Degredados
Cruz e Souza
As desditosas almas
desterradas
Choram de angústia no
caminho estreito
Onde o homem – misérrimo
e imperfeito –
Palmilha escabrosíssimas
estradas...
E recordam radiosas
alvoradas,
Deslumbramentos no
infinito eleito,
Onde a luz da justiça e
do direito
É a alma das leis na
Terra desprezadas!
Ó vós que andais
idealizando o brilho
Da luz celeste sobre o
vosso exílio,
Que é um deserto de
sombra merencória!
Para que esplenda a luz
da nova era,
Lutai! Porque a ventura
vos espera
Na eternidade lúcida da
glória!
Soneto psicografado pelo
médium Francisco Candido
Xavier, constante do
livro Lira Imortal,
obra ditada por
Espíritos Diversos.
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