JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
MG
(Brasil)
A tese de que o
Espiritismo é o
Consolador tem
base bíblica
Quem estuda a
Bíblia e o
Espiritismo,
percebe logo que
ele é bíblico.
Aliás, ele
existe desde que
o mundo existe.
A Igreja
declarou, no
final do século
19, que o
Espiritismo deveria
ser atacado com
todas as armas.
E os
protestantes e
evangélicos
acataram também
essas
instruções. Mas
faz bastante
tempo que a
Igreja parou de
atacar o
Espiritismo.
Contudo, ficou a
sua difamação.
A Bíblia proíbe
o contato com os
Espíritos dos
mortos
(Deuteronômio,
capítulo 18). Mas
essa própria
proibição de
Moisés, e não de
Deus, prova que
esse contato
existe. E
ela só valeu
para o povo
hebreu daquele
tempo, como foi
o caso do
apedrejamento
das prostitutas,
pois não consta
do Decálogo.
Para a Bíblia,
as profecias são
feitas por
Espíritos
através dos
profetas (1
João, 4:1; e
Números, 11:25 a
30). E ela nos
mostra também
que os profetas
não são apenas
aqueles famosos,
como Isaias,
Jeremias, Joel
etc., mas que
todas as pessoas
podem ser
profetas, que
Kardec passou a
chamar de
médiuns, havendo
uns que têm esse
dom mais
aguçado. Jesus,
quando ia
participar de um
fenômeno
mediúnico mais
especial, como o
da
Transfiguração,
sempre Ele
convocava os
três maiores
médiuns dos seus
apóstolos:
Tiago, Pedro e
João. Já Paulo
denominava esses
dons proféticos
ou mediúnicos de
dons
espirituais. “Se
alguém se
considera
profeta ou
espiritual...”
(1 Coríntios,
14:37). Mais
tarde, foi
criada a
doutrina do
Espírito Santo,
principalmente a
partir do
Concílio
Ecumênico de
Constantinopla
(381), passando
a ser atribuída
a ele a origem
dos fenômenos
proféticos ou
mediúnicos. O
apóstolo Paulo,
que não conheceu
o Espírito Santo
da Santíssima
Trindade,
atribui esses
fenômenos ao
próprio Espírito
do médium ou
profeta. Quando
o indivíduo ora
em línguas, é o
próprio Espírito
dele que ora (1
Coríntios,
14:14), fenômeno
que o
Espiritismo
denomina de
animismo, embora
exista a
xenoglossia
(quando o médium
fala línguas
estrangeiras
desconhecidas
por ele), o que
não deve ser
confundido com
glossolalia ou
bla...bla...bla.
E Paulo
aconselha a
prática, de
preferência, de
profecias.
“Procurai com
zelo os dons
espirituais, mas
que
principalmente
profetizeis” (1
Coríntios, 14:1
e 14:39). O
médium prático
só recebe um
Espírito quando
ele quiser. “Os
Espíritos
(entidades) dos
profetas estão
sujeitos aos
próprios
profetas” ou
médiuns (1
Coríntios,
14:32).
Nos capítulos
12, 13 e 14 de 1
Coríntios, temos
verdadeiras
aulas de sessões
espíritas,
quando ocorrem
profecias e
revelações, tal
qual acontece,
hoje, nas casas
espíritas de
todo o mundo,
práticas essas
que nos
consolam, pois
nos deixam mais
fortes na fé,
principalmente
com relação à
nossa
imortalidade.
“Para todos
aprenderem a
serem
consolados” (1
Coríntios,
14:31). Porém
essas reuniões
mediúnicas
paulinas não
acontecem mais
nas igrejas ou
templos
cristãos, ou
acontecem, mas
os Espíritos
manifestantes
são tidos
erradamente como
sendo o próprio
Espírito de Deus
(que
presunção!), que
os participantes
chamam de
Espírito Santo.
Esses fenômenos
mediúnicos, além
de terem base
bíblica, contam
também, hoje,
com o respaldo
da ciência
espiritualista,
e, como foi
dito, de fato
eles nos
consolam!