Primeiro:
“Alguns
atacarão o Espiritismo
abertamente em palavras
e em ações e o
perseguirão até na
pessoa de seus
aderentes, tentando
desencorajá-los à força
de intrigas, enquanto
que a outros,
subrepticiamente, por
vias indiretas, buscarão
miná-los de maneira
insidiosa. Ficai
avisados de que a luta
não terminou. Estou
prevenido de que
tentarão um supremo
esforço; mas, não
temais, a garantia do
sucesso está nesta
divisa, que é a de todos
os verdadeiros
espíritas: Fora da
caridade não há
salvação. Empunhai-a bem
alto, porque ela é a
cabeça de Medusa para os
egoístas.”
(Allan Kardec. Revista
Espírita – Periódico de
Estudos Psicológicos.
Ano 5, No. 2, fevereiro
de 1862.)
Segundo:
“A tática já aplicada
pelos inimigos dos
Espíritas, mas que vai
ser empregada com novo
ardor, é a de tentar
dividi-los criando
sistemas divergentes e
suscitando entre eles a
desconfiança e a inveja.
Não vos deixeis cair na
armadilha e tende como
certo que aquele que
procura, seja por que
meio for, romper a boa
harmonia não pode estar
animado de boas
intenções. Eis por que
vos exorto a guardar
maior prudência na
formação de vossos
grupos, não só para a
vossa tranquilidade, mas
no próprio interesse de
vossos trabalhos.”
(Allan Kardec. Revista
Espírita – Periódico de
Estudos Psicológicos.
Ano 5, No. 2, fevereiro
de 1862.);
Terceiro:
“A natureza dos
trabalhos espíritas
exige calma e
recolhimento. Ora, não
há recolhimento possível
se somos distraídos
pelas discussões e pela
expressão de sentimentos
malévolos. Se houver
fraternidade não haverá
sentimentos de
malquerença; mas não
pode haver fraternidade
com egoístas, com
ambiciosos, e
orgulhosos. Com
orgulhosos que se
escandalizam quando não
têm a supremacia, e com
egoístas que só pensam
em si mesmos, a cizânia
não tardará a ser
introduzida e, com ela,
a dissolução. É o que
gostariam os inimigos e
é o que tentarão fazer.”
(Allan Kardec. Revista
Espírita – Periódico de
Estudos Psicológicos.
Ano 5, No. 2, fevereiro
de 1862.);
Quarto:
“Devo ainda vos chamar a
atenção para outra
tática de nossos
adversários: a de
procurar comprometer os
espíritas induzindo-os a
se afastarem do
verdadeiro objetivo da
Doutrina que é a moral,
para abordarem questões
que não são da sua
competência e que
poderiam, com toda a
razão, despertar
suscetibilidades e
desconfianças. Também
não vos deixeis cair
nessa armadilha, afastai
cuidadosamente de vossas
reuniões tudo quanto
disser respeito à
política e às questões
irritantes; nesse caso,
as discussões não
levarão a nada e apenas
suscitarão, enquanto
ninguém questionará a
moral, quando ela for
boa. Procurai no
Espiritismo aquilo que
vos pode melhorar, eis o
essencial. (…)”
(Allan Kardec. Revista
Espírita – Periódico de
Estudos Psicológicos.
Ano 5, No. 2, fevereiro
de 1862.);
Quinto:
“Falemos sem disfarce e
digamos claramente que
há resistências que
seria supérfluo procurar
vencer e que se obstinam
mais por amor-próprio ou
por interesse que por
convicção; seria perder
tempo buscar trazê-las
para nós; somente
cederão perante a força
da opinião pública.
Recrutemos os adeptos
dentre as pessoas de boa
vontade, que não faltam;
aumentemos a falange de
todos aqueles que,
cansados da incerteza e
assustados pelo nada
materialista, só querem
crer e logo o número
deles será tamanho que
os demais terminarão por
render-se à evidência.
Este resultado já se
manifesta, esperem para
ver, dentro em pouco, em
vossas fileiras, aqueles
que somente esperavas
ver como últimos.“
(Allan Kardec. Revista
Espírita – Periódico de
Estudos Psicológicos.
Ano 6, No. 3, fevereiro
de 1863.)
