WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Onde
está a
felicidade?
"Não digo isto
como por
necessidade,
porque já
aprendi a
contentar-me com
o que tenho."
(Paulo,
Filipenses
4:11.)
Qualquer
criatura
vivenciando
plena lucidez e
total controle
de raciocínio,
por certo,
caminhará com
avidez à procura
da felicidade.
Terá consciência
também, pelo
estágio
evolutivo em que
vive, que no
atual momento
poderá apenas
obter uma
felicidade
relativa ou
situações
felizes, mas
nunca a
felicidade
absoluta.
E essa
felicidade
relativa tem a
dimensão e o
peso dos nossos
sonhos. Uns a
encontram na
aquisição de um
carro de última
geração, outros
deparam com ela
ao apenas
possuir um
carro. Existem
os que a
procuram na casa
moderna e
confortável,
enquanto outros
buscam por ela
conseguindo uma
casa.
Para o faminto a
felicidade é
poder encontrar
um prato de
comida capaz de
sanar sua
necessidade de
alimentação.
Para o
desempregado a
felicidade
poderá chegar
com a obtenção
de um posto de
trabalho que lhe
garanta o
sustento e a
dignidade. Para
o doente,
encontrar
novamente a
saúde será,
obviamente, um
momento de
felicidade.
Paulo de Tarso,
em expressiva
carta aos
Filipenses
asseverou que
aprendeu a
contentar-se com
o que tinha,
numa inequívoca
demonstração de
compreensão e
resignação
diante da vida,
não se
perturbando e
nem estragando o
dia ante
pequenas
contrariedades,
tão próprias em
nosso
quotidiano.
Em realidade,
quem não pode
ter o que quer,
que queira o que
pode, pois em
inúmeras
situações não
conseguimos
obter o objeto
dos nossos
desejos ou a
concretização
dos sonhos que
acalentamos;
assim, imperioso
se torna que
saibamos estar
contentes com
aquilo que é
possível.
Certamente,
nessa postura de
equilíbrio e
tirocínio, nos
depararemos com
a felicidade
possível.
Certa feita uma
senhora de boa
posição
econômica e
social, passando
pela rua, notou
um senhor já de
idade avançada,
mal vestido e
com semblante
cansado, puxando
um carrinho de
tamanho
razoável,
repleto de
material
reciclável.
Condoída,
imaginou o
sofrimento e a
luta daquele
homem, tendo que
fazer o trabalho
de um animal
irracional, ao
puxar o
carrinho.
Aproximando-se
dele, exclamou:
– O senhor deve
sofrer muito, se
afligir demais,
pois tem que se
humilhar e fazer
o trabalho de um
animal, ao
transportar essa
carga.
– Não, minha
senhora, eu sou
feliz, pois
mesmo com a
minha idade
ainda tenho
forças e
disposição para
arrastar este
carrinho cheio
de material
reciclável, que
venderei logo
adiante e, com
os recursos
obtidos,
manterei meu
sustento e dos
netinhos que
cuido. Ainda,
passeio pelas
ruas, vejo a
movimentação de
carros e gente
e, vez por
outra, ainda
tenho o prazer
de encontrar
pessoas gentis
como a senhora,
que se preocupa
com o próximo.
Sem dúvida, para
o catador de
reciclável a
felicidade
estava em poder
realizar o seu
trabalho.
Na verdade, a
felicidade que
podemos obter,
por agora, não
se trata de uma
conquista
externa, mas sim
de uma postura
interior. Muitas
criaturas
infelizes estão
guerreando
sozinhas
enquanto outras
felizes estão
bem, mesmo em
meio à guerra
que gira ao seu
redor.
Quando
aprendermos a
nos contentarmos
com o que temos,
estaremos de
posse da
felicidade que
se pode ter aqui
na Terra, pois a
palavra divina
há muito já nos
informou “que a
verdadeira
felicidade não é
deste mundo”.
Onde procuramos
a nossa
felicidade?