Finados
A partir do ano
1009, a Igreja
católica
introduziu a
obrigatoriedade
de se dedicar um
dia por ano aos
mortos. Porém,
foi somente em
1200 que o dia 2
de novembro foi
oficialmente
adotado,
permanecendo até
os dias atuais,
enquanto que o
dia 1º do mesmo
mês fica por
conta da
homenagem que se
presta a todos
os que morreram
em estado de
graça, mas não
foram
canonizados,
isto é, não
foram
reconhecidos
como santo.
No Espiritismo
não se cultua
datas
simbólicas,
especialmente as
que nos
referimos, mesmo
porque os locais
que abrigam os
corpos
(cemitérios) não
são os mais
indicados para
que os Espíritos
ali permaneçam
ou entrem em
sintonia
conosco.
Naturalmente que
nessas ocasiões
os Espíritos se
sentem mais
atraídos e
motivados. A
razão é lógica,
pois os fluidos
vibratórios,
essa força
invisível que
nos impele a
tudo, se faz
presente em
volume
acentuado,
devido às
orações
dirigidas aos
entes amados que
se acham no
outro lado da
vida. São eles
próprios que
reconhecem se
sentirem mais
sensibilizados
com o que o dia
lhes
proporciona.
Sobre o
bem-estar e a
alegria dos que
lá se encontram,
afirmam:
“Muito mais do
que podeis
supor. Se são
felizes, essa
lembrança lhes
aumenta a
felicidade; se
são infelizes,
são para eles um
alívio”. E
vão mais além:
“Nesse dia estão
aí em maior
número, porque
existem mais
pessoas que os
chamam, mas cada
um vem por causa
dos seus amigos
e não pela
multidão dos
indiferentes”.
Como a questão
fluídica é
importantíssima,
os Espíritos
vibram com
intensidade
maior, chegando
a afirmar que
“Esta semana é
uma época de
confraternização
entre o Céu e a
Terra, entre os
vivos e os
‘mortos’; deveis
vos ocupar de
nós mais
particularmente,
e de vós também;
os vossos
pensamentos, as
vossas preces,
ali estão
conosco”.
E sobre
questionamentos
no sentido de
saber se todos
os Espíritos se
acham em estado
de necessidade,
o entendimento é
puramente
racional, pois
reconhecem os
Mensageiros
divinos que o
Criador reparte
igualmente o
resultado das
orações que,
como sabemos,
são correntes
eletrizadas
enviadas por
nossos
pensamentos ao
infinito, a
outros que delas
necessitem.
Este poema
complementa o
que se passa
nessas paragens
terrenas:
Alvorada
Olha só quantas
flores no chão,
Nesse campo onde
é só solidão,
É o berço, o lar
derradeiro
Da armadura do
nobre guerreiro!
Esse marco final
da estrada
Sinaliza o
romper da
alvorada;
Desce o homem,
eleva-se a luz,
É a alma que
sobe a Jesus!
Olha só quanta
gente que vem
Lamentar a
ausência de
alguém,
Vem chorar o
irmão que
partiu,
É saudade, é
tristeza, é
vazio!
Tudo é bênção
que muda e
transforma,
É o prelúdio, o
bom filho que
torna;
Desce o homem,
eleva-se a luz,
É a alma que
sobe a Jesus!
Eu, disse o
Mestre,
Sou o Caminho, a
Verdade e a
Vida,
E só por mim,
Nosso Pai dará
guarida!
Eu, disse o
Mestre,
Levo consolo ao
coração aflito,
Quem crer em mim
viverá, será
bendito!