JANE MARTINS
VILELA
limb@sercomtel.com.br
Cambé, Paraná
(Brasil)
Quadro obsessivo
Relendo
“Missionários da
Luz”, de André
Luiz,
psicografado por
Chico Xavier,
chamou-nos a
atenção o
instrutor
Alexandre, pelos
idos de 1940 já
orientando André
Luiz sobre o
fato de que as
doenças na
grande maioria
são originadas
no campo do
Espírito, com
repercussão no
corpo físico, e
que um dia, no
futuro, cada
homem seria seu
próprio médico.
Jesus há mais de
2.000 anos nos
alertava que o
corpo é um
templo.
Estamos
progredindo
vagarosamente,
mas estamos.
Hoje já se sabe
que inúmeras
doenças são
oriundas de
pensamentos e
emoções
desequilibrados.
Alexandre
instruiu André
e, por
conseguinte, a
nós leitores, a
mantermos o
pensamento
elevado, a
oração com fé
ardente, o amor
e o trabalho no
bem como medidas
auxiliadoras no
campo da saúde
física.
Quando o homem
compreender
isso, verá que
não bastam
medicamentos,
vacinas, atacar
micróbios,
quando a emoção
e o pensamento
humano são seu
meio de cultura.
Os medicamentos
ajudam, mas é
preciso que a
enfermidade
real, que vive
dentro do ser,
em sua mente, em
seu sentimento,
seja vencida.
Já progredimos
muito. Estamos
entendendo isso.
Há várias
alternativas na
medicina que
hoje tratam o
ser integral.
Desde o século
XX para cá vimos
crescer muito a
quantidade de
doenças
psiquiátricas,
como o
transtorno
bipolar, a
esquizofrenia, a
síndrome do
pânico, a
depressão e
muitas outras.
Joanna de
Ângelis,
Espírito, por
meio da
psicografia de
Divaldo Franco,
alerta muito
sobre isso,
sobre as doenças
do ontem, as
culpas, as
dívidas do
passado, o
egoísmo...
No livro
“Transição
Planetária”,
também
psicografado por
Divaldo Franco,
o Espírito
Manoel Philomeno
de Miranda
alerta também
sobre os
fenômenos
psiquiátricos
desse teor, que
aumentariam
muito nessa
mudança que
estamos
vivenciando de
mundo de provas
e expiações para
mundo de
regeneração.
Muitos desses
distúrbios têm
um componente
mediúnico, mas
nem todos têm
conhecimento
para discernir
isso.
Tivemos a
oportunidade de
conversar com
uma senhora
portadora de
síndrome do
pânico há quase
dois anos. Ela
não conseguia
nem sair de
casa, tamanho o
pavor que
sentia, como se
fosse morrer.
Era como,
disse-nos ela,
se alguém
estivesse em
cima do seu
peito e
apertasse seu
pescoço.
Isso nos deu um
sinal de alerta.
Seria algo
pertinente a um
processo
mediúnico?
Estaria ela
realmente
sentindo a
influência de um
Espírito sobre
seu tórax?
Ela está bem
melhor agora,
pois já consegue
sair à rua, já
consegue cuidar
de seus filhos
pequenos. Está
medicada, toma
medicamentos
psiquiátricos,
pois foi
encaminhada por
seu neurologista
a um
especialista em
psiquiatria.
Perguntamos-lhe
como tudo
começou e ela
nos contou. O
quadro
iniciou-se
quando ela viu
um vulto escuro,
“uma sombra
negra”, como ela
definiu, que
passou por ela
rapidamente.
Após aquele dia
ela começou a
sentir um medo
tão grande,
coisas negativas
aconteceram por
ali e na
vizinhança, e
ela teve de
mudar de casa,
pois não mais
suportava ficar
lá. Aí teve
início o pânico,
bem como a
sensação
referida.
