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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 225 - 4 de Setembro de 2011

JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, MG (Brasil)
      
 

A tese de que o Espiritismo é o Consolador tem base bíblica


Quem estuda a Bíblia e o Espiritismo, percebe logo que ele é bíblico. Aliás, ele existe desde que o mundo existe.

A Igreja declarou, no final do século 19, que o Espiritismo  deveria ser atacado com todas as armas. E os protestantes e evangélicos acataram também essas instruções. Mas faz bastante tempo que a Igreja parou de atacar o Espiritismo. Contudo, ficou a sua difamação.

A Bíblia proíbe o contato com os Espíritos dos mortos (Deuteronômio, capítulo 18).  Mas essa própria proibição de Moisés, e não de Deus, prova que esse contato existe.  E ela só valeu para o povo hebreu daquele tempo, como foi o caso do apedrejamento das prostitutas, pois não consta do Decálogo.   

Para a Bíblia, as profecias são feitas por Espíritos através dos profetas (1 João, 4:1; e Números, 11:25 a 30). E ela nos mostra também que os profetas não são apenas aqueles famosos, como Isaias, Jeremias, Joel etc., mas que todas as pessoas podem ser profetas, que Kardec passou a chamar de médiuns, havendo uns que têm esse dom mais aguçado. Jesus, quando ia participar de um fenômeno mediúnico mais especial, como o da Transfiguração, sempre Ele convocava os três maiores médiuns dos seus apóstolos: Tiago, Pedro e João. Já Paulo denominava esses dons proféticos ou mediúnicos de dons espirituais. “Se alguém se considera profeta ou espiritual...” (1 Coríntios, 14:37). Mais tarde, foi criada a doutrina do Espírito Santo, principalmente a partir do Concílio Ecumênico de Constantinopla (381), passando a ser atribuída a ele a origem dos fenômenos proféticos ou mediúnicos. O apóstolo Paulo, que não conheceu o Espírito Santo da Santíssima Trindade, atribui esses fenômenos ao próprio Espírito do médium ou profeta. Quando o indivíduo ora em línguas, é o próprio Espírito dele que ora (1 Coríntios, 14:14), fenômeno que o Espiritismo denomina de animismo, embora exista a xenoglossia (quando o médium fala línguas estrangeiras desconhecidas por ele), o que não deve ser confundido com glossolalia ou bla...bla...bla. E Paulo aconselha a prática, de preferência, de profecias. “Procurai com zelo os dons espirituais, mas que principalmente profetizeis” (1 Coríntios, 14:1 e 14:39). O médium prático só recebe um Espírito quando ele quiser. “Os Espíritos (entidades) dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas” ou médiuns (1 Coríntios, 14:32).

Nos capítulos 12, 13 e 14 de 1 Coríntios, temos verdadeiras aulas de sessões espíritas, quando ocorrem profecias e revelações, tal qual acontece, hoje, nas casas espíritas de todo o mundo, práticas essas que nos consolam, pois nos deixam mais fortes na fé, principalmente com relação à nossa imortalidade. “Para todos aprenderem a serem consolados” (1 Coríntios, 14:31). Porém essas reuniões mediúnicas paulinas não acontecem mais nas igrejas ou templos cristãos, ou acontecem, mas os Espíritos manifestantes são tidos erradamente como sendo o próprio Espírito de Deus (que presunção!), que os participantes chamam de Espírito Santo.

Esses fenômenos mediúnicos, além de terem base bíblica, contam também, hoje, com o respaldo da ciência espiritualista, e, como foi dito, de fato eles nos consolam!




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita