MARCUS
VINICIUS DE AZEVEDO
BRAGA
acervobraga@gmail.com
Brasília, Distrito
Federal (Brasil)
O Ethos colaborativo
Ethos, nas ciências
sociais, é o conjunto de
atos e ações que visam
ao bem de uma
comunidade. É a sua
marca como grupo. Os
grupos de que nós
participamos
– na casa
espírita, no trabalho,
na vida social
– todos esses têm
essa marca, esse símbolo
dos valores que os
distinguem.
Apesar da tecnologia,
continuamos cada vez
mais participando de
grupos, alguns deles
virtuais. E desse
ambiente virtual vem a ideia colaborativa, ou “wiki”.
A Wikipédia
é uma enciclopédia
colaborativa, por
exemplo, onde cada
visitante pode
acrescentar uma
informação sobre um tema
e torná-lo mais rico e
aprofundado.
Quando falamos de
atividades “Wiki”, ou
seja, colaborativas, a
identidade se dilui, não
temos ali um trabalho
personificado, com “a
cara de fulano” ou a
“cara de sicrano”. Temos
um agregado de ideias e
opiniões, imbricado na
construção de um novo
trabalho, de todos, onde
ao final já não se
atribuem autorias
isoladas.
Então, o que chamamos de
“Ethos colaborativo” no
título desse breve
artigo é quando um
grupo, na construção de
suas tarefas, preza a
colaboração de todos. Na
organização das
atividades, todos têm
voz e vez e podem
opinar. As tarefas são
construídas juntas,
pensadas juntas, com
pertencimento,
confiança, e com divisão
dos louros e das
decepções.
Obviamente, no nosso
estágio evolutivo, uma
autogestão pura e
simples, sem
coordenadores, é para
poucos grupos, mas isso
não implica que a gestão
dos grupos, e agora me
reporto diretamente aos
diversos grupos que
realizam tarefas na casa
espírita, não tenha a
necessidade de valorizar
a presença desse “Ethos
colaborativo”.
Trabalho na casa é de
todos, para todos e com
todos
– encarnados ou
desencarnados.
A sabedoria do Espírito
André Luiz no Livro
Sinal Verde nos lembra:
“Nunca atribua
unicamente a você o
sucesso dessa ou daquela
tarefa, compreendendo
que em todo trabalho há
que considerar o
espírito de equipe”.
Isso vale para o sucesso
e para o fracasso, e
também para as cobranças
de dentro e de fora da
equipe.
Jesus já dizia que
ninguém quebra um feixe
de varas. Precisamos de
equipes fortes e
colaborativas. Equipes
que ajudem todos e que
todos se ajudem.
Precisamos nos trabalhos
do espírito de “Ethos
colaborativo”, pois as
pessoas passam e o
trabalho continua...