A quem auxiliar?
Arnold Souza
Meu caro irmão,
Jesus nos
fortaleça.
Ainda e sempre,
meu amigo,
aprendamos a
servir aos
outros para
auxiliar a nós
mesmos.
Não te detenhas
sobre o exame da
chaga, do
espinheiro, da
cicatriz ou do
pântano.
A
verdade somente
resplandece
quando erguida
pelas mãos da
caridade à
maneira de luz
divina sobre o
pedestal do amor
verdadeiro.
Compreendamos e
ajudemos.
O
rico exige a
nossa cooperação
por achar-se
ameaçado de
sombras.
O
pobre reclama o
nosso concurso
fraterno, por
encontrar-se à
beira da
desesperação.
O
velho necessita
reconforto e
carinho.
O
jovem carece de
conselho e
bondade.
O
mau espera por
nosso
entendimento e
contribuição
para fazer-se
melhor.
O
bom naturalmente
conta com a
nossa
colaboração de
modo e não
perder-se sob os
charcos da
lisonja e da
vaidade.
A
alegria espera
por nossa ajuda,
a fim de
moderar-se. A
tristeza clama
por nosso
auxílio, de modo
a transformar-se
em conformação.
A
ignorância pede
compaixão ativa,
de maneira a
desobscurecer-se
e a ciência
exige a nossa
cooperação para
não
desmandar-se.
E
nós mesmos, meu
irmão, a cada
passo,
precisamos de
tolerância e
estímulo,
ternura e
generosidade.
Por muito
venhamos a
avançar na senda
do progresso,
nunca
prescindiremos
da gota d’água
que nos
dessedente, do
pão que nos
sacie, do lar
que nos
agasalhe, do
amigo que nos
compreenda e
perdoe.
Que o Cristo
seja realmente o
Mestre da nossa
vida em nosso
próprio coração
e que na posição
de aprendizes d’Ele
possamos
caminhar para a
frente, cada vez
mais
identificados
com o silêncio
de Deus e
distraídos do
barulho dos
homens, a fim de
que a nossa
jornada, em nome
do Evangelho,
constitua,
efetivamente, a
sublime
sementeira da
Luz.
Do livro
Cartas do
Coração,
ditado por
Espíritos
Diversos ao
médium Francisco
Cândido Xavier.