Secessão
“...
e
queimaram
os
barcos...”
Quando
os
romanos
aportaram
no
litoral
da
Bretanha,
tamanha
era a
decisão
de
vencer
que o
primeiro
ato do
comandante
foi
mandar
que se
queimassem
todos os
barcos
que os
trouxeram
até
ali.
Assim,
não
poderiam
mais
recuar!
Não
havia
outra
alternativa
senão
seguir
em
frente
e...
conquistar...
Quando
aportamos
nas
abençoadas
e
caroáveis
praias
da
Doutrina
Espírita,
qual
náufragos
carentes
de tudo,
faz-se
igualmente
necessária
a
desvinculação
de
nossos
anteriores
entendimentos
mal
alinhavados,
mormente
no que
respeita
à
questão
religiosa.
Num
ligeiro
escorço
de
observação,
notamos
um
fenômeno
muito
natural,
próprio
da
criatura
humana, misoneísta
por
excelência,
sempre
recalcitrante
e avessa
a
alterações
comportamentais,
vez que
as
ancestrais
idiossincrasias
são
heranças
de
difícil
e penosa
erradicação:
Ao
sairmos
de uma
para
outra
situação
evolutiva,
carregamos
os
atavismos
e sequelas
do
“status-quo”
anterior...
No
momento
da
transição,
quando
as cores
do
passado
estão
ainda
muito
nítidas
e
fortes,
não
atinamos
com a
singela
realidade
de que a
construção
da nova
“coluna”
estrutural
está
condicionada
à
implosão
da
antiga,
já carunchada
e
fraca...
Daí a
explicação
para o
fato de
se
tentar
uma
conciliação
de duas
situações
antagônicas
por
natureza
que são,
na
verdade,
inconciliáveis.
Jesus já
dizia
que não
podemos
servir a
dois
senhores
simultaneamente
e
tampouco
fazer
remendo
de pano
novo em
vestido
velho.
O
progresso
é lei
natural
contra a
qual não
adianta
opor
óbices...
Entre as
loucuras
atualmente
vigentes
no
movimento
espírita,
perpetradas
justamente
por
criaturas
guindadas
a postos
diretivos
ainda
imbuídas
dos usos
e
costumes
d`antanho,
está a
de ceder
as
dependências
das
Casas
Espíritas
para
realização
de
cerimônias
religiosas
de
casamento.
Das duas
uma: ou
estão
debochando
da
Doutrina
Espírita,
ou quem
admite
isso não
estuda a
Codificação.
Não nos
surpreendamos
se em
breve
encontrarmos
pias
batismais
em algum
canto da
Instituição
Espírita,
vez que,
se
admitem
a
cerimônia
religiosa
do
casamento,
o resto
vem por
consequência
lógica.
É a
eterna
confusão
que
fazem as
criaturas!...
Entendamos
de uma
vez por
todas
que a
Doutrina
Espírita
não se
compadece
e
tampouco
está
comprometida
com atos
exteriores
e todo o
séquito
de
usanças
inventadas
pelo
homem em
seu
primitivismo
espiritual
visando
puramente
a
interesses
rasteiros
comprometidos
com a
simonia.
É
preocupante
a
situação
de
criaturas
guindadas
a cargos
diretivos
com
total
despreparo
para as
respectivas
funções.
Excessos
de
personalismo
aliado à
ignorância
doutrinária
são
ingredientes
de
desastres
colossais.
Toda
Instituição
Espírita
necessariamente
precisa
possuir
um
Conselho
Consultivo
formado
por
pessoas
que
realmente
têm um
bom
substrato
doutrinário
para que
arbitrariedades
e
loucuras
não
venham a
ocorrer
sob seu
teto.
Não pode
estar
investido
de
função
diretiva
quem
desconhece
o que é
trabalho
de
equipe.
Poderes
ditatoriais
com
exacerbação
dos
pruridos
do
personalismo
condenam
a
Instituição
ao
desamparo
da
Espiritualidade
Superior,
vez que
os
Benfeitores
Amigos
não se
dispõem
a servir
de
degraus
de
acesso
ao
pedestal
da
vaidade
de
ninguém.
Portanto,
para que
a pureza
doutrinária
não
sofra o
achincalhe
da
desídia
e
conserve-se
sem
jaça, a
Instituição
Espírita
não pode
ser
submetida
ao
arbítrio
de uma
só
pessoa,
isto é,
o Centro
Espírita
não pode
ter
dono.
Todos
nós
seremos
chamados
a
prestar
contas
dos
talentos
que nos
foram
outorgados
pelo Pai
Celestial.
Cortemos
o mal
pela
raiz,
pois
temos
sérios
compromissos
para com
a
Doutrina
Espírita,
além de
lhe
dever o
maior
respeito
possível.
Sejamos
firmes
na
fidelidade
doutrinária.