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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 240 - 18 de Dezembro de 2011

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, RJ (Brasil)

A paciência 

“Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamados
 filhos de Deus.” -  ( Mateus, 5-9.) 


A paciência deve ser entendida como uma ciência de paz; é por isso que os pacíficos serão bem-aventurados, pois trabalham com fé, confiança e absoluta certeza de que a mensagem consoladora do Cristo se consolidará mais cedo ou mais tarde no mundo, malgrado o desejo de muitos e a má vontade de outros tantos, e merecerão então ser chamados de filhos de Deus por terem favorecido de todas as maneiras possíveis e com o emprego de seus maiores e melhores esforços no trabalho de pacificação dos corações humanos, favorecendo dessa forma a implantação da Paz na Terra.

A verdadeira Paz é conquista do Espírito imortal, e não pode ser corroída pela ação da ferrugem, não tem que temer as traças e nem os ladrões, pois nada poderá levá-la a desaparecer do imo daquele que já a abriga em seu interior, que dela fará uso de maneira natural em seu procedimento normal.

E tantos quantos já a consolidaram em suas ações diárias exteriorizam-na em forma de paciência e compreensão para com aqueles que se situam em condição inferior em termos morais, transmitindo-lhes a Paz que lhes domina as emoções e sentimentos, de forma tão simples em seus métodos de não-violência em suas ações, buscando agir sempre de forma equilibrada, amorosa e respeitosa para alcançarem seus nobres objetivos.

A conquista da Paciência só é possível pelo esforço despendido pelo Espírito no trabalho incessante de autoiluminação, pelo autoconhecimento, pelos estudos dos postulados cristãos que lhe proporciona reconhecer inicialmente que precisa conhecer-se a si mesmo, para ver suas deficiências e necessidades, buscando corrigir em si o que não está de acordo com o que seu Mestre lhe ensinou exemplificando, no resumo que fez de todas as Leis e os Profetas em: “Amar a Deus sobre todas as ciosas e ao próximo como a si mesmo”, só a partir daí poderá o cristão dedicar-se ao efetivo exercício da caridade, procurando ajudar a quantos lhe seja possível, com carinho, bondade e, acima disso, com muita perseverança e equilíbrio.

No trabalho inicial e paciente de burilamento interior, pouco a pouco se aprimora o servo do Cristo, passando a perceber certos tipos de sofrimentos que nem sempre estão tão visíveis aos olhos humanos, pois fazem parte das dores morais da criatura, quase imperceptíveis, mas que representam espinhos dilaceradores que martirizam e infelicitam inúmeras almas.

Algumas dessas criaturas estão tão descrentes da vida, e da Justiça Superior, que se tornam agressivas, desrespeitosas, intoleráveis, dificultando em muito a ação dos que se dedicam a ajudá-los, exigindo por isso mesmo a presença dos Pacíficos a que se referia Jesus, pois só estes podem realmente prestar-lhes adequada ajuda.

Outros tantos, encolerizados com tudo e com todos, estão a constituir um exército a exigir provas de dedicação e amor, de tantos quantos se apresentem como servos da Boa Nova, representantes da caridade em nome de Jesus, que terão de se superar para lograr êxito no trabalho de fraternidade com esses irmãos em humanidade que, por se acharem doentes, mais necessitados se fazem de compreensão e Paciência.

Não é fácil a tarefa de atender o desespero e a revolta do outro, quando não se tenha passado por experiências semelhantes, que representam uma variedade enorme de fatores causadores de dores e infortúnios, a exigir do servidor fiel do seu Mestre que compareça para o trabalho de ajuda ao necessitado, munido de toda a paciência, compreensão e amor, acrescidos do desejo de ser útil instrumento do bem nas mãos dos divinos emissários do Mais Alto.

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, acha-se uma linda mensagem da qual retiramos alguns trechos para nossa melhor compreensão, conforme segue: (...) “Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência”.

(...) “Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)”

A paciência nesse trabalho torna-se imprescindível fator de êxito, pois ela encoraja seu portador, equipando-o com as necessárias ferramentas para enfrentar quaisquer situações, pois estará tomado pela Ciência da Paz, que o pacifica e lhe dá a certeza absoluta do auxílio de Deus na presença amiga dos Bons Espíritos a envolvê-lo.

Foi precisamente neste mister que o Mestre de Nazaré tornou-se um desafio que não pode ser desconsiderado em momento algum por seu digno Discípulo, pois ELE se transformou no exemplo maior a ser seguido por quem pretender o alvitre divino de espalhar por todo o planeta as benesses da Paz, que tanto apregoamos e que bem poucos de nós trabalhamos por implantá-la.

As propostas de Jesus merecem estudos sérios e acurados de ateus, cépticos, ou religiosos de qualquer corrente cristã, pois todos reconhecem em sua justiça social algo irretocável e, em seu amor por todos, algo incomum, que o homem da Terra ainda não conseguiu aquilatar.

O Verdadeiro Cristão tem em Deus sua Meta, em Jesus o Meio único de ir a seu Pai Criador e, na vida diária, o caminho que ele iluminou com sua mensagem consoladora e esclarecedora contida no seu Evangelho de luz, para que, seguindo os ensinamentos e exemplos ali contidos, todos possamos encontrar a tão sonhada Paz interior que nos impulsionará o crescimento em direção à Fonte Maior geradora da verdadeira Paz e da duradoura Felicidade.


Bibliografia:

Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, FEB - 115ª Edição, Cap. IX item 7.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita