ÉDO MARIANI
edo@edomariani.com.br
Matão, SP
(Brasil)
Como nos
encontramos no
caminho
evolutivo?
Passamos pelo
tempo e a
experiência da
presente
encarnação vai
caminhando para
o seu final.
Se pararmos para
analisar, ao se
alcançar o ano
de 2012,
haveremos de
constatar que,
com raras
exceções, são
poucos os que
realizam a
contento sua
programação
reencarnatória
no campo da
evolução
espiritual.
Ainda é
encontrada
imensa
dificuldade,
mesmo pelos
espíritas
conscientes,
para o
processamento
das
transformações
íntimas. O homem
ainda se
encontra
imantado aos
resíduos do
passado
representados
pelo orgulho e o
egoísmo que
ainda teimam em
fazer parte do
nosso psiquismo.
Qual será a
razão disso? Por
que essas
dificuldades,
quando o
Espiritismo,
doutrina
renovadora,
oferece a todos
o conhecimento
necessário,
apresentando-o
com clareza,
lógica e
racionalidade?
Aprende-se que
somos Espíritos
imortais, isto
é, que a vida do
Espírito não
cessa com a
morte física;
que continuamos
a viver no mundo
espiritual; que
conservamos
nossa
individualidade
e que levamos
para lá o que
aqui realizarmos
de certo ou
errado e, mesmo
assim, nos
deixamos embair
pelas ilusões
dos prazeres
efêmeros que a
vida nos
oferece.
Refletindo sobre
isso, deduzimos
que a razão para
continuarmos
indiferentes,
distraídos, não
será porque nos
faltam a certeza
e a convicção
plena da
imortalidade da
alma? Onde está
a fé raciocinada
e inabalável
preconizada por
Kardec? Será que
já paramos para
meditar com
seriedade sobre
o assunto?
Aprendemos com o
Espiritismo que
somos Espíritos
imortais, mas
será que no
nosso íntimo
temos a certeza
dessa realidade?
Parece-nos que
ainda não, pois
se a
imortalidade
fizesse parte
integrante de
nós, como
verdade
absoluta, com
certeza
procederíamos de
forma mais
responsável com
vistas voltadas
ao futuro, e o
apego às coisas
materiais
ficaria em
segundo plano.
Jesus já nos
alertou que
primeiro
busquemos o
reino de Deus e
sua justiça e o
demais nos será
dado por
acréscimo.
Estudam-se as
obras básicas e
os clássicos da
doutrina, bem
como a riqueza
das
complementares,
e entusiasma-se
com o seu
conteúdo,
acha-se tudo
racional e de
beleza
inconfundível na
sua filosofia
interpretativa
dos fatos
probantes dos
seus conceitos
científicos.
Apercebe-se a
justiça das leis
naturais
enunciadas pelos
Espíritos
sábios.
Admite-se que só
pode ser assim e
que não há
explicações mais
convincentes.
Com tudo isso,
por que será que
embora
conhecendo e
admitindo essas
verdades e a sua
imutabilidade,
ainda não se
consegue
desvencilhar dos
costumes,
tradições e
hábitos do
passado que, em
vez de nos
ajudar no
desprendimento
material, mais
nos ligam a
eles?
Fica-se
intrigado com
tal enigma e
busca-se uma
razão por que
isso acontece,
especialmente a
nós espíritas.
Buscando
orientação na
obra da
codificação, em
O Livro dos
Médiuns, cap.
III, item 28,
inciso 20, onde
trata das várias
categorias de
crentes,
encontramos: “os
que não se
interessam pelos
fatos e
compreendem o
aspecto
filosófico do
Espiritismo,
admitindo a
moral que dele
decorre, mas não
o praticam”. No
cap. XXIX, item
350, há mais o
seguinte: “(...)
Que importa crer
na existência
dos Espíritos,
se essa crença
não tornar
melhor, mais
bondoso e mais
indulgente para
com os seus
semelhantes,
mais humildes e
mais pacientes
na adversidade
aquele que a
adotou? De que
serve ao
avarento ser
espírita se
continuar sempre
avarento; ao
orgulhoso, se
continuar sempre
cheio de si; ao
invejoso, se
permanecer
sempre ciumento?
Todos os homens
poderiam crer
nas
manifestações,
como vemos, e a
humanidade
continuar
estacionária”.
Mais adiante,
ele continua: “A
bandeira que
desfraldamos bem
alto é a do
Espiritismo
cristão e
humanitário, em
torno do qual
somos felizes em
ver, desde já,
tantos homens se
juntarem em
todos os pontos
da Terra, porque
compreendem que
está nela a
âncora de
salvação, a
salvaguarda da
ordem pública, o
signo da nova
era para a
humanidade”.
Deduzimos assim,
que o maior
empecilho para a
transformação
moral da
humanidade e
especialmente
dos espíritas
está na falta de
vontade, na
coragem de se
desvencilhar do
ranço
materialista que
trazemos do
passado milenar.
Falta-nos a fé
raciocinada e
inabalável,
preconizada por
Kardec, como
afirmamos
anteriormente.
Hahnemann,
colaborador da
codificação, em
mensagem ditada
em Paris no ano
de 1863,
encontrada em “O
Evangelho
segundo o
Espiritismo”, no
cap. IX, item
10, ensina:
“Segundo a ideia
falsíssima de
que não é
possível
reformar a sua
própria
natureza, o
homem se julga
dispensado de
empregar
esforços para se
corrigir dos
defeitos em que
de boa vontade
se compraz, ou
que exigiriam
muita
perseverança
para serem
extirpados”.
O assunto é
muito importante
e precisa ser
analisado com os
devidos cuidados
por todos nós
espíritas que
somos mais
responsáveis por
conhecer por que
reencarnamos.
Sobre o tema,
aconselhamos a
leitura do
Epílogo do livro
“Reforma Intima
sem Martírio”,
ditado pelo
Espírito Ermance
Dufaux, através
da mediunidade
de Wanderley de
Oliveira, que
muito ajudará na
realização da
difícil
empreitada da
transformação
intima.