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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 215 - 26 de Junho de 2011

 


Casa interior

 

Bernardo, de nove anos, era um menino que não ligava para nada. Tinha bom coração, mas era relaxado e preguiçoso com relação às suas obrigações.

Não gostava de estudar nem de realizar qualquer das tarefas que eram de sua responsabilidade: arrumar seu quarto, guardar seus brinquedos, tomar banho.

A mãe vivia preocupada com ele, sem saber como fazer para que o filho entendesse a necessidade de ser mais responsável.

Até que um dia ela entrou no quarto de Bernardo e viu tudo desarrumado. A cama, que ela arrumara logo cedo, estava desfeita; roupas sujas se misturavam com as limpas e passadas; brinquedos e livros se espalhavam pelo chão. No meio de toda essa confusão, sentado no tapete, o menino ouvia música.

— Bernardo! — a mãe chamou uma, duas, três vezes, sem resultado.

Caminhando até ele, ela retirou-lhe o fone do ouvido, ao mesmo tempo em que o garoto virava-se, assustado.

— O que aconteceu, mãe?

— Vamos passear um pouco? O dia está lindo!

Surpreso, ele aceitou com prazer. Esperava receber uma bronca e era um convite para passear! Nada mal!...

Nem ela mesma sabia por que fizera aquele convite! No entanto, confiava em Deus.

Ela sempre pedia a Jesus que a ajudasse na educação do filho. Ela o amava muito e não sabia exatamente o que dizer a ele naquele momento, mas não queria brigar com ele, criar uma situação desagradável.

De repente, acendeu-se uma luz em sua mente! Caminhando pelas ruas tranquilas, eles conversavam. Observando as residências pelas quais estavam passando, ela comentou:

— Meu filho, você sabe que nós podemos ser comparados a uma casa?

— Uma casa, mãe?... — O garoto não estava entendendo onde sua mãe queria chegar com aquela conversa. 

— Isso mesmo, filho! Uma casa! Imagine você como sendo uma casa. Uma casa espiritual! Como cada pessoa é Espírito, e é o Espírito que comanda o corpo, podemos ser considerados como uma Casa Espiritual. Você já viu como há casas diferentes umas das outras? Pequenas e grandes, bonitas e feias, limpas e sujas...  

Mostrando-se mais interessado, ele comentou: 

— É verdade, mãe. Veja esta, que linda casa! É nova e bem cuidada. Já aquela outra, apesar de grande, está feia e suja.   

De repente, eles passaram por uma casa que dava medo! Era uma casa de madeira, abandonada, e o mato crescia à sua volta; as janelas estavam caindo e, o portão, quebrado. Bernardo sentiu um estranho mal-estar!  

Parados diante da casa, observando-a, de repente, eles viram uma grande cobra que saía do mato e se arrastava a caminho da

rua. Eles se assustaram. A mãe segurou a mão de Bernardo e saíram dali, rapidamente!  

Recuperando-se do susto, a mãe pensou um pouco, e disse: 

— Meu filho, viu como a casa material precisa de cuidados, para que seja agradável e nos sintamos bem? Com a nossa Casa Espiritual acontece a mesma coisa. Também não dispensa cuidados, limpeza, manutenção, para estar sempre com a melhor aparência possível.  

— Com a casa material, tudo bem! Mas, com a casa espiritual, como a gente faz isso, mãe? 

— Cuidando e limpando para que as sujeiras não se fixem. A nossa cabecinha, por dentro, isto é, a nossa mente, não pode ser lavada e espanada, como a casa material. A única maneira de mantê-la limpa é retirando maus pensamentos e sentimentos negativos como raiva, ciúmes, inveja, preguiça, má vontade, enfim, tudo que possa representar sujeira. No algodão da paciência, você põe um pouquinho da água da boa vontade e depois lustra com o óleo do amor. Tudo ficará limpinho e brilhando.  

— Eu gostaria de ser assim, mamãe! Limpinho e brilhando!   

— Fico contente, meu filho. Você só ganhará com isso. Vai perceber que tudo em sua vida começará a mudar para melhor. Verá as pessoas com outros olhos e desejará ajudá-las, não brigará mais na escola, terá cuidado com suas coisas e com nossa casa. Sabe por quê? Porque o AMOR vai direcionar sua vida. 

Ouvindo a mãe que lhe falava com tanto carinho, Bernardo lembrou-se da bagunça do seu quarto. Baixou a cabeça, envergonhado, reconhecendo: 

— Mãe, eu preciso começar essa limpeza pelo meu quarto, não é?  

A mãe fez um afago nos cabelos do filho, e considerou: 

— A limpeza da nossa Casa Espiritual vai se refletir na limpeza da casa material.  

Retornaram para casa e Bernardo dirigiu-se ao seu quarto resolvido a colocar tudo em ordem, envergonhado da bagunça. 

A mãe ficara impressionada com a casa, que tinha uma placa de VENDE-SE. Ficou interessada. A casa era grande, tinha uma boa estrutura e, com uma reforma, ficaria excelente. Quando o marido chegou, falou-lhe da casa e ele procurou o dono. O preço era bom e fizeram negócio.  

Começaram a reforma. Durante meses, a confusão era grande. Toda tarde, Bernardo ia até a casa velha ver como estava ficando, e ele ajudava naquilo que podia. Assim, acompanhou as mudanças da casa. 


Um dia ela ficou pronta. Foram vê-la. Bernardo, animado, olhava-a com entusiasmo.  

— Mamãe! Veja como nossa casa ficou linda!... 

Realmente. Restaurada, com pintura nova, as janelas e o portão consertados; o jardim bem cuidado, cheio de

flores colorindo a entrada. Estava perfeita!  Bernardo estava orgulhoso de ter colaborado na reforma. 

— Mãe, você tinha toda razão. Podemos melhorar todas as coisas. Ninguém reconheceria esta casa naquela outra caindo aos pedaços. Mas foi preciso muita paciência, boa vontade, dedicação e muito amor.  

Dando um abraço no menino, ela disse: 

— E muito trabalho, meu filho! Você se esforçou bastante durante esses meses. Participou da reforma ativamente, ajudando os pedreiros. Ao longo do tempo, você vai perceber que, muitas vezes, sua casa interior poderá precisar de reformas, mas o grande restaurador das nossas vidas é Jesus! Mantenha-se ligado a Ele e nada precisará temer.  


Meimei 


(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em Rolândia (PR), em 6/6/2011.)



 


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