Reflexões sobre
o fracasso
e o
sucesso
Dia desses
assistia ao
programa de
entrevistas de Oprah Winfrey, a
famosa negra
norte-americana
que se
notabilizou por
ser uma das
pessoas mais
influentes do
mundo.
Sentada em sua
frente estava a
autora de Harry
Potter, J.K Howling.
Fiquei
impressionado
com a imaginação
e a forma de ver
o mundo da
primeira
escritora
bilionária da
história.
Em dado momento
ela comentou com Oprah que o
fracasso é uma
das experiências
mais
enriquecedoras
da existência
humana.
O fracasso
enriquece? Será
possível? –
dirão alguns.
Afirma a
escritora,
entretanto, que
o fracasso deve
ser refletido,
analisado,
estudado
meticulosamente
para se
transformar em
uma poderosa
ferramenta de
modificação de
nossas
disposições
íntimas.
É preciso ter
humildade e
admitir o
fracasso,
aprender com ele
e corrigir os
equívocos.
Quantos,
entretanto,
escamoteiam seu
fracasso e assim
queimam uma
importante etapa
do sucesso.
Entenda-se aqui
fracasso como as
tentativas que
não renderam o
esperado e
requerem melhor
elaboração. Esconder
o fracasso por
orgulho,
portanto, só
atrasa o
processo de
aprimoramento do
Ser.
Provavelmente os dizeres
da escritora
chocaram uma boa
parte da plateia
porque vêm de
encontro ao
senso comum de
que é preciso
ter sucesso no
mundo
contemporâneo.
Sucesso acima de
tudo e de todos,
mesmo que para
isso se
enriqueça à
custa do povo ou
se apoie em
alianças
espúrias e
imorais. Uma
visão limitada
do sucesso, é
verdade, que
poderíamos,
aliás, situar
como um
autêntico
insucesso a
render, em
futuro próximo
ou distante,
noites e noites
de insônia e
perseguição do
mais cruel
árbitro: a
consciência.
Mas a autora
explicou que é
pelo fracasso
que se chega ao
ponto culminante
almejado por
todos: o
sucesso.
E acrescentou
que uma voz lhe
dizia no íntimo:
Será difícil
publicar alguns
de seus livros,
mas, se atingir
a meta da
publicação,
todos serão um
sucesso.
E não foi fácil
mesmo, segundo a
autora. Ela teve
de ralar muito
para ver suas
obras
publicadas,
lidas por
milhões de
pessoas e
transformadas em
filmes de grande
aceitação.
Aliás, usou o
pseudônimo JK
Howling, porque
a editora não
queria que
soubessem ser
uma mulher a
autora das
obras. Santa
ignorância!
Mas pense bem,
caro leitor, por
mais paradoxal
que possa ser, o
fracasso de uma
empreitada é, a
depender do
ponto de vista,
o primeiro
degrau do
sucesso. Poucos
são aqueles que
acertam de
primeira, na
mosca.
O mais
importante disso
tudo é a
mensagem de que
devemos
trabalhar, dar
tempo ao tempo,
plantar para
depois colher.
Se fracassos
vierem,
aprendamos com
eles,
transformando-os
em nossos
diletos
professores que
nos corrigem os
desvios de rota
e aprimoram
nossa técnica.
Um dos mais
notáveis
exercícios de
perseverança da
história humana
está na grande
figura de Thomas
Edison. Indagado
se os constantes
fracassos sobre
as tentativas de
inventar a
lâmpada elétrica
o desanimavam,
ele respondeu: “Aqueles
foram passos do
caminho. Em cada
tentativa, eu
encontrava um
modo de não
criar a lâmpada
elétrica. Eu
estava sempre
disposto a
aprender, mesmo
através dos meus
erros”.
Assim foi com
Tomas Edison e
J.K Howling.
Podemos,
portanto, fazer
como eles e
aprender com os
fracassos,
tornando-os
nossos maiores
aliados para um
futuro promissor
e de sucesso
real e
duradouro.