Sexto:
“Em nossas conversações
frequentes com os
mentores, sempre lhes
percebíamos a natural
preocupação com os
companheiros encarnados,
portadores de
responsabilidades na
área espírita, que se
deixam distrair pelas
querelas inúteis e
debates injustificáveis
na defesa de pontos de
vista doutrinários,
tomando rumos estranhos
pelos desvios de rota,
descuidando-se do
essencial em favor do
secundário. Por outro
lado, observo que este
comportamento
apaixonado, na área
espiritual e num grupo
reduzido de profitentes,
torna-se mais expressivo
e grave no comportamento
social que envolve as
massas, e os jogos de
interesses assumem
proporções
imprevisíveis, levando
os indivíduos à
agressividade, à
violência, assim
liberando as altas
cargas das paixões
inferiores, filhas
diretas do egoísmo. A
dedicação com fidelidade
e firmeza de caráter a
qualquer causa é sempre
um grande desafio ao
homem, especialmente por
exigir-lhe vivência do
ideal esposado com
tolerância para com
todos quantos lhe
compartem ou não a
opinião (…).“
(Manoel
Philomeno de Miranda.
Divaldo Pereira Franco.
Trilhas da
Libertação. Cap.
Reflexões e
Expectativas.)
Sétimo:
“O Homem realmente livre
é consciente das suas
responsabilidades, não
necessitando de nada
externo para os logros
elevados a que se
propõe. Torna-se-lhe
condição essencial o
conhecimento real,
defluente da meditação e
da vivência dos seus
estatutos para seguir na
marcha com a elevação
indispensável à vitória.
Certamente foi esta a
ideia de Jesus ao
preconizar-nos buscar a
Verdade que nos torna
livres.”
(Manoel Philomeno de
Miranda. Divaldo Pereira
Franco. Trilhas da
Libertação. Cap.
Serviços de
Desobsessão.)
Oitavo:
“(…) Em reunião privada
com os chefes de grupos,
explicitou o programa
que elaborara para ser
aplicado em todas as
suas diretrizes e com
pormenorizado zelo.”
“Primeiro: O Homem,
redefiniu o novo
Soberano das Trevas – é
um animal sexual que se
compraz no prazer. Deve
ser estimulado ao
máximo, até a exaustão,
aproveitando-lhe as
tendências, e quando
ocorrer o cansaço
levá-lo aos abusos às
aberrações. (…)
“Segundo: O narcisismo é
filho predileto do
egoísmo e pai do
orgulho, da vaidade,
inerentes ao ser humano.
Fomentar o campeonato da
presunção nas modernas
escolas do
Espiritualismo,
ensejando a fascinação,
é item de alta
relevância para a queda
desastrosa de quem
deseja a preservação do
ideal de crescimento e
de libertação. (…)
“Terceiro: O Poder tem
prevalência em a
natureza humana.
Remanescente dos
instintos agressivos,
dominadores e
arbitrários, ele se
expressa de várias
formas sem disfarce o
escamoteado, explorando
aqueles que se lhe
submetem e
desprezando-os ao mesmo
tempo, pela
subserviência de que se
fazem objeto, e aos
competidores e
indomáveis detestando,
por projetar-lhe sombra.
(…) “Quarto: O dinheiro,
que compra vidas e
escraviza almas, será
outro excelente recurso
decisivo. A ambição da
riqueza, mesmo que
mascarada, supera a
falsa humildade, e o
conforto amolenta o
caráter, desestimulando
os sacrifícios. (…)”
(Manoel Philomeno de
Miranda. Divaldo Pereira
Franco. Trilhas da
Libertação. Cap. Os
Gênios das Trevas.)
Nono:
“Uma questão que desde
logo se apresenta é a
dos cismas que poderão
nascer no seio da
Doutrina. Estará
preservado deles o
Espiritismo? Não,
certamente, porque terá,
sobretudo no começo, de
lutar contra as ideias
pessoais, sempre
absolutas, tenazes,
refratárias a se
amalgamarem com as
ideias dos demais; e
contra a ambição dos
que, a despeito de tudo,
se empenham por ligar
seus nomes a uma
inovação qualquer; dos
que criam novidades só
para poderem dizer que
não pensam ou agem como
os outros, pois lhes
sofre o amor-próprio por
ocuparem uma posição
secundária. Se, porém, o
Espiritismo não pode
escapar às fraquezas
humanas, com as quais se
tem de contar sempre,
pode todavia
neutralizar-lhes as
consequências e isto é o
essencial.
(…)”.
(Allan Kardec. Obras
Póstumas. Segunda Parte.
Os Cismas.)
