JANE MARTINS
VILELA
limb@sercomtel.com.br
Cambé, PR
(Brasil)
Porfiar no bem
Há que ter
cautela,
vigilância, na
vida como um
todo, mas, no
que tange às
informações
passadas pela
mídia, isso se
torna uma grande
necessidade
atualmente.
Passa-se uma ideia
negativa demais.
Fala-se e
mostra-se pouco
do amor, sua
beleza, sua
grandeza, o amor
por excelência,
o amor que leva
os seres à
felicidade, o
amor como ação
no bem, no belo,
no nobre, no
correto.
Os velhinhos,
que já estão
limitados pelo
declínio das
forças, ficam
sentados na
frente da TV e,
ao verem
notícias
desagradáveis,
ficam com a
impressão de que
o mundo não tem
mais solução,
“que não tem
jeito”, dizem
eles.
O Evangelho
segundo o
Espiritismo
é bem claro no
comentário de
que se os bons
não fossem tão
tímidos o mal de
há muito se
teria extinguido
da Terra. Há que
se fazer o bem e
o bem
incessantemente,
perseverando
sempre nele,
porque, afinal,
o bem faz bem e
aquele que o
pratica haure
os benefícios
que dele
retornam.
É de André Luiz,
no livro
Sinal Verde,
psicografado por
Chico Xavier, as
frases: “Só
existe um mal a
temer: aquele
que ainda exista
em nós”, “Não
parar na
edificação do
bem, nem para
colher os
louros do
espetáculo, nem
para contar as
pedras do
caminho”, “A
tarefa parece
fracassar? Siga
adiante,
trabalhando, que
muita vez é
necessário
sofrer, a fim de
que Deus nos
atenda
à renovação”,
“Cada boa ação
que você pratica
é uma luz que
você acende em
torno dos
próprios
passos”.
No 31º Festival
de Música de
Londrina,
acontecido em
julho último,
pudemos
presenciar
espetáculos
belíssimos,
alguns mesmo
sublimes, que
nos faziam
parecer estar em
regiões
espirituais
elevadas. É bom
ver o bem, o
belo, assim
levados em massa
às plateias. É
bom ver o bem
difundido em
teatros e pelas
ruas. Pudemos
ver projetos
sociais
envolvendo
jovens, como foi
o caso da
encantadora
Orquestra Lira
de Tatuí, de São
Paulo, formada
por jovens de 9
a 19 anos de
idade, orquestra
impecável na
coreografia,
dança, som e
criatividade. A
plateia se
emocionou
quando, ao som
de “As Rosas Não
Falam”, algumas
crianças da
Orquestra
distribuíram
rosas para o
público que, ao
final, a
aplaudiu de pé.
O coordenador
do grupo, no
agradecimento,
foi muito
ovacionado ao
dizer: “Quando
virem notícias
desagradáveis na
mídia, parecendo
que tudo está
ruim, que o mal
está imperando,
mudem o
pensamento,
pensem coisas
boas. Pensem que
há pessoas,
muitas pessoas
fazendo coisas
boas por toda a
parte. A
Orquestra Lira
de Tatuí é uma
delas”.
O coordenador
anunciou que a
Orquestra, a
convite da Rede
Globo, se
apresentará no
Criança
Esperança deste
ano. É o bem
sendo difundido,
afinal.
Pergunta-se qual
é a religião?
Não. O que
importa é o bem
que se faça.
Na última
questão de O
Livro dos
Espíritos, a
1019, Allan
Kardec indaga
com propriedade
se jamais o
reino do bem
poderá ter lugar
sobre a Terra.
São Luís
respondeu: “O
bem reinará na
Terra quando,
entre os
Espíritos que a
vêm habitar, os
bons
predominarem,
porque, então,
farão que aí
reinem o amor e
a justiça, fonte
do bem e da
felicidade. Por
meio do
progresso moral
e praticando as
leis de Deus é
que o homem
atrairá para a
Terra os bons
Espíritos e dela
afastará os
maus. Estes,
porém, não a
deixarão, senão
quando daí
estejam banidos
o orgulho e o
egoísmo. Predita
foi a
transformação da
Humanidade e vos
avizinhais do
momento em que
se dará, momento
cuja chegada
apressam todos
os homens que
auxiliam o
progresso. Essa
transformação se
verificará por
meio da
encarnação de
Espíritos
melhores, que
constituirão na
Terra uma
geração nova.
Então, os
Espíritos dos
maus, que a
morte vai
ceifando dia a
dia, e todos os
que tentem deter
a marcha das
coisas serão daí
excluídos, pois
que viriam a
estar deslocados
entre os homens
de bem, cuja
felicidade
perturbariam.
Irão para mundos
novos, menos
adiantados,
desempenhar
missões penosas,
trabalhando pelo
seu próprio
adiantamento, ao
mesmo tempo que
trabalharão pelo
de seus irmãos
ainda mais
atrasados. Neste
banimento de
Espíritos da
Terra
transformada,
não percebeis a
sublime alegoria
do Paraíso
perdido e, na
vinda do homem
para a Terra em
semelhantes
condições,
trazendo em si o
gérmen de suas
paixões e os
vestígios da sua
inferioridade
primitiva, não
descobris a não
menos sublime
alegoria do
pecado original?
Considerado
deste ponto de
vista, o pecado
original se
prende à
natureza ainda
imperfeita do
homem que,
assim, só é
responsável por
si mesmo, pelas
suas próprias
faltas e não
pelas de seus
pais. Todos vós,
homens de fé e
de boa-vontade,
trabalhai,
portanto, com
ânimo e zelo na
grande obra da
regeneração, que
colhereis pelo
cêntuplo o grão
que houverdes
semeado. Ai dos
que fecham os
olhos à luz!
Preparam para si
mesmos longos
séculos de
trevas e
decepções. Ai
dos que fazem
dos bens deste
mundo a fonte de
todas as suas
alegrias! Terão
que sofrer
privações muito
mais numerosas
do que os gozos
de que
desfrutaram! Ai,
sobretudo, dos
egoístas! Não
acharão quem os
ajude a carregar
o fardo de suas
misérias”.
A resposta dada
pelo benfeitor
espiritual e
registrada por
Kardec é uma
mensagem de
esperança para
que não nos
deixemos
envolver pelos
assuntos e
notícias
negativos,
pelas novelas e
filmes onde
somente medram
crime e
violência.
Lembremos que
há pessoas
fazendo o bem na
nossa amada
Terra. Podemos
ser uma delas.
Não nos cansemos
de fazer o bem e
de amar, amar
até o fim, amar
e porfiar no
bem.
Acautelemo-nos e
vigiemos para
não sermos
envolvidos pela
sombra do mal
que ainda vige,
mas que a
claridade do bem
seja em nossas
vidas como o sol
da aurora que
varre as trevas
da noite.
Tenhamos
esperança e
prossigamos com
Jesus, amando
sempre mais.