predisponentes e
preponderantes – os
débitos morais a
resgatar – que facultam
a alienação. Ao
encontrar sua vítima,
sente o espicaçar do
remorso e abre as
comportas do pensamento
aos comunicados que logo
advirão, sem que se
possa prever quando
terminará a obsessão,
que pode alongar-se
mesmo depois da morte...
Daí a importância dos
esforços que o enfermo
deve fazer para
renovar-se intimamente,
visto que sua libertação
depende muito dele
mesmo. (Examinando a
obsessão, págs. 30 a
32)
Frases e apontamentos
importantes
XXV. As reuniões
espíritas de qualquer
natureza devem
revestir-se do caráter
elevado da seriedade.
(M.P.M., ibid., pág.
44)
XXVI. Elegendo como
santuário qualquer lugar
onde se vivam as lições
incorruptíveis de Jesus,
o Espiritismo ensina que
o êxito das sessões se
encontra na dependência
dos fatores-objetivos
que as produzem, das
pessoas que as compõem e
do programa
estabelecido. (M.P.M.,
ibidem, pág. 44)
XXVII. As intenções,
fundamentadas nos
preceitos evangélicos do
amor e da caridade, do
estudo e da
aprendizagem, são as que
realmente atraem os
Espíritos Superiores,
sem cuja contribuição
valiosa os resultados
decaem para a
frivolidade, a monotonia
e não raro para a
obsessão. (M.P.M.,
ibid., págs. 44 e 45)
XXVIII. Os membros
componentes devem
esforçar-se por manter
os requisitos mínimos de
conseguirem instruir-se,
elevando-se moral,
mental e
espiritualmente, através
do devotamento contínuo,
incessante, para a
fixação da ideia
espírita de elevação que
lhes deve tornar pauta
de conduta diária.
(M.P.M., ibid., pág.
45)
XXIX. Somente aqueles
que sabem perseverar,
sem postergarem o
trabalho de edificação
interior, se fazem
credores da assistência
dos Espíritos
interessados na
sementeira da esperança
e da felicidade na
Terra – programa
sublime presidido por
Jesus, das Altas
Esferas. (M.P.M., ibid.,
pág. 46)
XXX. Para que uma sessão
espírita possa
interessar os
Instrutores Espirituais,
não pode abstrair do
elevado padrão moral de
que se devem revestir
todos os participantes,
pois que se o cenho
carregado e sisudo na
Terra pode apresentar um
homem como sendo de bem,
em verdade, só a
exteriorização dos seus
fluidos – isto é, a
vibração do seu próprio
espírito, que é
resultante dos atos
morais praticados – o
distingue das diversas
criaturas... (M.P.M.,
ibid., pág. 47)
XXXI. Morais era
dedicado médium de
psicofonia inconsciente,
que se oferecia com
expressivo carinho para
o socorro aos
desencarnados. (...)
Aprendera com os
Benfeitores Espirituais
que o mais eficiente
caminho para o
aprimoramento das
faculdades mediúnicas
ainda é o exercício
constante das qualidades
morais, através da
prática do bem,
indiscriminado e
constante. (Manoel P. de
Miranda, cap. 1, pág.
54)
XXXII. O ódio termina
por vencer os que o
cultivam. Tóxico letal,
tem sua fonte na
rebeldia que o vitaliza
até que o amor, nas
bases em que o vivia
Jesus, lhe extinga a
nascente. (José
Petitinga, cap. 1, pág.
55)
(Continua no próximo
número.)