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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 245 - 29 de Janeiro de 2012

ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga, SP(Brasil)
 

 Planejamento divino


Em virtude do atraso moral que ainda predomina na conduta da criatura humana, vemos muitos indivíduos agindo com falta de seriedade e de forma improvisada, seja nas grandes ou nas pequenas decisões da vida.

Quando agimos sem planejamento ou sem discernimento quanto às implicações da decisão que vamos eleger, haverá uma grande probabilidade de que as nossas escolhas estejam equivocadas e gerem comprometimentos morais perante as leis divinas.

Quantas vezes tomamos uma decisão apressada e nos arrependemos depois. Há situações que são plenamente corrigíveis, mas há algumas cujos efeitos serão inapagáveis.

O ser humano ainda é imediatista, pois toma decisões apressadas para que os resultados almejados venham com mais rapidez. São resquícios das nossas experiências no reino animal, a revelar a predominância da nossa natureza animal sobre a espiritual, do instinto sobre a razão, das paixões sobre as emoções superiores.

O animal, na busca da preservação da vida, alimenta-se para saciar a fome, dorme para superar o cansaço e reproduz-se para apaziguar o instinto sexual. Vejamos que sua ação visa atender uma situação que ele está vivenciando naquele momento (fome, cansaço e o desejo sexual).

É certo que há poucos animais que armazenam alimentos para o período de escassez, mas tal atitude é baseada no instinto de preservação, não havendo qualquer componente de ordem moral.

Assim sendo, o ser humano, que já é dotado de senso moral, deveria abster-se de agir impulsivamente e sem planejamento.

Quantas decisões prematuras são tomadas na administração da Casa Espírita, nas relações familiares, no campo profissional, na área financeira, a nos causar inúmeros aborrecimentos e aflições, dificultando a conquista da paz e da serenidade.

A benfeitora Joanna de Ângelis, no livro “Nascente de Bênçãos”, através do médium Divaldo Pereira Franco, apresenta-nos uma lição notável acerca do planejamento antecipado e organizado que há nas decisões dos Espíritos elevados.

No primeiro capítulo do referido livro, denominado “Providência Divina”, o Espírito Joanna fala-nos sobre algumas resoluções tomadas pela espiritualidade superior visando à melhor implantação da mensagem da Boa Nova e do Espiritismo na Terra.

Veremos que a reencarnação de muitos Espíritos missionários que antecederam a vinda do Cristo foi programada com o objetivo de trazerem fragmentos da verdade, a fim de que, paulatinamente, o ser humano pudesse digerir essas verdades, para que, oportunamente, tivesse condições de manter contato com a verdade plena, que Jesus traria à Terra.

A própria vinda de Jesus ao cenário terrestre foi ajustada com muita antecedência pela Comunidade de Espíritos Puros, da qual o Cristo fazia parte, conforme consta da obra “A Caminho da Luz”, do médium Francisco Cândido Xavier.

Joanna de Ângelis também nos revela que a reencarnação de Alexandre Magno, da Macedônia, que nasceu em 356 a.C., ocorreu com o objetivo de que fosse difundido o pensamento e a língua grega, para que os futuros povos da Eurásia pudessem compreender a mensagem de Jesus, que seria divulgada pelo Apóstolo Paulo de Tarso, também nesse idioma.

Esse mesmo Espírito (Alexandre Magno) voltaria ao corpo como Júlio César, filho de Flávia Júlia, no ano de 100 a.C., para expandir o latim, que, ao lado do grego, tornar-se-ia idioma universal, com o mesmo objetivo de divulgação da Boa Nova.

Lembremos que Paulo de Tarso veio com a missão de expandir o ensinamento cristão, inclusive no Ocidente, sendo que falava fluentemente o grego, o latim e o idioma de Israel.

Após a decadência do império romano, Carlos Magno vem à Terra com a missão de reunir parte do mundo fragmentado, em 747 d.C., com o escopo de criar condições sociológicas e históricas para o advento do Espiritismo, que chegaria ao mundo mais de mil anos depois.

