Mediunidade,
magnetismo
&
moralidade
A moral
é o
bastão
com que
o homem
há de
dirigir
os
recursos
que
recebe
da
Providência
“(...)
O
engrandecimento
e a
nobreza
da mediunidadevinculam-se
ao
aperfeiçoamento
moral do
médium...”-
François
C. Liran
Segundo
o
ínclito
Mestre
Lionês,
“(...)
os
médiuns
são os
intérpretes
incumbidos
de
transmitir
aos
homens
os
ensinos
dos
Espíritos;
santa é
a missão
que
desempenham,
visto
ter por
fim
rasgar
os
horizontes
da vida
eterna.
Os
Espíritos
vêm
instruir
o homem
sobre
seus
destinos,
a fim de
o
reconduzirem
à senda
do bem,
e não
para o
pouparem
ao
trabalho
material
que lhe
cumpre
executar
neste
mundo,
tendo
por meta
o seu
adiantamento,
nem para
lhe
favorecerem
a
ambição
e a
cupidez.
Aí têm
os
médiuns
o de que
devem
compenetrar-se
bem,
para não
fazerem
mau uso
de suas
faculdades.
Aquele
que,
médium,
compreende
a
gravidade
do
mandato
de que
se acha
investido,
religiosamente
o
desempenha.
Sua
consciência
lhe
profligaria,
como ato
sacrílego,
utilizar
por
divertimento
e
distração,
para si
ou para
os
outros,
faculdades
que lhe
são
concedidas
para
fins
sobremaneira
sérios e
que o
põem em
comunicação
com os
seres
d`além-túmulo.
Como
intérpretes
do
ensino
dos
Espíritos,
têm os
médiuns
de
desempenhar
importante
papel na
transformação
moral
que se
opera.
Os
serviços
que
podem
prestar
guardam
proporção
com a
boa
diretriz
que
imprimam
às suas
faculdades,
porquanto
os que
enveredam
por mau
caminho
são mais
nocivos
do que
úteis à
causa do
Espiritismo,
pois
pela má
impressão
que
produzem,
mais de
uma
conversão
retardam.
Terão,
por isso
mesmo,
de dar
contas
do uso
que
hajam
feito de
um dom
que lhes
foi
concedido
para o
bem de
seus
semelhantes.
O médium
que
queira
gozar
sempre
da
assistência
dos bons
Espíritos
tem de
trabalhar
por
melhorar-se...
O que
deseja
que a
sua
faculdade
se
desenvolva
e
engrandeça
tem de
se
engrandecer
moralmente
e de se
abster
de tudo
o que
possa
concorrer
para
desviá-la
do seu
fim
providencial.
(...)
Lograr a
assistência
dos
Espíritos
superiores
e
afastar
os
Espíritos
levianos
e
mentirosos,
tal deve
ser a
meta
para
onde
convirjam
os
esforços
constantes
de todos
os
médiuns
sérios.
Sem
isso, a
mediunidade
se torna
uma
faculdade
estéril,
capaz
mesmo de
redundar
em
prejuízo
daquele
que a
possua,
pois
pode
degenerar
em
perigosa
obsessão”.
Dissertando
sobre os
médiuns
curadores,
Allan
Kardec
ensina:
“(...)
uma
grande
força
fluídica,
aliada à
maior
soma
possível
de
qualidades
morais,
pode
operar,
em
matéria
de
curas,
verdadeiros
prodígios”.
Nesse
passo, o
notável
beletrista
espírita
Deolindo
Amorim,
acrescenta:
“(...) A
mediunidade
está
sujeita
a
sanções
morais.
O
médium
não é
uma
criatura
biologicamente
diferente
das
outras,
nem é um
ser
privilegiado;
mas, em
função
da
mediunidade,
que tem
um fim
superior,
em
qualquer
grau que
se
manifeste,
o médium
não
deixa de
ter uma
grande
responsabilidade
moral.
(...) Em
sã
consciência,
todas as
forças
que a
Natureza
põe a
serviço
do homem
devem
ser
empregadas
para o
bem. O
magnetismo,
de
qualquer
forma, é
uma
força
que o
homem
não
inventou
nem
adquiriu
por
compra.
Logo, à
luz da
razão e
da
moral, a
força
magnética
não é
também
propriedade
do
magnetizador.
O homem,
afinal
de
contas,
não é
dono
de
nenhuma
força da
Natureza;
mas é
sempre
necessário
considerar
que a
mediunidade
se
distingue
do
magnetismo,
porque
tem leis
e fins
especiais.
O
magnetismo,
entretanto,
não está
absolutamente,
como
pode
parecer,
fora da
lei
moral.
O fato
de um
indivíduo
ter
força
magnética
e não
provir
essa
força de
Entidades
espirituais,
o que
mostra a
distinção
entre o
passe
espírita
e o
passe
magnético,
não quer
dizer
que o
indivíduo
pode
utilizar
o
magnetismo
para
fins de
exploração.
Quando o
magnetizador
tem boa
formação
moral,
quando
sabe,
portanto,
fazer
bom uso
de suas
faculdades,
não
emprega
a força
magnética
senão a
serviço
do bem.
A
distinção
entre o
magnetismo
e a
mediunidade
não
exclui o
magnetizador
da
sanção
moral
quando
faz de
seus
poderes
magnéticos
um
instrumento
do mal.
A
Doutrina
Espírita
mostra
que
todos os
recursos
da
Natureza
devem
ter um
fim
útil,
porque
esses
recursos
pertencem
à grande
obra da
criação
divina.
Como a
mediunidade,
o
magnetismo,
os dons
da
inteligência,
todos
esses
recursos
podem
ser
úteis ou
maléficos,
conforme
o estado
moral de
quem os
possui.
O
magnetismo
é,
igualmente,
um
instrumento
do bem,
um meio
de se
aliviar
o
sofrimento
do
próximo.
Logo,
esse
instrumento,
que não
é,
convém
repetir,
propriedade
do
homem,
deve ter
aplicação
honesta.
Tanto em
relação
ao
médium,
que é
instrumento
dos
Espíritos,
como em
relação
ao
magnetizador,
que é
instrumento
de
forças
da
Natureza,
o
“denominador
comum”
é sempre
a moral.
Sem
a moral
ensinada
e
exemplificada
por
Jesus,
tanto a
mediunidade
quanto o
magnetismo,
como
quaisquer
outros
dons,
são
instrumentos
perigosos
a
serviço
do mal.
Implante-se
a moral
no
homem, e
todos os
dons,
venham
da
Natureza
ou do
Mundo
Espiritual,
serão
empregados
para o
bem da
Humanidade.
A moral,
portanto,
é o
bastão
com que
o homem
há de
dirigir
e
utilizar
os
recursos
que
recebe
da
Providência.
Assim
abroquelado,
o
verdadeiro
magnetizador
poderá
conseguir
autênticos
milagres
terapêuticos,
tendo
sempre
em vista
o
auxílio
que o
Alto
nunca
regateia
a quem
trabalha
desinteressadamente,
utilizando
os
recursos
infinitos
da
Natureza...”