FRANCISCO
REBOUÇAS
franciscoreboucas@yahoo.com.br
Niterói, RJ (Brasil)
Ouçamos Jesus
“Disse-lhe
Jesus: Se eu
quero que ele
fique até que eu
venha, que te
importa a ti?
Segue-me tu.” (João,
capítulo 21,
versículo 22.)
¹
É bastante comum
a atitude de
muitos de nós,
em nossas
atividades
diárias na
vivência das
mensagens
cristãs, nos
preocuparmos em
demasia com as
atribuições
confiadas a
outros
companheiros da
Seara espírita,
esquecendo-nos
muitas das vezes
das atribuições
que estão sob
nossa
responsabilidade.
Precisamos
atentar para o
fato de que
seriam
diferentes e
muito melhores
os resultados
finais das
diversas tarefas
executadas por
todos, se cada
qual de nós se
preocupasse em
cuidar, com
carinho e
devotamento, de
executar da
forma mais
perfeita
possível a parte
que nos compete,
com esmero e
responsabilidade.
Deveríamos agir
de forma
diferente da que
normalmente
agimos quando
alguém é
determinado para
executar esse ou
aquele trabalho,
que
primeiramente
pensamos “que só
nós poderíamos e
deveríamos ser
chamados, para
tal
cometimento”,
pois, sem dúvida
alguma, temos
todas as
credenciais
necessárias para
o perfeito
desempenho de
tal tarefa, e
nos esquecemos
de dar nossa
contribuição
mesmo que de
forma indireta,
confortando e
incentivando o
nosso
companheiro,
para que triunfe
na tarefa sob
sua
responsabilidade,
pois seu sucesso
deveria ser
também motivo de
alegria para nós
outros. Afinal,
não somos todos
irmãos e
espíritas?
Se alguém, entre
esses irmãos,
não consegue os
resultados que
dele se
esperava, aí,
então, para
muitos é motivo
de satisfação
íntima, como a
dizer: bem
feito, não me
chamaram, aí
está o
resultado;
outros se tornam
verdadeiros
perseguidores,
cobrando
resultados,
muitas das vezes
não alcançado
pela própria
falta de boa
vontade e
cooperação do
insatisfeito e
invejoso
perseguidor, que
se utiliza de
comentários nada
cristãos, e de
julgamentos
apressados,
visando diminuir
a importância da
tarefa do
companheiro
escolhido.
Poucos são os
que realmente se
comportam de
forma elevada,
na compreensão
de que ninguém é
perfeito, e que
qualquer um de
nós pode cometer
erros, e, por
isso mesmo,
entende não ter
o direito de
julgar seu
semelhante, pois
sabe
perfeitamente
que ainda
estamos muito
longe da melhor
condição
daqueles que
podem analisar
um acontecimento
qualquer de
forma a observar
todos os
ângulos, sem a
influência do
egoísmo e do
orgulho que
campeiam em
nosso íntimo na
atualidade de
nossas condições
de moralidade.
Precisamos
aprender a
enxergar
primeiramente os
nossos defeitos
e procurar
corrigi-los,
para que não
entremos na
tentação de que
os nossos
modestos pontos
de vista
alicerçados no
orgulho
camuflado venham
a tisnar a
visão,
fazendo-nos
escravos dos
preconceitos que
carregamos de
tempos
imemoriais, dos
quais precisamos
nos livrar o
quanto antes.
É preciso que
não nos
esqueçamos de
que foi Jesus
quem nos afirmou
que nenhuma de
suas ovelhas se
perderia, pois,
como pastor do
rebanho que o
Pai lhe confiou,
não deixaria
ninguém sem os
recursos do seu
amor, buscando,
por nossa vez,
realizar da
forma mais
adequada
possível as
atribuições a
nós confiadas
pela Soberana
sabedoria do
Universo,
assumindo e
cumprindo com os
nossos deveres
de modo a
atender da
melhor maneira
possível a
condição de
cocriadores que
somos.
Assim sendo,
preciso se faz
ter a perfeita
medida das
nossas
obrigações,
mudando nossa
atitude de
fiscais do
serviço dos
outros e nos
dedicando, com
alegria e
discernimento,
ao trabalho de
transformação do
homem velho que
habita em nós há
tantos séculos,
para dar
oportunidade ao
nascimento e
crescimento do
homem novo que
jaz esquecido no
imo do nosso
ser; procurando
tomar a
iniciativa de
nos engajarmos
em um dos tantos
trabalhos nobres
a realizar, que
estão à espera
simplesmente que
nos decidamos
por executá-los.
Quanto ao nosso
irmão em
caminhada,
procuremos
ajudá-lo se nos
for possível, e
nunca desejar
que não consiga
êxito em
qualquer de suas
atribuições,
pois, o fracasso
dele é o nosso
próprio
fracasso, visto
que somos todos
membros da mesma
Família
Universal; e, se
acaso ele
estiver desviado
de suas
finalidades, é
digno de nossa
compreensão e
ajuda, conforme
nos alertou o
Mestre de
Nazaré,
quando nos
disse: “não
necessitam de
médico os sãos,
mas sim os
enfermos”. ²
Bibliografia:
1) Evangelho de
JOÃO, capítulo
21, versículo
22;
2) Evangelho de
Mateus, cap. 9,
versículo 12.