– O doutrinador deve
fazer passes ao médium
durante a manifestação
de uma entidade
desequilibrada? Por quê?
Raul Teixeira:
Naturalmente que o
doutrinador deve fazer
passes no médium durante
as manifestações de
entidades sofredoras, de
obsessoras, sempre que
isso se mostre
necessário. Quando a
comunicação com a
entidade torna-se
difícil, quando o médium
apresenta algum
sofrimento durante
alguma comunicação ou
antes de propriamente
dá-la, ou depois da
entidade se desprender
naturalmente, caberá ao
bom senso do doutrinador
ou do aplicador de
passes observar e poder
utilizar os recursos da
fluidoterapia para
ajudar tanto ao
desencarnado como ao
encarnado. Os passes
dispersivos que são
aplicados sobre os
médiuns ao cabo das
manifestações mais
difíceis são eficazes. O
mundo espiritual,
naturalmente, poderia
realizar esse trabalho.
No entanto, quem
necessita de crescimento
somos nós e eles dão-nos
essa possibilidade de
trabalharmos, para
angariarmos os méritos,
as virtudes necessárias.
A partir daí nós
sentiremos a importância
do nosso esforço de
aplicadores de passes.
Todo esse trabalho que
realizamos não significa
que o mundo espiritual,
os nossos benfeitores,
não o possam realizar,
mas dão-nos ensejo de
retirar a melhor
aprendizagem, o melhor
proveito de tudo isto.
Entrevista concedida em
30 de outubro de 1993 em
Quartera, Portugal,
publicada na revista
Fraternidade, em
fevereiro de 1994.
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