ALTAMIRANDO
CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP
(Brasil)
A educação do
Espírito
A questão 742 de O
Livro dos
Espíritos registra
esta pergunta de
Allan Kardec:
Qual a causa que
leva o homem à
guerra?
Os Espíritos
respondem que é
a “predominância
da natureza
animal sobre a
natureza
espiritual e
satisfação das paixões.
No estado de
barbárie os
povos só
conhecem o
direito do mais
forte, e é por
isso que a
guerra, para
eles, é um
estado normal. À
medida que o
homem progride
ela se torna
menos frequente,
porque ele evita
as suas causas,
e, quando ela se
faz necessária,
ele sabe
adicionar-lhe
humanidade.”
Na questão 743,
Allan Kardec
quer saber:
A guerra
desaparecerá um
dia da face da
Terra?
“Sim, quando os
homens
compreenderem a
justiça e
praticarem a lei
de Deus. Então,
todos os povos
serão irmãos”, é
a resposta.
Este raciocínio
pode também ser
utilizado no
caso da
violência. Em
quaisquer dos
casos, aplica-se
a questão
932, em que
Allan Kardec
indaga: Por
que, neste
mundo,
geralmente a
influência dos
maus predomina
sobre a dos
bons?
A resposta:
“Pela fraqueza
dos bons. Os
maus são
intrigantes e
audaciosos; os
bons são
tímidos. Estes,
quando quiserem,
assumirão a
preponderância”.
É importante que
nós, os bons,
preparemos a
Terra para este
bom período que
virá, quando o
planeta deixará
de ser um mundo
de expiações e
provas, onde
domina o mal, e
passará à
condição de
mundo de
regeneração,
onde as almas
que ainda têm o
que expiar
haurem novas
forças,
repousando das
fadigas da luta.
Comecemos pelo
exercício diário
da caridade
moral, que
consiste em
amarmos uns aos
outros, apesar
das diferenças
que existem
entre as
criaturas, fato
que se dá por
sermos Espíritos
diferenciados. É
desta forma que
chegaremos à
condição do
verdadeiro homem
de bem, que
cumpre a lei de
amor e de
caridade na sua
maior pureza.
Há quem diga que
não adianta ser
bom, quando
dentro da
própria família
poucos rezam por
esta cartilha e,
no trabalho e na
sociedade em que
vive, também.
Então, o pouco
que fizer não
alteraria as
coisas. Engano.
Por menos que
façamos em favor
do bem comum,
será importante
a nossa parcela
de contribuição.
Como a história
da ave que
molhava as suas
asas num lago e
espalhava as
pequeninas gotas
no grande
incêndio da
floresta. Um
gavião gozador,
ao passar por
ela, observou:
“Quer dizer que
você pretende,
com sua atitude,
apagar o grande
incêndio!!!”, ao
que a ave
respondeu: “Eu
sei que não vou
apagar o
incêndio. Mas,
pelo menos,
estou fazendo a
minha parte”.
Outra
contribuição
para que
tenhamos um
mundo melhor é o
que podemos fazer
através da
educação. Neste
sentido,
Pitágoras,
muitos anos
antes de Cristo,
disse: “Eduquem
as crianças e
não será
necessário
castigar os
homens”. E os
Espíritos
revelam que o
verdadeiro
batismo da
criança é o
batismo
processado através
da educação.
O Espiritismo
educa o homem
moralmente para
a vida em
sociedade, e
prepara-o para a
caminhada do Espírito
em direção a
Deus.
O Espiritismo
tem um caráter
eminentemente
pedagógico, não
só porque
Hippolyte Léon
Denizard Rivail
- Allan Kardec,
seu codificador,
foi um grande
educador francês
seguidor da
proposta
educacional de
Pestalozzi, como
o princípio da proposta
da educação
espírita é uma
proposta de
Educação do
Espírito. O
Espiritismo
reconhece que a
dimensão
espiritual do
homem é
essencial para o
seu
desenvolvimento
integral.