WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 214 - 19 de Junho de 2011

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)


Papel carbono

Para os encarnados é muito difícil captar todas as  nuanças e magnificências do Mundo Espiritual

 
 “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” -
Jesus (João, 10:10.)


A vida corporal, transitória, não passa de um “papel carbono” da vida Espiritual, esta sim, a verdadeira. Tal realidade é – insofismavelmente – demonstrada pelo testemunho dos próprios habitantes da Vida Maior, que, através dos canais mediúnicos, tentam nos dar uma ideia – ainda que bastante pálida – dos proscênios celestiais.  Mas, para nós, encarnados, é muito difícil captar todas as nuanças e magnificências do Mundo Espiritual, uma vez que não temos parâmetros ou referenciais que nos auxiliem nessa compreensão. Sem embargo, os Espíritos tentam contornar essas limitações e vêm nos oferecer uma tênue ideia do ambiente onde vivem e para onde um dia nos transferiremos.  

A segunda parte do livro básico do Espiritismo “O Céu e o Inferno” contém um repositório farto desses testemunhos, como, por exemplo, o do Espírito que se identifica com nome de Sixdeniers: “Permaneci muito tempo sem me reconhecer, mas com a bênção de Deus e o auxílio dos que me cercavam, quando a luz se fez, inundou-me. Nada existe aqui de material; tudo fere os sentidos ocultos sem auxílio da vista ou do tato. Compreendeis? É uma admiração, porque não há palavras que a expliquem. Só a alma pode percebê-la. Bem feliz foi o meu despertar...    

Imaginai que estais encerrado em calabouço infecto onde o vosso corpo, corroído pelos vermes até a medula dos ossos, se suspende por sobre ardente fornalha; que a vossa ressequida boca não encontra sequer o ar para refrescá-la; que o vosso Espírito aterrorizado só vê ao seu redor monstros prestes a devorá-lo; figurai-vos enfim tudo quanto um sonho fantástico pode engendrar de hediondo, de mais terrível, e transportai-vos depois e repentinamente a delicioso Éden. Despertai cercado de todos os que amastes e chorastes; vede, rodeando-vos, semblantes adorados a sorrirem de felicidade; respirai os mais suaves perfumes; desalterai a ressequida garganta na fonte de água viva; senti o corpo pairando no Espaço Infinito que o suporta e balouça, qual a flor da fronde se destaca aos impulsos da brisa; julgai-vos envolto no amor de Deus qual recém-nascidos no materno amor e tereis uma ideia, aliás, apenas imperfeita, dessa transição. Procurei explicar-vos a felicidade da vida que aguarda o homem depois da morte do corpo e não pude. Será possível explicar o infinito àquele que tem os olhos fechados à luz e que não pode sair do estreito círculo que o encerra?!”. 

Eis, agora, o relato da senhora Foulon, dirigindo-se a Kardec: “(...) considero-me feliz agora; estes míseros olhos que se enfraqueceram a ponto de me não deixarem mais que a recordação de coloridos prismas da juventude, de esplendor cintilante; estes olhos, digo, abriram-se aqui para rever horizontes esplêndidos, idealizados em vagas reproduções por alguns dos vossos geniais artistas, mas cuja exuberância majestática, severa e conseguintemente grandiosa, tem o cunho da mais completa realidade.    

(...) Depois do último alento, encontrei-me como que em desmaio, sem consciência do meu estado, não pensando em coisa alguma, numa vaga sonolência que não era bem o sono do corpo nem o despertar da alma. Nesse estado fiquei longo tempo, e depois, como se saísse de prolongada síncope, lentamente despertei no meio de irmãos que não conhecia. Eles prodigalizavam-me cuidados e carícias, ao mesmo tempo em que me mostravam no Espaço um ponto algo semelhante a uma estrela, dizendo: ‘É para ali que vais conosco, pois já não pertences mais à Terra’. Apoiada sobre eles, formando um grupo gracioso que se lança para as esferas desconhecidas, mas na certeza de aí achar a felicidade, subimos, subimos, à proporção que a estrela se engrandecia... Era um mundo feliz, um centro superior no qual a vossa amiga vai repousar. Quando digo repouso, quero referir-me às fadigas corporais que amarguei, às contingências da vida terrestre, não à indolência do Espírito, pois que este tem na atividade uma fonte de gozos”. 

Uma condessa chamada Paula conta: “(...) O que é a felicidade terrena comparada à que desfruto aqui? Esplêndidas festas terrenas em que se ostentam os mais ricos paramentos, o que são elas comparadas a estas assembleias de Espíritos resplendentes de brilho que as vossas vistas não suportariam, brilho que é o apanágio da sua pureza? Os vossos palácios de dourados salões, que são eles comparados a estas moradas aéreas, vastas regiões do Espaço matizadas de cores que obumbrariam o arco-íris?! Os vossos passeios, a contados passos nos parques, a que se reduzem, comparados aos percursos da imensidade, mais céleres que o raio? Horizontes nebulosos e limitados, que são, comparados ao espetáculo de mundos a moverem-se no Universo infinito ao influxo do Altíssimo? E como são monótonos os vossos concertos mais harmoniosos em relação à suave melodia que faz vibrar os fluidos do éter e todas as fibras d`alma! E como são tristes e insípidas as vossas maiores alegrias comparadas à sensação inefável de felicidade que nos satura todo o ser como um eflúvio benéfico, sem mescla de inquietação, de apreensão, de sofrimento?! Aqui, tudo ressumbra amor, confiança, sinceridade: por toda parte corações amantes, amigos!”. 

A segunda parte do livro “O Céu e o Inferno” merece, como, aliás, toda a Codificação, acurado estudo, a fim de que possamos nos instruir acerca da realidade que nos aguarda...   Ali, mais do que nunca vamos, enfim, compreender o que o singular Apóstolo Paulo quis dizer ao escrever aos coríntios[1]: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”; vamos também entender em espírito e verdade a consoladora promessa de Jesus ao proclamar[2]: “Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte”.


 

[1] - Coríntios, 15:55.

[2] - João, 8:55.



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita