WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória
Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 5 - N° 246 - 5 de Fevereiro de 2012

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

O Livro dos Espíritos

Allan Kardec

(Parte 38)

Damos continuidade ao Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano, que focalizará as cinco principais obras da doutrina espírita, na ordem em que foram inicialmente publicadas por Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo.

As respostas às questões apresentadas, fundamentadas na 76ª edição publicada pela FEB, com base em tradução de Guillon Ribeiro, encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate 

A. Donde vem para o homem o temor da morte?

B. Donde nasce o desgosto da vida que, sem motivos plausíveis, se apodera de certas pessoas?

C. Sabemos que o homem não tem o direito de dispor de sua vida: só a Deus assiste esse direito. Quais são, assim, em relação ao estado do Espírito, as consequências gerais do suicídio?

D. Qual é o sentimento que domina a maioria das pessoas no momento da morte: a dúvida, o temor, ou a esperança?

E. Existe o chamado juízo final?

Texto para leitura 

569. O Espírito é sensível à lembrança e às saudades dos que lhe eram caros na Terra, mas uma dor incessante e desarrazoada o toca penosamente, porque ele vê, nessa dor excessiva, falta de fé no futuro e de confiança em Deus, o que será um obstáculo ao adiantamento dos que o choram e, talvez, à sua reunião com estes. (L.E., 936) 

570. As decepções oriundas da ingratidão são uma fonte de amarguras, mas deveis, tão-somente, lastimar os ingratos e os infiéis, porque serão muito mais infelizes do que vós. A ingratidão é filha do egoísmo, e o egoísta topará mais tarde com corações insensíveis, como o seu próprio o foi. Lembrai-vos de todos os que hão feito mais bem do que vós e que tiveram por paga a ingratidão. Lembrai-vos de que o próprio Jesus foi, quando no mundo, injuriado e menosprezado. Seja o bem que houverdes feito a vossa recompensa na Terra, e não atenteis no que dizem os que hão recebido os vossos benefícios. A ingratidão é uma prova para a vossa perseverança na prática do bem; ser-vos-á levada em conta, e os que vos forem ingratos serão tanto mais punidos quanto maior lhes tenha sido a ingratidão. (L.E., 937) 

571. É um erro endurecer o coração por causa das decepções oriundas da ingratidão, porquanto o homem de coração se sente sempre feliz pelo bem que faz, e sabe que, se esse bem for esquecido nesta vida, será lembrado em outra, e que o ingrato se envergonhará e terá remorsos da sua ingratidão. (L.E., 938) 

572. Lastimai os que usam para convosco de um procedimento que não tenhais merecido, pois bem triste se lhes apresentará o reverso da medalha. Não vos aflijais, porém, com isso: será o meio de vos colocardes acima deles. (L.E., 938-A) 

573. Como pode a afeição que une dois seres mudar-se em antipatia e mesmo em ódio? Isso constitui uma punição, se bem que passageira. Ademais, quantos não são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver com as pessoas amadas, não tardam em reconhecer que só experimentaram um encantamento material! Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la. (L.E., 939) 

574. Duas espécies há de afeição: a do corpo e a da alma, acontecendo com frequência tomar-se uma pela outra. Quando pura e simpática, a afeição da alma é duradoura; efêmera a do corpo. Daí vem que, muitas vezes, os que julgavam amar-se com eterno amor passam a odiar-se, desde que a ilusão se desfaça. (L.E., 939) 

575. Constitui fonte de dissabores amargos a falta de simpatia entre seres destinados a viver juntos. Essa, porém, é uma das infelicidades de que sois, as mais das vezes, a causa principal. (L.E., 940) 

576. Nem sempre o suicídio é voluntário: o louco que se mata não sabe o que faz. (L.E., 944-A) 

577. Pobres Espíritos, os que não têm a coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda aos que sofrem, não aos que carecem de energia e de coragem. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados. (L.E., 946) 

578. Ai dos que hajam conduzido o desgraçado ao suicídio! Responderão como por um assassínio. (L.E., 946-A) 

579. É um suicídio deixar-se morrer de fome, quando se está a braços com a maior penúria, mas os que lhe foram causa, ou que teriam podido impedi-lo, são mais culpados do que ele, a quem a indulgência espera. Todavia, não penseis que seja totalmente absolvido, se lhe faltaram firmeza e perseverança e se não usou de toda a sua inteligência para sair do atoleiro. Ai dele, sobretudo, se o seu desespero nasce do orgulho! (L.E., 947) 

580. Há pessoas que preferem morrer de fome a renunciar ao que chamam sua posição social! Haverá, no entanto, mil vezes mais grandeza e dignidade em lutar contra a adversidade, que em sucumbir a ela, em nome do orgulho. (L.E., 947) 

581. O suicídio não apaga a falta. O homem que se mata para escapar à vergonha de uma ação má, em vez de uma, comete duas faltas. Quando se teve a coragem de praticar o mal, é preciso ter-se a de lhe sofrer as consequências. Deus, que é quem julga, pode, conforme a causa, abrandar os rigores de sua justiça. (L.E., 948) 

