O
Filme dos Espíritos
chega finalmente ao
cinema
Primeiro filme dos
diretores André Marouço
e Michel Dubret, estreia
no dia 7 de outubro O
Filme dos Espíritos,
com o ator Reinaldo
Rodrigues no papel
principal
Após perder a esposa e a
caminho do suicídio, um
homem se depara com “O
Livro dos Espíritos” e
começa uma jornada de
transformação interior
rumo aos mistérios da
vida espiritual e suas
influências no mundo
material.
Baseado numa história
real narrada em um dos
livros psicografados por
Francisco Cândido
Xavier, o filme tem como
responsável pela
produção a Fundação
Espírita André Luiz e
reúne em seu elenco
artistas bem conhecidos
do público brasileiro, a
exemplo do protagonista
Reinaldo Rodrigues, do
grupo Tapa de Teatro e
do Clube da Voz, e dos
atores Nelson Xavier,
Etty Fraser, Ênio
Gonçalves, Ana Rosa e
Sandra Corveloni,
registrando-se ainda a
participação especial da
apresentadora de TV
Luciana Gimenez, que
entrou no elenco no
lugar de Regina Duarte,
que teve de deixar o
filme devido a outros
compromissos. Para
interpretar a mulher de
um pescador, Gimenez
passou por um processo
de maquiagem que levava
em média quatro horas,
de forma a envelhecê-la
cerca de 30 anos.
A direção do filme foi
confiada a André Marouço
e Michel Dubret. Marouço
é jornalista, radialista
e produtor que se
encontra à frente da
Mundo Maior Filmes (produtora
vinculada à Fundação
Espírita André Luiz).
Dubret é formado em
cinema pela Faap (Fundação
Armando Álvares Penteado)
e trabalhou por
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quatro anos no
Studio Fátima
Toledo, no
casting e
preparação de
atores.
A peça
cinematográfica
é, em verdade,
uma homenagem a
Allan Kardec, o
Codificador do
Espiritismo,
cujo aniversário
de nascimento se
comemora no dia
3 de outubro, e
ao principal
livro da
doutrina
espírita – “O
Livro dos
Espíritos”.
Por meio do
filme, seus
idealizadores
pretendem, de um
lado, incentivar
o avivamento das
ideias cristãs
nos corações
sôfregos e, de
outro, obter
recursos com o
objetivo de
patrocinar novas
ações no terreno
da divulgação
espírita. |
O filme baseia-se em uma
história real
narrada
por Hilário Silva
A produção de
longa-metragem surgiu a
partir do Projeto Mundo
Maior de Cinema que
recebeu, em 2009, cerca
de 100 roteiros de
jovens diretores e
roteiristas de
diferentes regiões do
país. Desse grupo, oito
foram selecionados e
contaram com suporte
técnico e profissional
da produtora. O
resultado foi a
realização de oito
curtas-metragens com
tema espiritualista e
transcendental. Eles
foram exibidos em
novembro de 2009 e
premiados em diversas
categorias. A etapa
final dessa iniciativa
foi a filmagem de O
Filme dos Espíritos.
Rodado grande parte na
capital de São Paulo, o
longa-metragem teve
também cenas filmadas em
Cajazeiras/PB e nas
cidades paulistas de
Atibaia, Araçoiaba da
Serra e Ubatuba.
Em linhas gerais, o
filme conta a história
de um homem, Bruno
Alves, que, por volta
dos 40 anos, perde a
mulher e se vê
completamente abalado. A
perda do emprego se soma
à sua profunda tristeza
e o suicídio lhe parece
a única saída. Nesse
momento, ele entra em
contato com “O Livro dos
Espíritos”, obra escrita
por Allan Kardec. A
partir daí, o
protagonista da história
começa uma jornada de
transformação interior
rumo aos mistérios da
vida espiritual.
A história que inspirou
o filme pode ser vista
no cap. 52 do livro “O
Espírito da Verdade”,
obra ditada por
Espíritos Diversos por
intermédio dos médiuns
Francisco Cândido Xavier
e Waldo Vieira.
Intitulado “Há um
século”, o texto é de
autoria do Espírito de
Hilário Silva.
Eis o relato escrito por
Hilário Silva:
“Allan Kardec, o
Codificador da Doutrina
Espírita, naquela triste
manhã de abril de 1860,
estava exausto,
acabrunhado. Fazia frio.
Muito embora a
consolidação da
Sociedade Espírita de
Paris e a promissora
venda de livros,
escasseava o dinheiro
para a obra gigantesca
que os Espíritos
Superiores lhe haviam
colocado nas mãos. A
pressão aumentava...
Missivas sarcásticas
avolumavam-se à mesa.
