LEONARDO MARMO
MOREIRA
leonardomarmo@gmail.com
São José dos
Campos, SP (Brasil)
A auto-obsessão,
a aura
e a monoideia
A auto-obsessão
é uma das
maiores
enfermidades
espirituais que
existem, uma vez
que esse estado
mental
frequentemente é
gerador de uma
série de outros
processos mento-comportamentais,
os quais podem
literalmente
destruir uma
encarnação. De
fato, a
auto-obsessão
pode fomentar
uma série de
distúrbios
psicológicos, os
quais podem ou
não ser
agravados por
obsessões
propriamente
ditas, ou seja,
pela influência
espiritual
negativa de
entidades. Essas
entidades
aproximam-se
devido à
afinidade pelo
comportamento do
encarnado em
questão ou, pelo
contrário,
objetivam
especificamente
prejudicar esse
indivíduo,
motivados por
problemas do
passado, ideais
contrários,
inveja, ou
simplesmente
vazio
existencial.
As ações, os
comentários, os
desejos, os
ideais, os
sentimentos, as
sensações, as
fixações, os
pensamentos e os
diálogos
mentais, entre
outros,
constituem, em
conjunto, o
perfil
espiritual de
cada indivíduo,
os quais são
facilmente
detectáveis por
grande número de
Espíritos
desencarnados.
De fato, estes
fatores
influenciam,
inclusive, na
constituição da
chamada “aura”,
que é a
irradiação
característica
de cada
individualidade,
ocorrendo com
mais intensidade
em torno da
cabeça do
indivíduo. Vale
lembrar que a
cor associada à
aura pode
representar o
nível
vibracional do
ser em questão,
ou seja, o
padrão
espiritual de
cada um. Essa
correlação fica
evidente em
várias obras de
André Luiz,
como, por
exemplo, em “Os
Mensageiros”, no
capítulo
intitulado “A
Prece de Ismália”; em
“Mecanismos da
Mediunidade”,
quando o Mentor
afirma que
Espíritos
superiores
irradiam fótons
com menor
comprimento de
onda (maior
energia e,
portanto, maior frequência) do
que Espíritos
inferiores; e
também no
capítulo
intitulado
“Psicoscópio”
(“Nos Domínios
da
Mediunidade”),
quando o
referido
dispositivo é
utilizado para
determinar o
nível espiritual
do ser
analisado.
As fixações
espirituais
podem constituir
verdadeiras
telas mentais
(nas palavras de
Manoel Philomeno
de Miranda,
“Painéis da
Obsessão”, em
expressão que dá
nome a um
excelente livro
psicografado por
Divaldo Franco),
ou, até mesmo
“filmes”
psíquicos, que
representam um
certo tipo de
“Lavagem
Cerebral”, isto
é, “Lavagem
Mental”. Tais
fixações
espirituais, em
função de sua
carga emocional
hipnotizadora,
vão limitando as
áreas de
interesse de
cada ser,
aproximando o
indivíduo da
chamada
“Monoideia”.
Esse quadro
restringe
significativamente
a capacidade de
aprendizado do
indivíduo, pois
atenua
drasticamente o
nível de
interesse do
mesmo no que se
refere aos mais
variados
fenômenos da
Vida. Portanto,
a Monoideia
diminui a
curiosidade
sadia e o
aprendizado de
uma forma geral.
A Monoideia
traduz quadro de
perturbação
espiritual do
ser, que,
repetitivo e
obcecado,
constrói uma
redoma
vibracional
negativa,
vivenciando
verdadeira
Auto-obsessão.
Assim, o ser
dominado pela
Monoideia, seja
ela de vingança,
cobiça,
reconhecimento,
mágoa, entre
outras, muitas
vezes perde a
noção da
realidade, o que
o faz perder
tempo e muitas
oportunidades
evolutivas,
gerando quadros
espirituais de
crescente
infelicidade.
Isso explica,
inclusive,
alguns casos de
alienação que
acometem tanto
encarnados como
desencarnados.
A auto-obsessão
independe da
participação
efetiva de
outros seres,
sejam eles
encarnados ou
desencarnados,
pois é
construção
predominantemente
pessoal, mas,
pode,
eventualmente,
ser agravada
pela influência
de outros seres.
Se tais
irradiações
gerarem algum
tipo de
afinidade e/ou
interesse em
Espíritos
desencarnados,
atrairemos esses
seres ao nosso
convívio mental.
Neste caso, essa
interação pode
apresentar
intensidades
variadas,
dependendo de
diversos
fatores, tais
como o nível de
resistências
morais, o grau
de constância em
trabalhos de
nível moral mais
elevado, o
mérito geral do
indivíduo, as
boas obras já
realizadas, os
hábitos de
“higiene
espiritual”, a
corrente de
simpatia já
construída,
entre outros.
