Espiritismo:
doutrina
indestrutível
e
reveladora
O
Espiritismo
não
ensina
nada
diferente
do que
Jesus
ensinou
“Os
Espíritos
não
ensinam
senão
justamente
o que é
necessário
para
guiar o
homem no
caminho
da
verdade,
mas
abstêm-se
de
revelar-lhe
o que
pode
descobrir
por si
mesmo.”
-
Allan
Kardec
O
singular
discípulo
de
Pestalozzi
prestou
o mais
eminente
serviço
à
Humanidade,
chamando
a
atenção
e
provocando
discussões
sobre
fatos
que até
então
pertenciam
ao
domínio
mórbido
e
funesto
das
superstições
religiosas...
No ano X
da era
do
Espiritismo
filosófico,
iniciada
com a
publicação
de
“O Livro
dos
Espíritos”,
já suas
raízes
se
estendiam
de um a
outro
polo. O
próprio
Kardec
teve
oportunidade
de
testemunhar
“essa
circunstância
inaudita
na
história
das
doutrinas
que lhe
dá força
excepcional
e
irresistível
poder de
ação. De
fato, se
a
perseguiram
num
ponto,
em
determinado
país,
será
materialmente
impossível
que a
persigam
em toda
parte e
em todos
os
países.
Em
contraposição
a um
lugar
onde lhe
embaracem
a
marcha,
haverá
mil
outros
em que
florescerá.
Ainda
mais: Se
a
ferirem
num
indivíduo,
não
poderão
feri-la
nos
Espíritos,
que são
a fonte
donde
ela
promana.
Ora,
como os
Espíritos
estão em
toda
parte e
existirão
sempre,
se, por
um acaso
impossível,
conseguissem
sufocá-la
em todo
o Globo,
ela
reapareceria
pouco
tempo
depois,
porque
repousa
sobre um
fato que
está em
a
Natureza
e não se
podem
suprimir
as leis
da
Natureza.
Eis aí o
de que
devem
persuadir
aqueles
que
sonham
com o
aniquilamento
do
Espiritismo”.
Kardec
conseguiu
concentrar
as
forças
dispersas,
erguendo
o
granítico
e
indestrutível
monumento,
único no
mundo,
quadro
vivo da
verdadeira
história
do
Espiritismo
moderno,
arquivo
precioso
para a
posteridade,
com os
inexpugnáveis
testemunhos
dos
Benfeitores
da
Humanidade:
“O
Livro
dos
Espíritos”.
A
Doutrina
Espírita
é o
Cristianismo
Redivivo.
Veio
completar
o ensino
do
Cristo.
Não
ensina
nada
diferente
daquilo
que o
Mestre
Maior
ensinou;
apenas
vem
tornar
inteligíveis
Suas
palavras
muitas
vezes
esmaecidas
no denso
nevoeiro
do
parabolismo
ou
ocultas
nos
meandros
dos
sentidos
figurados.
O
Espiritismo
ainda
que só
fizesse
forrar o
homem à
dúvida
relativamente
à Vida
Futura,
teria
feito
mais
pelo seu
aperfeiçoamento
moral do
que
todas as
leis
disciplinares,
que o
detêm
algumas
vezes,
mas que
não o
transformam.
Segundo
Kardec,
“(...) O
Espiritismo,
longe de
negar ou
destruir
o
Evangelho,
vem, ao
contrário,
confirmar,
explicar
e
desenvolver,
pelas
novas
leis da
Natureza,
que
revela
tudo
quanto o
Cristo
disse e
fez;
elucida
os
pontos
obscuros
do
ensino
cristão,
tornando
inteligível
certas
partes
do
Evangelho
que
antes
pareciam
inverossímeis,
fazendo
com que
qualquer
criatura
veja
melhor o
seu
alcance,
facultando
a
possibilidade
de
insofismável
distinção
entre a
realidade
e a
alegoria.
Com as
lentes
da
Doutrina
Espírita,
o Cristo
cresce:
já não é
simplesmente
um
filósofo,
é um
Messias
Divino.
Demais,
se se
considerar
o poder
moralizador
do
Espiritismo,
pela
finalidade
que
assina a
todas as
ações da
Vida,
por
tornar
quase
tangíveis
as
consequências
do bem e
do mal,
pela
força
moral, a
coragem
e as
consolações
que dá
nas
aflições,
mediante
inalterável
confiança
no
futuro,
pela
ideia de
ter cada
um perto
de si os
seres a
quem
amou, a
certeza
de os
rever, a
possibilidade
de
confabular
com
eles;
enfim,
pela
certeza
de que
tudo
quanto
se fez,
quanto
se
adquiriu
em
inteligência,
sabedoria
e
moralidade,
até à
última
hora de
Vida
somática,
não fica
perdido,
que tudo
aproveita
ao
adiantamento
do
Espírito,
reconhece-se
que o
Espiritismo
realiza
todas as
promessas
do
Cristo a
respeito
do
“Consolador”
anunciado.
Se a
esses
resultados
adicionarmos
a
rapidez
prodigiosa
da
propagação
do
Espiritismo,
apesar
de tudo
quanto
fazem
por
abatê-lo,
não se
poderá
negar
que a
sua
vinda
seja
providencial,
visto
que ele
triunfa
de todas
as
forças e
de toda
a má
vontade
dos
homens.
A
facilidade
com que
é aceito
por
grande
número
de
pessoas,
sem
constrangimento,
apenas
pelo
poder da
ideia,
prova
que ele
corresponde
a uma
necessidade,
qual a
de crer
o homem
em
alguma
coisa
para
encher o
vácuo
aberto
pela
incredulidade.
São em
grande
número
os
aflitos;
não é,
pois, de
admirar
que
tanta
gente
acolha
uma
Doutrina
que
consola,
de
preferência
às que
desesperam,
porque
aos
deserdados,
mais do
que aos
felizes
do mundo
é que o
Espiritismo
se
dirige.
O doente
vê
chegar o
médico
com
maior
satisfação
do que
aquele
que está
bem de
saúde;
ora, os
aflitos
são os
doentes
e o
Consolador
é o
médico.
Vós que
combateis
o
Espiritismo,
se
quereis
que o
abandonemos
para vos
seguir,
dai-nos
mais e
melhor
do que
ele;
curai
com
maior
segurança
as
feridas
da Alma;
dai mais
consolações,
mais
satisfações
ao
coração,
esperanças
mais
legítimas,
maiores
certezas;
fazei do
futuro
um
quadro
mais
racional,
mais
sedutor;
porém,
não
julgueis
vencê-lo
com a
perspectiva
do nada,
com a
alternativa
das
chamas
do
inferno,
ou com a
inútil
contemplação
perpétua”.
- KARDEC, Allan. A Gênese. 43. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. I, item 50.