Conhecimento superior
Na aquisição do conhecimento superior, não acredites que o deslumbramento substitua o trabalho.
Nem julgues que o benfeitor espiritual, por mais que deseje, possa efetuar a obra que te compete.
O professor esclarece. O aluno, porém, deve equacionar os problemas da escola.
O médico auxilia. O doente, contudo, deve atender-lhe as indicações.
Toda realização pede esforço. Toda construção pede tempo.
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Repara a árvore educada que se fez preciosa.
É um monumento de beleza e vitalidade. Grandes raízes garantem-lhe a existência. Tronco robusto resiste à força do vento. Galhos crescem, enormes, ajudando a quem passa. Flores surgem, desafiando geômetras e pintores. Frutos aparecem, ricos de suco nutritivo. Fibras e folhas, seiva e perfume completam-lhe a respeitabilidade e a grandeza.
Lembremo-nos, no entanto, de que o prodígio, atingindo, às vezes, centenas ou milhares de quilos, estava contido, em essência, na semente pequenina de apenas alguns gramas. Entretanto, se alguém não houvesse cultivado a semente minúscula, consagrando-lhe atenção e trabalho no curso dos dias, a árvore magnificente não se teria consolidado, afirmando-se em madureza e cooperação.
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Agradece, pois, o carinho dos Espíritos generosos, encarnados ou desencarnados, que te amparam a experiência, aplicando-te às lições de que são mensageiros. Não admitas, contudo, que a presença deles te baste ao aprimoramento individual.
Recorda que nem os companheiros da glória do Cristo escaparam ao impositivo do serviço constante.
Os apóstolos que lhe respiraram a convivência não repousam ante as flamas do Pentecostes, mas seguem, luta adiante, de renúncia em renúncia, adquirindo, pouco a pouco, a grande libertação, e Saulo de Tarso, visitado pelo próprio Mestre, em pessoa, não para sob o jorro solar da senda de Damasco, mas avança, de suplício em suplício, assimilando, a preço de sofrimento, o dom da Divina Luz.
Do cap. 8 do livro Seara dos Médiuns, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. |