– As mortes e
destruições de grande
porte, causadas pelo
tsunami que acometeu
recentemente algumas
regiões do Japão, podem
ser consideradas uma
expiação coletiva ou
existe, no Espiritismo,
outra explicação para o
caso?
Raul Teixeira:
Acontecimentos de
tamanha magnitude não
ocorreriam, levando na
sua esteira um número
tão grande de criaturas,
se não fizessem parte do
rol de expiações dos
indivíduos e das
sociedades envolvidos.
Quanto o Espírito Clélia
Duplantier se refere às
expiações coletivas, no
livro Obras Póstumas,
de Allan Kardec, diz que
o indivíduo, além de
poder comprometer-se
isoladamente, pode
fazê-lo com a família ou
com a sociedade, devendo
por isso, quando surja o
tempo dos acertos de
conta com a consciência,
resgatar sozinho, com os
familiares ou com os
concidadãos da sua
comunidade.
Muito embora, em muitos
casos de desastres
naturais, a incapacidade
administrativa de muitos
governantes possa
contribuir, ao deixar de
cumprir seus deveres de
organização das cidades
e regiões para que
suportem tais
ocorrências, o fato é
que as pessoas
envolvidas estão
comprometidas, de algum
modo, com a necessidade
expiatória.
De entrevista concedida
especialmente a esta
revista em 29 de junho
de 2011.
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