Oportunamente a França foi invadida pela Inglaterra e a Sabedoria Divina conduziu à reencarnação Joana D’Arc, renascida em 1412, a fim de reunir e reconduzir a vitórias o desestruturado exército francês. A França retomou o reequilíbrio, de forma que, no momento próprio, pudesse receber o Espiritismo.

No ano de 1789, reencarna-se Napoleão Bonaparte com o escopo de reunir os Estados europeus, a fim de que Allan Kardec pudesse decodificar o pensamento de Jesus.

Num episódio mais recente, mais precisamente no tsunami que ocorreu na região da Indonésia, no ano de 2004, os benfeitores sabiam dessa tragédia com trinta dias de antecedência e organizaram equipes de Espíritos que trabalhariam no local (desencarne coletivo – mais de 250.000 pessoas morreram no incidente), para socorrer os recém-desencarnados (esse auxílio espiritual consta da obra “Transição Planetária”, do médium Divaldo Pereira Franco).

Frise-se que esses episódios históricos revelam a maneira prudente, organizada e séria dos Espíritos superiores ao tratarem as questões que lhe dizem respeito.

Temos que aprender com esses Espíritos a desenvolver em nosso caráter a disciplina, a seriedade e o planejamento organizado, que são virtudes a serem conquistadas por todos os Espíritos que ainda não as possuem, ao longo das reencarnações.

Através do conhecimento das leis divinas, sobretudo as morais, vamos desenvolvendo a maturidade e o equilíbrio, que serão patrimônio do Espírito no rumo da plenitude.

Vemos, na Terra, pessoas ainda na fase da juventude ou no início da vida adulta que já revelam tais conquistas espirituais, por serem serenas, responsáveis e ponderadas.

Em contrapartida, vemos pessoas de idade avançada ainda imaturas, levianas, impulsivas, que causam prejuízos a si próprias e aos demais por conta do imediatismo em suas posturas.

Normalmente as pessoas materialistas tendem a ser imediatistas e impulsivas, porque ambicionam resultados rápidos e efêmeros.

Aliás, encontraremos no discípulo Judas Iscariotes esse perfil impulsivo. Judas era o tesoureiro do grupo, portanto, estava acostumado a resultados materiais céleres, e porque não tinha paciência para aguardar o objetivo nobre trazido pelo Cristo, que era a implantação do Reino de Deus no âmago da criatura humana, bem como por desejar a glória terrena de Jesus, vende-O por trinta moedas de prata, presumindo que tal ação apressaria o reinado material do Rabi.

Após o desencarne pelo suicídio, Judas é socorrido por Jesus e inicia sua reabilitação moral, que culmina com sua reencarnação como Joana D’Arc, cuja missão foi mencionada neste artigo.

Dessa forma, diante das metas materiais e morais, que possamos ter maturidade e paciência para a definição e a concretização dos resultados, valendo-nos da prece para que as nossas decisões possam ser as mais equilibradas, evitando, sempre que possível, a improvisação.

Não tenhamos pressa, mas também não acomodemos demais.

Que possamos analisar todas as consequências das nossas ações, percebendo que tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém, conforme nos ensina Paulo de Tarso.

Que façamos um planejamento para a nossa vida, sobretudo no que se refere às conquistas espirituais. Muitas vezes, eliminar totalmente um defeito moral levará mais de uma vida, assim como a conquista definitiva de uma virtude, mas comecemos a agir agora, cientes do resultado que virá na exata proporção do nosso empenho, sendo que temos a nosso favor a eternidade.

Meditemos sobre o planejamento divino e que a nossa vida, de Espírito imortal destinado à plenitude, possa vir a ser uma sucessão de atos conscientes e planejados à luz do amor e da verdade, cujo resultado fatal será a nossa perfeita integração com o Pai Celestial.


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita