Armando Falconi
Filho:
“Por que pensar
em adeus se a
realidade é um
até breve?”
O autor do livro
Perda de
Pessoas Amadas,
recentemente
lançado, fala
sobre a origem e
o conteúdo da
citada obra
|
Em 2008, o
lançamento de
dois livros
ligados à área
da saúde –
Alimentos
Depurativos
(Seu corpo é o
resultado do que
você come) e
Coma e Seja
Feliz
(Alimentos para
as quatro
estações).
Agora, três anos
depois,
precisamente no
mês de agosto, o
confrade Armando
Falconi Filho
(foto)
iniciou a
trajetória de
lançamento de
seu primeiro
livro de cunho
espírita,
Perda de Pessoas
Amadas,
embasado nos
muitos anos de
atuação na
Doutrina
Espírita e,
principalmente,
em suas
experiências
mensais
realizadas há
sete anos numa
reunião que
foca, sobretudo,
a morte,
conforme
explicações
detalhadas no
decorrer desta
entrevista.
|
Natural da
cidade de
Astolfo Dutra,
estado de Minas
Gerais,
licenciado em
Contabilidade e
Direito, com
formação em
Acupuntura
Chinesa,
Programação
Neurolinguística
(PNL) e diversas
outras técnicas
de Terapias
Holísticas,
Armando Falconi
Filho nasceu em
berço católico,
mas desde muito
cedo percebia a
presença dos
Espíritos e
dialogava com
eles.
|
Na adolescência,
por meio de
amigos conheceu
a Doutrina dos
Espíritos que
lhe trouxe
respostas para
seus conflitos e
consolo para
seus tormentos
mediúnicos. Já
aos dezesseis
anos, iniciou-se
nas tarefas
mediúnicas e nas
atividades da
exposição
doutrinária em
sua cidade e na
circunvizinhança.
Em 1979
instalou-se em
Juiz de Fora-MG
onde, além de
fundar o Centro
de Cultura
Oriente
Ocidente®
(instituto que
atua com
atendimento,
formação e
pesquisa nas
áreas de
terapias
alternativas e
naturais),
continuou sua
lide espírita em
centros
espíritas já
existentes.
Posteriormente,
foi um dos
fundadores da
FEAK – Fundação
Espírita Allan
Kardec onde,
atualmente, faz
parte da
Diretoria
ocupando o cargo
de
vice-presidente.
Quais as
atividades que
desempenha, além
das espíritas?
Sou terapeuta
holístico, autor
de CDs e DVDs,
onde abordo, em
forma de
mensagens e
palestras, temas
diversos como a
religiosidade,
mudança pessoal
para melhor,
motivação,
autoestima,
visualização
terapêutica e
outros assuntos
de renovação
íntima. Como
radialista,
apresento o
programa
"Sementes do
Amanhã", na
Rádio Solar AM
1010 Juiz de
Fora-MG, de
segunda a
sexta-feira, às
8h30min,
14h30min e
20h30min, em que
discuto sobre
saúde física e
espiritual.
Mantenho
mensalmente um
espaço no jornal
Panorama Sul e
sou articulista
no site
www.acessa.com.
Como começou a
usar da oratória
no movimento
espírita?
Quando completei
dezesseis anos
passei a falar
nas reuniões de
mocidade e, em
seguida, tive
ensejo de
aceitar os
inúmeros
convites para
proferir
palestras
espíritas, pelo
que posso
afirmar que foi
nesse período
que iniciei
minhas
atividades no
campo da
oratória.
Fale-nos um
pouco de sua
atuação na
mediunidade.
Desde muito cedo
eu percebia em
torno de mim
“pessoas” que
não eram
registradas nem
pelos
familiares, nem
pelos colegas da
escola.
Encaminhado para
as reuniões e
atividades
mediúnicas, fui
aprendendo,
progressivamente,
a usar esses
recursos,
ampliando cada
vez mais a
sensibilidade e
percepção com o
mundo
espiritual.
Atualmente atuo
na FEAK,
semanalmente,
nas tarefas de
coordenação de
grupos de
educação
mediúnica e nas
atividades de
desobsessão.
Sabemos que além
das lides
mediúnicas você
também fundou na
FEAK um serviço
de atendimento
telefônico
chamado
SOS-PRECES. O
que vem a ser
esse
atendimento, há
quanto tempo
existe e qual a
metodologia
utilizada?
Em agosto de
1994, junto com
um grupo de
amigos, fundei
na FEAK uma
tarefa de
atendimento
telefônico que
hoje funciona
com quatro
linhas e uma
equipe de
trezentos e oito
plantonistas,
sendo que todos
fazem um curso
de capacitação
antes de
ingressarem na
tarefa
propriamente
dita. Nos
trabalhos de
atendimento
ouvimos as
pessoas que
ligam de todos
os estados
brasileiros e
também do
exterior,
oferecendo
sempre os
recursos da
oração, de
palavras de
estímulo e do
socorro
fraterno. O
serviço funciona
diariamente, de
8h às 24h, pelo
telefone (32)
3236-1122, e
estamos chegando
a um milhão de
telefonemas
atendidos.
Como surgiu a
ideia do livro
PERDA DE PESSOAS
AMADAS?