Com muito jeito,
para não
assustá-la,
perguntamos-lhe
se ela não havia
pensando na
possibilidade de
que a “sombra”
que ela viu
pudesse ser um
Espírito
infeliz, e se
ela já havia
visto Espíritos
anteriormente.
“Ah! Eu já vi,
sim! – ela
respondeu. – Vi
minha tia, que
já morreu. Ela
apareceu e
sorriu para mim
e eu lhe disse
que ela não
deveria estar
ali, que ela já
havia morrido,
mas ela estava
sorrindo. Depois
sumiu.”
Quando criança,
ela brincava com
uma menininha
que chegava
atravessando a
parede. Aí
entendemos que o
pânico que ela
sentiu após ter
visto a sombra
escura era
realmente de
origem
mediúnica. O
Espírito devia
estar apertando
seu tórax; por
que não?
Jesus curou a
muitos assim,
presos por
lembranças de
outras épocas,
como o caso do
menino
epiléptico na
descida do monte
Tabor, após
haver conversado
com os Espíritos
de Elias e
Moisés.
O caso da mulher
encurvada fazia
anos, que ele
também curou na
sinagoga, num
dia de sábado,
possibilitando à
mulher que se
levantasse, foi
outro.
O endemoninhado
de Gadara,
subjugado por
uma legião, que
Jesus convenceu
a deixar o moço
em paz, foi
outro caso.
Maria de
Magdala, que
fora envolvida
por sete
obsessores na
área da
sexualidade, foi
também curada. A
filha da mulher
cananeia,que
implorou porque
também os
cachorrinhos
comiam das
migalhas de pão
das mesas dos
senhores, filha
essa também
vítima de
obsessão, foi
igualmente
curada por
Jesus. E como
esses, milhares
foram curados
pelo amor e
misericórdia do
Cristo.
Sabemos que,
embora variadas
em suas
manifestações,
muitas das
doenças
psiquiátricas
apresentam um
componente
obsessivo.
A mulher
acometida da
síndrome do
pânico não
conseguimos
esclarecer. Mas
orientamo-la a
manter a
medicação
psiquiátrica e,
ao mesmo tempo,
procurar um
Centro Espírita,
a fim de ser
efetivamente
curada, por meio
do conhecimento
com vistas ao
ser profundo,
que é a nossa
alma.
Quem sabe um dia
poderá deixar os
medicamentos?
Se ela obtiver a
cura do seu
Espírito e seu
obsessor for
também curado,
isso sem dúvida
será possível.
Contudo, se não
tiver o socorro
espírita,
provavelmente
tomará medicação
psiquiátrica a
vida toda e
sentirá pânico
toda vez que
ficar sem os
remédios.
O conhecimento
espírita é uma
luz, um socorro
divino para as
aflições
humanas. Quantos
milhares de
médiuns terão
passado suas
vidas nos
sanatórios
psiquiátricos de
outros tempos,
por ignorância
do que lhes
acontecia?
Adentrar a
doutrina
espírita é
providencial
remédio para
quem já pode ter
suas provações
minimizadas.
Quantos milhares
ainda estão
sento tratados
sem o necessário
conhecimento
para obtenção da
cura real?
Tomarão remédios
até o fim de
seus dias.
Não estamos com
isto desabonando
os tratamentos
médicos, porque
representam eles
a piedade
fazendo-se
presente e
auxiliando e,
graças a Deus,
eles existem.
Seriam, no
entanto, mais
eficazes se a
Medicina
reconhecesse o
Espírito e suas
mazelas.
Um dia as obras
de Chico Xavier,
principalmente
as de André
Luiz, serão
estudadas nas
escolas,
particularmente
nas faculdades
de Medicina, e
muita luz se
fará, então, no
entendimento.
Quando isso
acontecer, cada
homem será seu
próprio médico,
buscando seu
equilíbrio e a
paz com o bom
proceder,
alimentando-se
dos ensinamentos
do Cristo e
vivendo-os na
prática.