Quando o
“auto-obsidiado”,
em função de sua
irradiação
perturbada e
perturbadora
entra em
sintonia com
outros seres,
sobretudo
desencarnados,
pode provocar
uma efetiva
atração devido
aos interesses
comuns, gerando
uma espécie de
“diálogo
espiritual”, em
uma simbiose de
sensações e
telas mentais,
as quais
fortalecem as
perturbações
originais de
cada ser
envolvido. O
diálogo mental,
por sua vez,
pode gerar o
“convencimento”
do encarnado por
parte do
desencarnado.
Assim, uma ideia
perturbadora que
surgia muito
raramente pode
ir ganhando cada
vez maior
aceitação,
superando as
resistências
morais do
“hospedeiro”.
Essa
inter-relação
gera verdadeiros
laços fluídicos,
uma vez que toda
emissão mental
gera direta
consequência
perispiritual,
imantando
mutuamente estes
Espíritos em
conexões
difíceis de
serem
eliminadas.
Neste contexto,
lembremo-nos da
necessidade de
“vigilância e
oração”,
conforme
recomendação
evangélica, para
que a disciplina
mental limite a
instalação e o
enraizamento das
ideias negativas
em nossa vida
espiritual. De
fato, a higiene
espiritual é
fundamental para
controlar e
minimizar os
efeitos de
crises
espirituais
agudas e também
os processos
espirituais
inferiores que,
lenta e
gradualmente,
podem se
cronificar.
A “cronificação”
do desequilíbrio
espiritual piora
a vida do
“auto-obsidiado”
em um contexto
bem amplo, que
abrange desde
sua saúde
física, passando
por seu
desempenho
escolar/profissional
e atingindo suas
relações
pessoais. A
obsessão, quando
caso crônico,
pode ser mais
difícil de ser
tratada, pois
implica na
aquisição de
inevitáveis
hábitos
consequentes a
esse vício
mental, ou seja,
condicionamentos
mentais, verbais
e físicos.
É interessante
mencionar, a
título de
ilustração, a
recomendação que
Chico Xavier
forneceu ao
Doutor Elias
Barbosa. Certa
vez, Chico
sugeriu que o
célebre médico e
autor espírita
fizesse
Evangelho no Lar
todos os dias da
semana. Ao
contrário da
recomendação
usual das casas
espíritas de uma
reunião semanal,
Chico Xavier
recomendou 10
minutos de
Evangelho no
Lar, em seis
dias da semana,
e uma reunião
semanal de 30
minutos, de modo
que fossem
desenvolvidas
reuniões
evangélicas
todos os dias.
Esse
procedimento,
segundo Chico,
fortaleceria a
proteção
espiritual da
casa, pois
aumentaria a
chamada
“barreira
fluídica” ao
redor do lar de
Elias Barbosa.
Tal medida era
fundamental para
o bem-estar
espiritual da
família do
médico, pois em
seu consultório
psiquiátrico ele
estava obtendo
sucesso em
determinados
tratamentos,
apoiado pelo
conhecimento
espírita, uma
vez que
conseguia
identificar
vários casos em
que o problema
principal era o
fenômeno
obsessivo.
Obviamente, isso
estaria
irritando grande
número de
obsessores, que
passavam a
encontrar mais
dificuldades
para manter o
conúbio mental
com seus
parceiros
encarnados.
Consequentemente,
muitos
obsessores
passaram a
perseguir o novo
“rival”, no
caso, o Dr.
Elias Barbosa,
seguindo-o até a
sua casa para
perturbar
espiritualmente
Dr. Elias e seus
familiares. O
fortalecimento
da proteção
espiritual,
bastante
conhecida das
obras de André
Luiz, como, por
exemplo, “Os
Mensageiros” e
“Missionários da
Luz”, impediria
a entrada dessas
entidades na
casa de Elias
Barbosa.
O hábito da
prece e da
leitura/estudo
evangélico-doutrinário
deve ser sempre
estimulado. A
leitura de
mensagens
positivas do
ponto de vista
espiritual pode
ser feita,
inclusive,
através de
livros de bolso,
os quais são uma
interessante
alternativa no
dia-a-dia
corrido dos
tempos atuais.
Mensagens que
podem ser
levadas a
quaisquer
lugares e lidas
em intervalos de
tempo reduzidos
são opções
interessantes
para mantermos
hábitos
saudáveis para a
nossa vida
mental, os quais
são decisivos
para a
manutenção de
nossa saúde
espiritual,
sobretudo em
períodos
difíceis da vida
física, nos
quais
enfrentamos
situações
estressantes e
exigentes
emocionalmente.
Assim como
devemos cuidar
da higiene do
corpo todos os
dias, nós também
devemos cuidar
da nossa
“higiene
espiritual”
diariamente. De
fato, sem um
mínimo
fornecimento de
um “alimento
espiritual
saudável” à
nossa mente,
dificilmente
manteremos um
equilíbrio
espiritual
razoável para
desenvolvermos
adequadamente
nossas
atividades, sem
corrermos o
risco de
adquirir graves
perturbações
mentais.