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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 222 - 14 de Agosto de 2011

JOÃO FERNANDES DA SILVA JÚNIOR
joaofdasilvajunior@hotmail.com
Biguaçu, Santa Catarina (Brasil)
 

A  pujança do Espiritismo

 


Inegavelmente vemos que todo o extenso trabalho desenvolvido por Allan Kardec em sua tarefa missionária vem acompanhando o progresso da Ciência. Na área da Física Quântica as descobertas estão paulatinamente dando ganho de causa para as afirmações dos Espíritos Superiores. Os fenômenos quânticos revelam uma realidade que é bem diferente daquela à qual estamos habituados. Tais fenômenos, na realidade, têm incomodado sobremaneira os cientistas, deixando-os perplexos. Esse é o início de um caminho que demonstra que os nossos cinco sentidos físicos captam elementos de uma realidade que é ilusória, já que existe algo situado além da matéria tida como elemento-chave da ciência materialista. Porém a prudência considera que, como os paradoxos da Física Quântica ainda não foram totalmente solucionados pelos pesquisadores, devemos aguardar com maior grau de paciência que isso aconteça e que os resultados sejam positivos para a Ciência Espírita. 
 

Observando atentamente vemos que um dos fenômenos de natureza quântica que mais desperta a curiosidade dos leigos é o chamado Salto Quântico, isto é, uma partícula simplesmente “desaparece” do estado no qual se encontrava e “aparece” em outro estado sem passar pelos estados intermediários entre um ponto e outro. 


O monumental trabalho de elaboração da Doutrina Espírita e as suas revelações acerca do mundo físico e espiritual causaram pequeno impacto na Física do Século XIX, porque, para a comunidade científica da época, a validade dos resultados que foram obtidos era bem pequena, necessitava de um aparato experimental e a possibilidade de repetir um sem-número de vezes os mesmos resultados anteriormente conseguidos (ou seja, dentro das mesmas condições um mesmo experimento produz o mesmo resultado). Essa ideia não se mostrava apropriada para o estudo experimental da Doutrina dos Espíritos porque os Espíritos – seres inteligentes – não permitiam tal coisa, já que eles são consciências que possuem vontade, e por isso podem decidir promover ou não um determinado fenômeno, além disso, existem outras questões envolvendo tal tipo de acontecimento. É por esse motivo que a Ciência experimental espírita necessita de uma metodologia específica para empreender suas pesquisas. Quem imaginaria a utilização do telescópio espacial Hubble para visualizar bactérias? Alguém usaria um microscópio para enxergar um osso dentro do corpo humano? Utilizaríamos um aparelho de Raios X para determinar a ocorrência de fenômenos quânticos? A metodologia de trabalho de um espeleólogo é a mesma utilizada por um desenhista de trajes espaciais? 

 

As ciências comuns têm a possibilidade de manipular livremente a matéria que estudam por meio de suas propriedades físicas e químicas, por outro lado, os eventos de origem espírita repousam na ação de inteligências que possuem vontade e que estão desvinculadas da matéria biológica. 


No ano de 1916, Albert Einstein (1879-1955) publicou seu trabalho que revolucionou o entendimento acerca da Física: A Teoria Geral da Relatividade e a Teoria Restrita da Relatividade, tratando do movimento de objetos em velocidades muito aceleradas e próximas da velocidade da luz (300.000 km/s). Einstein foi capaz de revelar um novo aspecto da natureza material que ultrapassa os nossos sentidos físicos. Da mesma forma as revelações – apresentadas pela equipe do Espírito de Verdade – nos livros da Codificação Espírita, descortinam um mundo invisível e intangível – ainda – para os seres encarnados. Inegavelmente estamos caminhando para a comprovação científica de tais verdades, embora nada ainda de definitivo nessa área seja de grande monta, mas o importante é que a pujança dos ensinamentos espíritas é inabalável e persiste, enquanto que outras doutrinas já caíram em descrédito em razão de suas desmedidas infantilidades dogmáticas. O céu de inércia apresentado pelo catolicismo é contrário ao universo em constante mutação; o inferno de eternos sofrimentos é infantil diante da reencarnação que oportuniza novas chances de caminhar corretamente pela vida; o purgatório e o limbo são lugares inexpressivos diante da grandeza de um Criador perfeito, incapaz de cometer equívocos. Aproveitando essa deixa comentamos o seguinte para a reflexão de nossos leitores: se Lúcifer era um Espírito que estava “no céu” entre os “eleitos” e mesmo assim teve a pretensão de ser maior do que o Criador, isso demonstraria que o Criador foi incapaz de saber diferenciar o bom do mau, o que colocaria em xeque todos os atributos da Divindade. E por outro lado, se Deus erra e nada acontece com Ele para puni-Lo, por que somente nós seriamos punidos pelos erros que cometemos? 


A Ciência foi dada ao homem para que consigamos penetrar paulatinamente nas verdades existentes em nosso meio de ação (física e espiritual). Com as conquistas obtidas, nós avançamos adquirindo cada vez maior soma de conhecimentos, e nos tornamos mais conscientes de nossa missão e de nosso papel no Universo.

 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita