MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Ação e Reação
André Luiz
(Parte
27)
Damos continuidade nesta edição
ao
estudo da obra
Ação e Reação,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1957 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. O homem que abandona
a mulher, após um caso
em que seu objetivo
inicial era a simples
busca de prazer, é
responsável pelos
desatinos que a mulher
venha a cometer?
Sim. Somos sempre
responsáveis por nossos
atos e, no caso
mencionado, o homem é,
inegavelmente, o autor
da desdita em que a
infeliz se encontra.
Desencarnando com o
remorso da traição
praticada, quanto mais
luz se lhe faça no
entendimento, mais agudo
lhe será o pesar de
haver cometido a falta.
E trabalhará,
naturalmente, para
levantá-la do abismo a
que ela se arrojou,
reconduzindo-a à
reencarnação, em cujos
liames se demorará,
aceitando-a por esposa
ou filha, de modo a
entregar-lhe o puro amor
prometido, sofrendo para
regenerar-lhe a mente em
desequilíbrio e
resgatando a sua
consciência
entenebrecida pela
culpa.
(Ação e Reação, cap. 15,
pp. 206 a 208.)
B. Que consequências
podem advir dos abusos
das faculdades sexuais?
Segundo Silas, os abusos
das faculdades sexuais
respondem não apenas por
largos tormentos nas
regiões infernais, mas
por muitas moléstias e
monstruosidades que
ensombram a vida na
Terra, porquanto os
delinquentes do sexo
voltam à carne, sob o
impacto das vibrações
desequilibrantes que
puseram em ação contra
si próprios.
(Obra citada, cap. 15,
pp. 208 e 209.)
C. Os casos de inversão
sexual podem ser algumas
dessas consequências?
Sim. Considerando-se que
o sexo, na essência, é a
soma das qualidades
passivas ou positivas do
campo mental do ser, é
natural que o Espírito
acentuadamente feminino
se demore séculos e
séculos nas linhas
evolutivas da mulher, e
que o Espírito
marcadamente masculino
se detenha por longo
tempo nas experiências
do homem. Contudo, em
muitas ocasiões, quando
o homem tiraniza a
mulher, furtando-lhe os
direitos e cometendo
abusos, em nome de sua
pretensa superioridade,
desorganiza-se ele
próprio a tal ponto que,
inconsciente e
desequilibrado, é
conduzido pelos agentes
da Lei Divina a
renascimento doloroso,
em corpo feminino, para
que, no extremo
desconforto íntimo,
aprenda a venerar na
mulher sua irmã e
companheira, filha e
mãe. O mesmo pode
ocorrer com a mulher que
age de igual maneira.
Nessa definição não se
incluem, porém, os
grandes corações e os
belos caracteres que, em
muitas circunstâncias,
reencarnam em corpos
que lhes não
correspondem aos mais
recônditos sentimentos,
a pedido deles próprios,
no intuito de operarem
com mais segurança e
valor, não só o
acrisolamento moral de
si mesmos, como também a
execução de tarefas
especializadas, através
de estágios perigosos de
solidão, em favor do
campo social terrestre.
(Obra citada, cap. 15,
pp. 208 e 209.)
Texto para leitura
99. O sexo deve
merecer de todos nós o
maior respeito - As
faculdades do amor
geram formas sublimes
para a encarnação das
almas na Terra, mas
criam também os tesouros
da arte, as riquezas da
indústria, as maravilhas
da Ciência, as
fulgurações do
progresso. Dito isto,
Silas comentou: "Tais
considerações que
expendemos, acerca de um
tema assim tão vasto,
externando-nos do
ângulo mais elevado que
a nossa mente é
suscetível de abarcar,
não nos dispensam do
dever de exaltar a
necessidade de
sublimação da
experiência emotiva
entre as criaturas.
Sabemos que o sexo,
analisado na essência, é
a soma das qualidades
femininas ou masculinas
que caracterizam a
mente, razão por que é
imprescindível
observá-lo, do ponto de
vista espiritual,
enquadrando-o na esfera
das concessões divinas
que nos cabe movimentar
com respeito e
rendimento na produção
do bem. Entendo que
vocês desejariam efetuar
mais longa digressão
educativa nesse
domínio, entretanto,
cremos desnecessário
minudenciar
particularidades ao
redor do assunto, porque
conhecem de sobejo que,
quanto mais amplo o
discernimento do
Espírito, mais
imperiosas se lhe fazem
as obrigações, perante a
vida". "O sexo no corpo
humano é assim como um
altar de amor puro que
não podemos relegar à
imundície, sob pena de
praticar as mais
espantosas crueldades
mentais, cujos efeitos
nos seguem, invariáveis,
depois do túmulo..."
Hilário aludiu à série
de conflitos e crimes
que ocorrem no mundo em
razão da sede dos
prazeres sexuais. Tais
falhas acompanham o
Espírito além-túmulo?
Silas respondeu
afirmativamente,
aduzindo: "Cada
consciência é uma
criação de Deus e cada
existência é um elo
sagrado na corrente da
vida em que Deus palpita
e se manifesta.
Responderemos por todos
os golpes destrutivos
que vibramos nos
corações alheios e não
nos permitiremos repouso
enquanto não
consertarmos, valorosos,
o serviço de reajuste".
(Cap. 15, pp. 205 e 206)
100. Somos
responsáveis por nossos
atos - Hilário
formulou a seguinte
pergunta: o homem é
responsável pelos
desatinos que uma mulher
cometa, por haver sido
abandonada por ele, após
um caso em que o
objetivo inicial era a
simples caça de prazer?
Silas respondeu
afirmando que todos
responderemos pelos atos
que efetuamos e, no caso
descrito, o homem é,
inegavelmente, o autor
da desdita em que a
infeliz se encontra.
Desencarnando com o
remorso da traição
praticada, quanto mais
luz se lhe faça no
entendimento, mais agudo
lhe será o pesar de
haver cometido a falta.
E trabalhará,
naturalmente, para
levantá-la do abismo a
que ela se arrojou por
segui-lo, reconduzindo-a
à reencarnação, em
cujos liames se
demorará, aceitando-a
por esposa ou filha, de
modo a entregar-lhe o
puro amor prometido,
sofrendo para
regenerar-lhe a mente em
desequilíbrio e
resgatando a sua
consciência
entenebrecida pela
culpa. Hilário aludiu ao
caso inverso: homens
arruinados por mulheres
desleais, e Silas
explicou que o processo
de reparação é
absolutamente o mesmo.
Tudo isso – referiu
Hilário – indicava que,
nas falhas do campo
genésico, devemos
considerar sobretudo a
crueldade mental que se
pratica em nome do
amor... "Isso mesmo –
aprovou Silas. – Na
perseguição ao prazer
dos sentidos, costumamos
armar as piores ciladas
aos corações incautos
que nos ouvem...
Contudo, fugindo à
palavra empenhada ou
faltando aos
compromissos e votos que
assumimos, não nos
precatamos quanto à lei
de correspondência, que
nos devolve, inteiro, o
mal que praticamos e em
cuja intimidade as
bênçãos do conhecimento
superior nos agravam as
agonias, uma vez que, no
esplendor da luz
espiritual, não nos
perdoamos pelas nódoas e
chagas que trazemos na
alma." (Cap. 15, pp. 206
a 208)
101. Problemas de
inversão sexual -
Silas lembrou, na
sequência, que os abusos
das faculdades sexuais
respondem não apenas por
largos tormentos nas
regiões infernais, mas
também por muitas
moléstias e
monstruosidades que
ensombram a vida na
Terra, porquanto os
delinquentes do sexo
voltam à carne, sob o
impacto das vibrações
desequilibrantes que
puseram em ação contra
si próprios. Hilário
aproveitou o ensejo
para indagar sobre os
problemas da inversão
sexual. O Assistente
aclarou:
"Considerando-se que o
sexo, na essência, é a
soma das qualidades
passivas ou positivas do
campo mental do ser, é
natural que o Espírito
acentuadamente feminino
se demore séculos e
séculos nas linhas
evolutivas da mulher, e
que o Espírito
marcadamente masculino
se detenha por longo
tempo nas experiências
do homem. Contudo, em
muitas ocasiões, quando
o homem tiraniza a
mulher, furtando-lhe os
direitos e cometendo
abusos, em nome de sua
pretensa superioridade,
desorganiza-se ele
próprio a tal ponto que,
inconsciente e
desequilibrado, é
conduzido pelos agentes
da Lei Divina a
renascimento doloroso,
em corpo feminino, para
que, no extremo
desconforto íntimo,
aprenda a venerar na
mulher sua irmã e
companheira, filha e
mãe, diante de Deus,
ocorrendo idêntica
situação à mulher
criminosa que, depois de
arrastar o homem à
devassidão e à
delinquência, cria para
si mesma terrível
alienação mental para
além do sepulcro,
requisitando, quase
sempre, a internação em
corpo masculino, a fim
de que, nas teias do
infortúnio de sua
emotividade, saiba
edificar no seu ser o
respeito que deve ao
homem, perante o
Senhor. Nessa definição,
porém, não incluímos os
grandes corações e os
belos caracteres que, em
muitas circunstâncias,
reencarnam em corpos
que lhes não
correspondem aos mais
recônditos sentimentos,
posição solicitada por
eles próprios, no
intuito de operarem com
mais segurança e valor,
não só o acrisolamento
moral de si mesmos, como
também a execução de
tarefas especializadas,
através de estágios
perigosos de solidão, em
favor do campo social
terrestre..." (Cap. 15,
pp. 208 e 209) (Continua no próximo
número.)