Raul Teixeira:
Vale sempre retomar as
palavras do Divino
Mestre, quando asseverou
que cabe ao
administrador dar conta
da sua administração. O fato
de grande número de
administradores do
Movimento Espírita – se
quisermos, os chamaremos
de dirigentes espíritas
– deterem bem pouco
conhecimento do
Espiritismo, associado à
covardia moral de outros
tantos, tem sido
responsável por essas
discrepâncias.
Começam por
temer o aclaramento das
coisas, porque não
saberiam argumentar, e
passam a evocar a
virtude da caridade para
que tudo aceitem,
omissos, em nome do
luminar Espiritismo.
Assim, não têm que expor
o conjunto dos seus
desconhecimentos a
respeito dos princípios
que orientam os
procedimentos espíritas.
O Espiritismo
nos ensina a ser
tolerantes com as ideias e
concepções alheias e
leva-nos a respeitar
todas as crenças e
interpretações
espiritualistas que não
concordem com a sua
doutrina. Não nos abre
qualquer ensejo, no
entanto, para
assimilá-las, como se
fizessem parte dos seus
ensinamentos, apenas
pelo fato de que são
espiritualistas.
A falta
do indispensável
conhecimento do
Espiritismo e a má
vontade em estudá-lo têm
levado muitas mentes a
fazer acoplagens
indevidas de múltiplas
concepções estranhas a
sua doutrina,
entusiasmadas com os
odores de novidade que
essas concepções
encerram.
É graças,
ainda, a essa ignorância
que muitos ingênuos, mas
vaidosos enfatuados,
afivelam ao rosto as
máscaras de modernidade
para fazerem afirmações
de que o Espiritismo
está ultrapassado nos
seus fundamentos, e
acabam propondo essas
técnicas, sejam
apométricas, reikianas ou
quaisquer outras, como suprassumo ou
como atualizações que enriqueceriam o
“superado” Espiritismo.