OSWALDO
COUTINHO
cafocoutinho@hotmail.com
Serrinha,
BA
(Brasil)
Allan
Kardec,
o
Codificador
"O
Espiritismo
é a
ciência
nova que
vem
revelar
aos
homens,
por meio
de
provas
irrecusáveis,
a
existência
e
natureza
do mundo
espiritual
e as
suas
relações
com o
mundo
corpóreo."
(O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
cap. 1,
item 5.)
Recebendo
das
hostes
espirituais
a missão
de
reviver
a
mensagem
da Jesus
na
Terra,
Allan Kardec
fora
convidado
pelos
Espíritos
bondosos,
que
também
participavam
da
codificação
a
convite
de
Jesus, a
instaurar
na Terra
a
mensagem
da
terceira
revelação,
que está
consubstanciada
na
doutrina
espírita,
assim
cumprindo
uma
promessa
de Jesus
quando
asseverou
que não
nos
deixaria
órfãos.
Era
possuidor
da tiara
espiritual
que
representa
valores
morais
provenientes
das
conquistas
espirituais
que
tivera
alcançado
em suas
vidas
pregressas,
quando
vivera
na Gália
na
figura
de um
sacerdote
druida
que
contemplava
as
belezas
celestiais
aos sons
das onomatopeias
e em
comunhão
profunda
com as
forças
da
natureza,
estabelecendo
um clima
psíquico
em total
sintonia
com as
forças
superiores
da vida.
Mais
tarde,
ressurge
na
figura
ímpar de
João
Batista
(1),
Espírito
de escol
sobre o
qual o
próprio
Cristo
asseverou:
“dos
nascidos
de
mulher,
João
Batista
era o
maior de
todos”,
concitando
os
homens à
necessidade
profunda
de
comunhão
com o
pai, e
que ele,
João,
era o
precursor
que
viera
para
preparar
o lugar,
o
caminho
para a
vinda do
Messias,
o filho
de Deus
vivo.
Nessa
trajetória
sublime,
ele
aparece
na
personalidade
de João
Huss,
sacerdote
tcheco
seguidor
de John
Wycliff,
que não
aceitava
alguns
conceitos
da
Igreja
Católica
Romana
como,
por
exemplo,
a venda
de
indulgências.
E também
por não
concordar
com a
infalibilidade
papal,
fora
condenado
pelo
Concílio
de
Constança
a ser
queimado
vivo em
praça
pública
em 6 de
julho de
1415.
Em
virtude
do seu
passado
espiritual
altruísta,
ele
retorna
na
França,
em Lyon,
em 3 de
Outubro
de 1804,
na
figura
de
Hippolyte
Léon
Denizard
Rivail
que, aos
11 anos,
vai
estudar
em
Yverdon,
na
Suíça,
no
Instituto
de
Johann
Heinrich
Pestalozzi,
o pai da
pedagogia
moderna,
passando
ali
alguns
anos de
aprendizado
que
seriam
usados
na nova
fase de
sua
vida.
A equipe
do
Espírito
de
Verdade
começa a
semear a
ideia
nova nos
corações
dos
homens
de boa
vontade,
quando,
no ano
de 1854,
o Prof.
Rivail
foi
convidado
por um
amigo –
o Sr.
Fortier
– a
assistir
aos
fenômenos
do
magnetismo.
Daí, ele
passou a
frequentar
várias
reuniões
em casas
de
diferentes
médiuns,
como a
Srta.
Japhet e
outros,
colocando
sempre o
bisturi
da razão
como
metodologia
de
análise
de todos
os
fenômenos.
Depois
de
análise
profunda,
ele
identificou
que
aqueles
fenômenos
eram
oriundos
dos
homens
que não
estavam
mais na
Terra, e
sim no
mundo
espiritual.
A partir
daí,
orientado
pelo
Espírito
de
Verdade,
ele
apresenta
O Livro
dos
Espíritos
em 18 de
abril de
1857, no
Palais-Royal,
que
seria o
maior
tratado
filosófico
que a
humanidade
pudera
receber,
apresentando
questões
sobre
Deus, o
espírito,
a
matéria,
o mundo
espiritual
– como o
mundo
real que
preexiste
e
sobrevive
a tudo,
para que
o homem
possa se
nortear
em
direção
às
verdades
espirituais.
Em 15 de
janeiro
de 1861,
surge O
Livro
dos
Médiuns,
o guia
seguro
para
todos
aqueles
que
querem
vivenciar
a
mediunidade
com
Jesus.
Em 1864,
O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
contendo
as
máximas
morais
do
Cristo.
Em 1865,
apresenta
o livro
O Céu e
o
Inferno,
demitizando
a Bíblia
e
mostrando
que o
céu e o
inferno
são
estados
de alma.
Em 1868,
surge A
Gênese,
onde nos
mostra
as
construções
siderais,
a
formação
dos
mundos e
a
evolução
do
espírito
no
tempo.
Sua vida
foi
sempre
uma
constelação
de luzes
no
trabalho
sempre
intimorato
durante
quase 15
anos
ininterruptos,
para
iluminar
as
gerações
futuras
a
respeito
da vida
espiritual
e de sua
relação
com a
vida
corpórea,
convidando
os
homens a
compreender
que a
verdadeira
vida é a
vida
espiritual,
e que a
vida
terrena
é o meio
onde o
Espírito
labora a
sua
evolução
em busca
da paz,
do amor
e da
felicidade.
(1)
O
pensamento
de que
Kardec
foi
Elias e
depois
João
Batista,
exposto
pelo
autor
deste
artigo e
defendido
por
alguns
confrades
paulistas,
não
consta,
pelo que
sabemos,
em
nenhuma
obra
espírita
séria.
(Nota da
Redação.)