FERNANDA
LEITE BIÃO
fernandabiao9@hotmail.com
Belo
Horizonte,
MG
(Brasil)
Pequenos
passos
É
interessante
como
ensaiamos
movimentos
racionalizados,
para
buscar
compreender
o
movimento
do
universo
e as
ações
divinas.
Em um
desses
movimentos,
coloquei-me
a
refletir:
existe
em nós
um
movimento
de
tentativas
de
independência
que
começa a
brotar
por meio
das
vivências reencarnatórias,
ao longo
dos
ciclos
evolutivos.
Ainda
criança,
aprendemos
pequenos
movimentos.
O
pequenino
se
atreve a
largar
às vezes
a mão
dos
pais,
para se
arriscar
na
aventura
de
firmar
suas
perninhas.
Mesmo
cambaleando,
em
impulso
corajoso,
lança-se.
Um
lançamento
extraordinário,
mas que
guarda o
olhar
nas mãos
protetoras
que o
esperam.
Percebo
que em
nosso
movimento
evolutivo
nos
assemelhamos
aos
pequeninos.
Mesmo
com as
pernas
ainda
frágeis,
aventuramo-nos
em
direção
à nossa
independência.
Buscamos
construir
a nossa
individualidade
e
responder
à
pergunta
constante:
“Quem
somos?”.
Ao mesmo
tempo,
mobilizados
por um
impulso
de
preservação,
estamos
sempre
buscando
um olhar
seguro e
uma mão
protetora
que
possa
nos
proteger
e
acalentar.
Criamos
um
movimento
de idas
ao novo
e voltas
ao
velho.
De
obediência
e
desobediência.
Acalentar
e ser
acalentado.
Ser
livre e
estar
preso a
algo.
“Brilhe
a vossa
luz”
(Mateus,
5:16),
aconselhou-nos
o Mestre
Jesus.
Brilhar,
verbo em
ação,
traz-nos
como
recordação
as
estrelas,
que só
se fazem
vistas
por meio
da vasta
escuridão.
Não
podemos
dizer
que a
escuridão
pode nos
atrapalhar
quando,
de fato,
a nossa
estrela
queira
brilhar
a sua
luz.
Luz,
raio
energético
que pode
atravessar
meios
materiais
e
imateriais,
perpetua,
procurando
uma
brecha.
Quer
existir,
se
puder.
Que,
pela
abertura
das
vivências
evolutivas,
possamos
existir
no vasto
campo
cósmico,
não
somente
como
algo
passageiro,
mas como
uma
energia
que
baila,
buscando
sua
existência
brilhante
em meio
ao breu
das
possibilidades
da vida.
Que
nossas
mãozinhas,
ainda na
infância
da nossa
condição
evolutiva,
permitam-nos
buscar a
independência
necessária
ao nosso
crescimento,
sem
esquecer
a origem
e os
aprendizados
de onde
viemos.
Ainda
que
pequenos,
firmes
para
crescer!