WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Educar pelo
exemplo
- Qual é, para o
Espírito, a
utilidade de
passar pela
infância?
“Encarnando-se
com o fim de
aperfeiçoar, o
Espírito é mais
acessível,
durante esse
tempo, às
impressões que
recebe e que
podem ajudar o
seu
adiantamento,
para o qual
devem contribuir
os que estão
encarregados da
sua educação.”
(Questão 383 de
“O Livro dos
Espíritos”, de
Allan Kardec.)
Ensinar
teoricamente,
fazendo uso de
conceitos e
palavras, tem,
sim, grande
valor e
importância no
campo
educacional das
crianças, mas
exemplificar é
fundamental.
Recebendo, essa
geração
infantil, a
quantidade de
conhecimentos
diários que
estão à
disposição dela,
concluímos, sem
sombra de
dúvida, que a
mente e o
raciocínio
desses pequenos
trabalham numa
velocidade
espantosa,
ampliando, pelo
exercício
contínuo, a
capacidade de
armazenamento de
informações.
Assim nos
deparamos
quotidianamente
com um público
infantil que nos
surpreende a
cada instante,
desafiando os
nossos mais
sofisticados e
atuais métodos
de educação. Tal
situação nos
remete a
profundas
reflexões,
buscando
encontrar os
caminhos mais
adequados e
seguros, visando
direcionar a
vida pelas
veredas do que é
correto e ideal.
Não temos
qualquer dúvida
de que os
Espíritos
retornam ao
palco da Terra,
em seguidas
reencarnações,
com a proposta
de realizar
progresso e
aprimoramento.
Dessa forma, aos
pais ou
responsáveis
cabe uma quota
enorme de
responsabilidade
ao receber, sob
sua guarda, as
crianças que
Deus lhes
confia.
Surgem em forma
infantil para
que, no período
da infância,
possam receber
as correções de
que necessitam,
uma vez que na
postura adulta
dificilmente
aceitariam
quaisquer
mudanças em suas
vidas. Sendo
Espíritos
buscando por
evolução, é
claro que ainda
carregam consigo
uma imensa gama
de defeitos e
imperfeições,
que esperam
diminuir através
da educação que
os adultos têm o
dever e a
obrigação de
lhes oferecer.
Plenamente
consciente dessa
insofismável
realidade,
incontestavelmente,
o exemplo digno,
sublime e
moralizado é a
maior ferramenta
à disposição dos
adultos que
realmente amam e
desejam
corretamente
educar as
crianças que
estão sob as
suas
responsabilidades.
Vale pouco falar
da necessidade
do respeito ao
próximo se em
nossas atitudes
diárias
mostramos o
contrário. Fica
sem valor a
nossa palavra de
reprimenda ao
filho por ter
agredido a um
colega de classe
se no trânsito
mostramos
irritabilidade e
intolerância e
em casa deixamos
claro a nossa
revolta e
incompreensão
ante qualquer
situação que nos
desagradou.
Nossas palavras
ficam vazias e
sem fundamento
quando
informamos aos
nossos filhos os
malefícios
decorrentes do
uso do álcool,
fumo ou de
outras
substâncias
tóxicas se eles
nos veem fumando
e bebendo, mesmo
que sob o
disfarce de o
fazer
socialmente.
As crianças
aprenderão que
as coisas
materiais
deverão ser
adquiridas com
os recursos
financeiros
obtidos pelo
trabalho honesto
e digno, quando
identificam os
adultos,
principalmente
os pais ou
responsáveis
diretos,
laborando com
perseverança
quotidianamente.
Falar é
importante,
exemplificar é
indispensável.
Quando a
providência
divina coloca
uma criança sob
os nossos
cuidados e
guarda, expressa
imensa confiança
em nosso
potencial,
esperando que
tudo façamos
para que esse
Espírito
reencarnante,
cheio de
esperança e
novos ideais,
realmente
concretize seus
sonhos e
projetos de
redenção e
aprimoramento,
pelos novos
caminhos do
mundo.
Falir nessa
gigantesca e
valiosa tarefa,
por certo será
plantar uma
lavoura de
decepções cuja
colheita de
sofrimentos será
farta.
A infância, a
adolescência e a
juventude
refletirão,
inapelavelmente,
aquilo que nós
adultos a elas
oferecermos.
Reflitamos...