“Nossa vida corria
normalmente e tudo era
alegria e esperança...”
Quando mais desalentado
se mostrava, chega a
paciente esposa, Madame
Rivail – a doce Gaby –,
a entregar-lhe certa
encomenda,
cuidadosamente
apresentada. O professor
abriu o embrulho,
encontrando uma carta
singela.
E leu:
‘Sr. Allan Kardec:
Respeitoso abraço.
Com a minha gratidão,
remeto-lhe o livro
anexo, bem como a sua
história, rogando-lhe,
antes de tudo,
prosseguir em suas
tarefas de
esclarecimento da
Humanidade, pois tenho
fortes razões para isso.
Sou encadernador desde a
meninice, trabalhando em
grande casa desta
capital.
Há cerca de dois anos
casei-me com aquela que
se revelou minha
companheira ideal. Nossa
vida corria normalmente
e tudo era alegria e
esperança, quando, no
início deste ano, de
modo inesperado, minha
Antoinette partiu desta
vida, levada por
sorrateira moléstia.
Meu desespero foi
indescritível e
julguei-me condenado ao
desamparo extremo. Sem
confiança em Deus,
sentindo as necessidades
do homem do mundo e
vivendo com as dúvidas
aflitivas de nosso
século, resolvera seguir
o caminho de tantos
outros, ante a
fatalidade...
A prova da separação
vencera-me, e eu não
passava, agora, de trapo
humano. Faltava ao
trabalho e meu chefe,
reto e ríspido,
ameaçava-me com a
dispensa. Minhas forças
fugiam. Namorara
diversas vezes o Sena e
acabei planeando o
suicídio. ‘Seria fácil,
não sei nadar’ –
pensava.
Sucediam-se noites de
insônia e dias de
angústia. Em madrugada
fria, quando as
preocupações e o
desânimo me dominaram
mais fortemente, busquei
a Ponte Marie. Olhei em
torno, contemplando a
corrente... E, ao fixar
a mão direita para
atirar-me, toquei um
objeto algo molhado que
se deslocou da amurada,
caindo-me aos pés.
Surpreendido, distingui
um livro que o orvalho
umedecera. Tomei o
volume nas mãos e,
procurando a luz mortiça
de poste vizinho, pude
ler, logo no
frontispício, entre
irritado e curioso:
‘Esta obra salvou-me a
vida. Leia-a com atenção
e tenha bom proveito. –
A. Laurent.’
Após ler a carta
providencial, Allan
Kardec
experimentou nova
luz
Estupefato, li a obra O
LIVRO DOS ESPÍRITOS, ao
qual acrescentei breve
mensagem, volume esse
que passo às suas mãos
abnegadas, autorizando o
distinto amigo a fazer
dele o que lhe
aprouver.’
Ainda constavam da
mensagem agradecimentos
finais, a assinatura, a
data e o endereço do
remetente.
O Codificador
desempacotou, então, um
exemplar de O LIVRO DOS
ESPÍRITOS ricamente
encadernado, em cuja
capa viu as iniciais do
seu pseudônimo e na
página do frontispício,
levemente manchada, leu
com emoção não somente a
observação a que o
missivista se referira,
mas também outra, em
letra firme:
‘Salvou-me também. Deus
abençoe as almas que
cooperaram em sua
publicação. – Joseph
Perrier.’
Após a leitura da carta
providencial, o
Professor Rivail
experimentou nova luz a
banhá-lo por dentro...
Conchegando o livro ao
peito, raciocinava, não
mais em termos de
desânimo ou sofrimento,
mas sim na pauta de
radiosa esperança.
Era preciso continuar,
desculpar as injúrias,
abraçar o sacrifício e
desconhecer as
pedradas... Diante de
seu espírito
turbilhonava o mundo
necessitado de renovação
e consolo.
Allan Kardec levantou-se
da velha poltrona, abriu
a janela à sua frente,
contemplando a via
pública, onde passavam
operários e mulheres do
povo, crianças e
velhinhos... O notável
obreiro da Grande
Revelação respirou a
longos haustos e, antes
de retomar a caneta para
o serviço costumeiro,
levou o lenço aos olhos
e limpou uma lágrima...”
Notas:
Mais informações sobre o
filme podem ser obtidas
na internet nos
endereços seguintes:
site -
www.ofilmedosespiritos.com.br,
twitter -
@OfdosEspiritos,
Facebook -
http://www.facebook.com/OFilmeDosEspiritos
ou pelo blog
http://mundomaiorfilmes.blogspot.com/.
Para ver o trailer
do filme basta clicar em
http://www.ofilmedosespiritos.com.br/
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