JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
MG
(Brasil)
O dogma da
comunhão dos
Santos e a
Doutrina dos
Espíritos
O contato com os
Espíritos dos
mortos é do
tempo do homem
das cavernas. Os
fenômenos de
casas
assombradas são
espíritas. E o
verbo aparecer
trata geralmente
de aparições de
Espíritos dos
mortos,
inclusive do de
Jesus.
Os fenômenos
espíritas
necessitam de
médiuns (xamãs,
pajés,
canalizadores
etc.). Na Bíblia
são os profetas,
videntes e
pitonisas (1
Samuel capítulo
28; e 1 Samuel
9:9). Moisés
(não Deus)
proíbe o contato
com os Espíritos
dos mortos
(Deuteronômio
capítulo 18).
Ora, se ele
proibiu esse
contato, é
porque ele
existe! E
observemos que
Moisés fala de
Espíritos dos
mortos e não dos
diabos!
O Espiritismo
sempre incomodou
os líderes
religiosos,
pois, para que
aconteça um fato
espírita, tem
que haver a
presença dum
médium especial,
o que lhe traz
muito prestígio.
E como nem todo
líder religioso
é um médium
especial, os
médiuns passaram
a ser vítimas de
inveja por parte
dos líderes
religiosos. Por
isso e outras
coisas mais,
surgiram os
ataques
caluniosos e
odiosos contra
os médiuns e sua
doutrina. Santa
Joana D’Arc é um
exemplo disso.
No Brasil, até a
década de 1940,
os espíritas
eram presos. Os
adversários do
Espiritismo
chamavam-no de
feitiçaria,
magia, ocultismo
e de seita
reencarnacionista,
como se a
reencarnação
fosse uma crença
exclusiva do
Espiritismo,
quando ela é
universal e
bíblica. E a
maioria dos
católicos de
hoje crê nela.
Mas agora
inventaram que o
Espiritismo não
é cristão! Eis
alguns
documentos
papais contra o
Espiritismo: “Supermae”,
de Leão X, em
1514 e 1521;
“Bula Céu e
Terra”, de Xisto
V, em 1586;
“Summis
Desiderantes
Affectibus”, de
Inocêncio VII,
em 1484; “Bula
Deus
Onipotente”, de
Gregório XV;
“Bula
Incrustabilis”,
de Urbano VII,
de 1631. Até
1950, no Brasil,
a CNBB
excomungava os
espíritas. Hoje
tenho dois
amigos, um
arcebispo da
Igreja e outro
pastor
presbiteriano,
que fazem
palestras em
casas espíritas!
E os padres não
atacam mais o
Espiritismo,
exceto uma
minoria de
fundamentalistas.
As manifestações
dos Espíritos no
princípio do
cristianismo (1
Coríntios,
capítulos 12, 13
e 14) passaram a
ser atribuídas
ao Espírito
Santo trinitário
instituído no
Concílio de
Constantinopla
(381). Na
Bíblia, ele é o
conjunto dos
Espíritos
humanos. Paulo
diz que nosso
corpo é
santuário dum
Espírito Santo
(1 Coríntios
6,19). Kardec
tem o Espírito
Santo como o
conjunto dos
Espíritos bons.
São Jerônimo, na
Vulgata Latina,
menciona
Espíritos bons
(santos) e maus
(atrasados).
Uma corrente de
teólogos da
ortodoxia
católica da
Igreja Primitiva
instituiu a
Doutrina da
Comunhão dos
Santos, ou seja,
a da Igreja
militante (da
Terra); a
Padecente (do
Purgatório); e a
Triunfante (dos
Céus). Essa
doutrina
pneumática
(espírita) prega
a colaboração
recíproca entre
os Espíritos
desencarnados de
lá e os
encarnados de
cá. Mas ela
encontrou
resistência de
alguns teólogos
judaizantes. Por
isso, foi
transformada em
dogma pela
Igreja. E,
praticamente, na
mesma época (4º
século), a
Igreja
transformou
também em dogmas
as doutrinas,
igualmente
polêmicas, do
Espírito Santo e
da ressurreição
da carne. Então,
no Credo
Católico,
passou-se a
dizer em todas
as missas, numa
espécie de
lavagem
cerebral: “Creio
no Espírito
Santo, na
Comunhão dos
Santos, na
ressurreição da
carne (houve um
avanço, pois
hoje se diz dos
mortos) e na
vida eterna.
Amém”.