Nos meses de
maio e junho do
ano de 2003, eu
e meus
familiares
passamos pelo
processo de
morte de uma
tia, do meu pai
e da minha mãe,
isso tudo num
período de
apenas vinte e
quatro dias. A
situação de
vivenciar a
morte de entes
tão queridos e
de forma
sucessiva me
abalou, mesmo
com as
informações da
Doutrina
Espírita nesse
âmbito. Dessa
experiência
nasceu um desejo
ardente de
ajudar pessoas
que estivessem
passando por um
processo similar
e, no segundo
semestre de
2004, Matheus
Fernandes Fraga,
o mentor da
nossa FEAK,
recomendou-me
iniciar uma nova
tarefa a partir
da primeira
terça-feira de
outubro,
dedicada a
prestar
esclarecimentos
sobre
morte/desencarnação.
Iniciei a tarefa
de forma mensal
e em agosto de
2005, veio a
desencarnação da
minha esposa
Kátia, como mais
um desafio nessa
área. O
aprendizado de
todos que
participam da
reunião tem sido
expressivo e
posso afirmar
que de minha
parte foi ainda
maior.
Relate-nos sobre
a mensagem do
livro, bem como
sobre sua
metodologia.
Conforme
esclarecido
anteriormente, o
livro é uma
explicação para
pessoas que
passaram pela
realidade da
morte biológica
de familiares
e/ou amigos. A
obra possui dez
capítulos onde
abordo temas
como: explicando
a palavra
“perda”, o que é
morte, morrer ou
desencarnar,
quem pode ouvir
e ver os
Espíritos,
neuroplasticidade:
nosso cérebro,
visitas e
contatos
espirituais e,
ainda, três
capítulos com as
perguntas e
respostas mais
frequentes
feitas em nossas
reuniões de
entes queridos.
Por que pensar
em adeus se a
realidade é um
“até breve”?
Explique-nos
esta frase de
chamada contida
no seu livro.
Apresento de
forma racional
que a morte é
apenas
biológica,
ocorrendo
somente no
corpo, que veio
do pó e a ele
retornará por
efeito da
decomposição
natural. Já o
Espírito é
eterno e
ressalto que
será na
realidade do
mundo espiritual
onde todos nos
reencontraremos
com os afetos e
os desafetos que
para lá
retornaram ou
retornarão; daí
não existir
adeus, mas sim
um “até breve”.
Em várias
passagens do
livro o leitor
irá deparar-se
com a palavra
“perda”.
Esclareça-nos o
sentido dessa
palavra sob a
ótica espírita.
A palavra perda
vem do latim
vulgar “perdita”,
substantivo
feminino que
significa ato ou
efeito de perder
ou ser privado
de algo que
possuía. Foquei
essa palavra
para dar sentido
e, ao mesmo
tempo, chamar a
atenção das
pessoas, pois
coloquialmente
assimilamos a
palavra perda
para muitas
coisas, tanto
para objetos
como também para
o sentido de
morte.
Constantemente
ouço as pessoas
falarem assim:
“perdi meu
irmão, perdi
minha mãe etc.”
E na ótica
espírita essa
frase não está
correta, isso
porque perdemos
objetos, coisas,
entretanto, em
relação às
nossas pessoas
amadas, apenas
deixamos de
conviver,
momentaneamente,
de corpo
presente com
elas, porém elas
continuam vivas
em Espírito e
mantêm sempre o
mesmo sentimento
de afeição que
nutriam por nós
enquanto
encarnadas. A
obra conduzirá o
leitor a
utilizar a frase
correta para
designar a morte
de pessoas
amadas e, agindo
assim, a
sensação de
distância e
saudade fica
mais amena e a
dor diminui.
Seu livro é uma
obra que deve
ser lida somente
por espíritas?
Os espíritas
poderão ampliar
e confirmar seus
conhecimentos em
torno de um tema
que já faz parte
de seu cotidiano
religioso,
entretanto, os
adeptos de
outras religiões
receberão
esclarecimentos
detalhados do
que acontece com
o seu ente
querido após a
morte biológica
e, sendo assim,
todos terão uma
oportunidade de
enfrentar com
mais
tranquilidade e
harmonia a
desencarnação
dos seus afetos
e,
gradativamente,
se prepararem
para o momento
do regresso à
verdadeira
morada, ou seja,
ao mundo
espiritual.
Quando se
iniciou o
lançamento do
livro e quais
estão sendo os
recursos de sua
divulgação?
Iniciei a
jornada de
lançamentos na
cidade de
Formiga-MG, mais
precisamente no
dia 20 de agosto
último, e a
partir daí estou
com mais vinte e
quatro cidades
agendadas até a
presente data.
Fiz um hotsite
do livro
www.perdadepesssoasamadas.com
em que constam
inúmeras
informações e
acontecimentos
que envolvem o
livro, assim
como locais e
datas de todos
os eventos.
Nesse hotsite
disponibilizei
um trecho do
livro para ser
lido, há agenda,
vídeos, opinião
dos leitores,
espaço imprensa,
espaço
aconteceu, área
de compra para
quem deseja
adquirir a obra
pela internet. É
o canal de
comunicação do
leitor com o
autor, e para
quem mais tiver
interesse de
adquirir a obra,
acompanhar os
comentários das
pessoas que a
leram e tirar
dúvidas ou
informações.
Também estarei
lançando este
livro na Bienal
do Livro no Rio
de Janeiro nos
dias 7 a 10 de
setembro, sendo
que o horário e
o endereço
poderão ser
conferidos no
hotsite citado
anteriormente.
Concomitantemente,
companheiros de
diversas outras
localidades
têm-me contatado
para agendar o
lançamento do
livro em suas
cidades e,
assim, a
divulgação vem
sendo
desenvolvida
pelas redes
sociais na
internet,
jornais, rádio e
televisão.