ALTAMIRANDO
CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP
(Brasil)
Chico Xavier
continua
entre
nós
Francisco
Cândido Xavier
continua vivo na
Pátria
Espiritual, de
onde, por certo,
tem acompanhado
todas as
merecidas
homenagens que
lhe
foram prestadas.
Nascido em Pedro
Leopoldo (MG) em
2 de abril de
1910 e
desencarnado em
30 de junho de
2002 em Uberaba
(MG), o médium
viveu 92 anos
(bem vividos) na
vida física,
indício de uma
vida
santificante na
espiritualidade.
Indiferente a
qualquer ímpeto
de vaidade e
personalismo,
Chico percorreu
os 92 anos de
vida física com
extrema
fidelidade aos
ensinamentos de
Jesus Cristo,
tendo como norma
as três
recomendações
básicas de
Emmanuel, o seu
Mentor
Espiritual:
disciplina,
disciplina,
disciplina.
Já no seu
primeiro grande
livro mediúnico: Parnaso
de Além-Túmulo, ele
não deixou
dúvida, mesmo
aos mais severos
críticos da
literatura
brasileira, de
que os mortos,
realmente, estão
de pé; de que
ninguém morre e
de que os bons
Espíritos não
perdem a
disposição de
ensinar os
homens.
Impossível falar
de toda a
produção
literária que
ele recebeu dos
Espíritos
desencarnados,
que mereceu o
respeito de
todos os
segmentos, como
é o caso do
romance Paulo
e Estêvão,
ditado por
Emmanuel, que é
a história do
próprio
Cristianismo.
Pobre em posses
materiais, mas
rico em
espiritualidade,
doou todos os
direitos
autorais dos
livros para as
obras
assistenciais
espíritas,
tornando-se um
exemplo para
todos, espíritas
ou não. Se nos
faltassem
palavras para
dizer alguma
coisa sobre ele,
a indicação para
o Prêmio Nobel
da Paz e o
título de O
Mineiro do
Século já diriam
tudo.
Importante é não
ficarmos somente
na admiração de
tudo o que ele
fez ou deixou,
mas que
possamos, antes
de tudo, seguir
os seus
exemplos. Ele
cumpriu bem a
sua missão e
retornou à
Pátria
Espiritual
consciente do
dever cumprido.
O trabalho foi
feito, na hora e
no tempo exatos,
planejados
segundo os
desígnios
superiores.
Como bem
registrou o
jornal Tribuna
Espírita, de
João Pessoa
(PB), na edição
48/1990:
“Doente, deu a
saúde a milhares
de pessoas.
Pobre, consolou
numerosos ricos.
Sem títulos
acadêmicos,
psicografou uma
verdadeira
enciclopédia do
espírito, sobre
os mais diversos
temas da
Filosofia e da
Ciência. De sua
boca jamais se
ouviu uma
palavra de
pessimismo, de
ódio e de
revolta; somente
palavras de
amor, caridade,
conforto e
felicidade
plena”.
Outro comovente
registro foi
feito pelas
Cooperativas de
Uberaba, no
jornal
uberabense
Lavoura e
Comércio, edição
de 3 de julho de
2002: ”Imaginem
todas as
virtudes humanas
reunidas em um
só homem!
Bondade,
humildade, amor.
Este homem
existiu entre
nós e já
descansa ao lado
do Pai. Ele é
Chico Xavier,
mais uma estrela
a brilhar no
céu!”.
Poucos líderes
religiosos
tiveram o
reconhecimento
de autoridades
de setores tão
diversos, como o
Xeique Jihak
Hasan,
vice-presidente
da Assembleia
Mundial da
Juventude
Islâmica: ”Mesmo
que seja de
outra crença
religiosa, não
posso deixar de
admitir que com
seus princípios
Chico Xavier
lutava pelo bem
e pela paz.
Perdemos então
mais um
guerreiro a
serviço da
tolerância”,
disse o Xeique,
ao saber da
desencarnação do
médium.
E mais: o
prefeito de
Uberaba na
época, Marcos
Montes Cordeiro,
que decretara
luto oficial por
três dias e
feriado
municipal: Ӄ
uma perda
irreparável”,
enfatizou; o
então governador
de Minas Gerais,
Itamar Franco,
que decretara
luto oficial no
Estado por três
dias: ”Chico
Xavier
expressava em
sua face uma
imensa bondade,
reflexo de sua
alma iluminada,
que
transparecia,
particularmente,
em sua dedicação
aos pobres,
imagens que vou
guardar para
sempre, com
muito carinho”.
Por sua vez, o
presidente da
República na
época, Fernando
Henrique
Cardoso,
divulgou nota:
”... Grande
líder espiritual
e figura querida
e admirada pelo
país
inteiro...”; o
saudoso Ramez
Tebet, na época
presidente do
Congresso
Nacional,
apresentou
moção: “... A
quantos
desesperançados
ele levou a
esperança? Foi
uma grande
perda...”; o
então presidente
da Câmara dos
Deputados, Aécio
Neves, disse que
“ele era uma
figura muito
confortadora
para todos,
independentemente
da religião de
cada um.”
Há nove anos, Francisco
Cândido Xavier
nos deixou,
materialmente
falando. Mas,
da
espiritualidade,
ele nos
acompanha,
intuindo-nos à
realização de
boas obras,
neste mundo onde
o ódio e a
discórdia
exercem seus
poderes
nefastos.
Sim, há muito
que fazermos.
Como aquela ave
pequenina, que
molhava as suas
asas no lago e
espalhava as
gotas de água
no grande
incêndio da
floresta, sob a
alegação de que
não poderia
apagar o
incêndio, mas
pelo menos
estava fazendo a
sua parte,
façamos também a
nossa parte. Por
um mundo melhor,
por uma
sociedade mais
feliz.
Lembremos o
registro de um
parlamentar no
jornal Lavoura
e Comércio, de
Uberaba, na
edição de 3 de
julho de 2002:
“Irmão Chico,
maior que a dor
do momento só
mesmo a certeza
de que agora
você está se
revigorando para
novas lutas a
serem
vencidas...”
Estejamos certos
de que Francisco
Cândido Xavier
está conosco,
acompanhando-nos
e nos
abençoando, como
fazia na vida
física.
Imitemo-lo e
sigamos os seus
exemplos.