Décimo:
“[...] que os irmãos se
compenetrem, cada vez
mais, do espírito de
serviço e renúncia, de
solidariedade e bondade
pura que Jesus lhes
legou. [...] O mundo
conturbado pede,
efetivamente, ação
transformadora. [...]
unamo-nos na mesma
estrada de amor,
trabalho, auxílio,
educação, solidariedade,
valor e sacrifício que
caracterizou a atitude
do Cristo em comunhão
com os homens, servindo
e esperando o futuro, em
seu exemplo de
abnegação, para que
todos sejamos um, em
sintonia sublime com os
desígnios do Supremo
Senhor”.
(Emmanuel. Francisco
Cândido Xavier. Em Nome
do Evangelho,
psicografia de 1948. Em:
Orientações aos Órgãos
de Unificação, FEB: Rio
de Janeiro, 2010.)
DIRETRIZES E
ESCLARECIMENTOS
Com base nas enfáticas
advertências deixadas
pelo insigne Mestre de
Lyon e nos Guias da
Humanidade, solicitamos
a todas as Instituições
espíritas filiadas,
trabalhadores e
simpatizantes do ideal,
levar em conta o que
segue e tomar
precauções, permanente e
decididamente frente a:
Primeiro: A todas as
pessoas, grupos,
associações ou
movimentos que
apresentando
características de um
"Espiritismo
superficial", ou seja,
que de maneira aparente
estão fundamentados nos
ensinos de Allan Kardec,
e que expõem abertamente
novas concepcões ou
práticas que no bom
sentido e na lógica se
afastam dos princípios e
orientações
doutrinárias, que têm
penetrado de maneira
estratégica e
taticamente em
importantes cenários
internacionais e
nacionais apoiados,
aparentemente, nos
postulados espíritas,
porém apresentando e
divulgando fundamentos,
teorias, atividades e
práticas contrárias aos
ensinos e finalidades da
Doutrina Espírita. |
Segundo:
Reforçar estrita
vigilância e verificação
na aquisição e no estudo
individual ou
institucional das obras
supostamente recebidas
por Espíritos
Superiores, cujo
conteúdo incorpora
propostas
espiritualistas, porém
não-espíritas, gerando
confusão e sentimento de
culpa, bem como
apresentam distorcidas a
personalidade e as
características
psicológicas de
Espíritos reconhecidos
pelo trabalho
missionário na
propagação da Doutrina
Espírita.
Terceiro:
O Conselho Espírita
Internacional e os
Movimentos Espíritas
adesos da América do Sul
se apresentam como
entidades legal e
doutrinariamente
reconhecidas, para
oferecer os
esclarecimentos,
orientações e
representações ante a
qualquer um dos aspectos
anotados. Todavia, os
Presidentes das
respectivas Federativas
filiadas, bem como os
dirigentes e
trabalhadores das
Instituições Espíritas,
deverão velar pelo
cumprimento destas
diretrizes e informar
continuadamente ou, se
necessário, solicitar as
informações e
orientações de fatos ou
situações relacionadas
com as advertências
apresentadas, sempre no
intuito de esclarecer,
orientar e retomar
nossos objetivos como
movimento em via de
unificação e de
consolidação sob o lema:
“Trabalho,
solidariedade e
tolerância”.
Quarto:
A recomendação com
respeito aos movimentos
que não são coerentes
com o definido pelo
Conselho Espírita
Internacional - CEI é de
respeito, porém, sem
compromissos nem apoio,
sugerindo aos dirigentes
do Movimento Espírita
que ocupem espaços no
sentido de estimular o
estudo, a prática e a
difusão do Espiritismo,
com base na Codificação
Kardequiana.
Cordialmente,
FABIO VILLARRAGA
BENAVIDES
COORDINADOR CEI
SURAMERICA
EDUARDO NANNI
FEDERACION ESPIRITA
BOLIVIANA
GUSTAVO MARTINEZ
CONFEDERACION
ESPIRITISTA ARGENTINA
MIRTA CAL
FEDERACION ESPIRITA
URUGUAYA
JORGE BERRIO
CONFEDERACION ESPIRITA
COLOMBIANA
ANTONIO CESAR PERRI DE
CARVALHO
FEDERAÇÃO ESPÍRITA
BRASILEIRA
ISABEL LOO
FEDERACION ESPIRITA DE
PERU
JOSE VASQUEZ
ASOCIACION CIVIL
SOCRATES. VENEZUELA
CECILIA PLAZA
CENTRO DE ESTUDIOS
ESPIRITA BUENA NUEVA.
CHILE
MILCIADES LEZCANO
MOVIMIENTO ESPIRITA
PARAGUAYO.
O Manifesto do
CEI-América do Sul, ora
transcrito, pode ser
visto no Portal da FEB.
Eis o link:
http://www.febnet.org.br/site