582. Aquele que se suicida, para evitar que a vergonha caia sobre os filhos ou sobre a família, não procede bem. Mas, como pensa que o faz, Deus lhe leva isso em conta, pois que é uma expiação que ele se impõe a si mesmo. A intenção atenua-lhe a falta; entretanto, nem por isso deixa de haver falta. (L.E., 949) 

583. Engana-se aquele que se mata na esperança de chegar mais depressa a uma vida melhor! Que faça o bem e mais certo estará de lá chegar, pois, matando-se, retarda a sua entrada num mundo melhor e terá que pedir lhe seja permitido voltar, para concluir a vida a que pôs termo sob o influxo de uma ideia falsa. Uma falta, seja qual for, jamais abre a ninguém o santuário dos eleitos. (L.E., 950) 

584. O sacrifício da vida, para salvar a de outrem, ou ser útil aos semelhantes, é sublime e – se essa for realmente a intenção – não constitui suicídio. Mas, se o sacrifício está manchado com o orgulho, Deus não pode vê-lo de bom grado. Só o desinteresse torna meritório o sacrifício e, não raro, quem o faz guarda oculto um pensamento, que lhe diminui o valor aos olhos de Deus. (L.E., 951) 

585. O homem que perece, vítima de suas paixões, que ele sabia haveriam de apressar o seu fim, mas a que não podia resistir, por constituir um hábito arraigado, comete um suicídio moral. Nesse caso, ele é duplamente culpado, porque há nele então falta de coragem e bestialidade, acrescidas do esquecimento de Deus. (L.E., 952) 

586. Esse é mais culpado do que o que tira a vida por desespero, visto que tem tempo de refletir sobre o seu suicídio. Naquele que o comete instantaneamente, há, muitas vezes, uma espécie de desvairamento, que alguma coisa tem da loucura. (L.E., 952-A) 

587. É sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe marcou para a existência, ainda que abrevie seus sofrimentos de alguns instantes. Quem poderá estar certo de que, mau grado às aparências, esse final tenha chegado? (L.E., 953) 

588. Ainda que a morte pareça inevitável e em que a vida só é encurtada de alguns instantes, o suicídio é sempre uma falta de resignação e de submissão à vontade do Criador. (L.E., 953-A) 

589. As consequências de tal ato serão uma expiação proporcionada, como sempre, à gravidade da falta, de acordo com as circunstâncias. (L.E., 953-B)

590. Não há culpabilidade, em não havendo intenção, ou consciência perfeita da prática do mal. (L.E., 954) 

591. Muito diverso do que esperam é o resultado que colhem aqueles que se matam, na esperança de encontrar as pessoas queridas que a morte corpórea levou. Em vez de se reunirem aos que eram objeto de suas afeições, deles se afastam por longo tempo, pois não é possível que Deus recompense um ato de covardia e o insulto que lhe fazem ao duvidarem de sua providência. Os que assim se suicidam pagarão esse instante de loucura com aflições maiores do que as que pensaram abreviar, e não terão, para compensá-las, a satisfação que esperavam. (L.E., 956) 

592. O homem tem, instintivamente, horror ao nada, porque o nada não existe. (L.E., 958) 

593. O sentimento instintivo da vida futura explica-se assim: antes de encarnar, o Espírito conhecia todas essas cousas e conserva vaga lembrança do que sabe ou do que viu no estado espiritual. (L.E., 959) 

594. A crença, com que deparamos entre todos os povos, na existência de penas e recompensas porvindouras resulta do pressentimento da realidade, trazido ao homem pelo Espírito nele encarnado. Não é debalde que uma voz interior nos fala. Nosso erro consiste em não lhe prestarmos bastante atenção, porque melhor nos tornaríamos, se nisso pensássemos muito, e muitas vezes. (L.E., 960) 

595. O número de cépticos é muito menor do que se julga. Muitos se fazem de espíritos fortes, durante a vida, apenas por orgulho. No momento da morte, porém, deixam de ser tão fanfarrões. (L.E., 962) 

596. Dizem-nos a razão e a justiça que, na partilha da felicidade a que todos aspiram, não podem estar confundidos os bons e os maus. Não é possível que Deus queira que uns gozem, sem trabalho, de bens que outros só alcançam com esforço e perseverança. (L.E., 962, comentário de Kardec.) 

597. Deus se ocupa com todos os seres que criou, por mais pequeninos que sejam. Nada, para a sua bondade, é destituído de valor. (L.E., 963) 

598. As leis de Deus regem as nossas ações. Se as violamos, nossa é a culpa. Quando um homem comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento. Ele traçou um limite: as enfermidades e muitas vezes a morte são a consequência dos excessos. Eis aí a punição; é o resultado da infração da lei. Assim em tudo. (L.E., 964) 

599. Todas as nossas ações estão submetidas às leis de Deus. Nenhuma há, por mais insignificante que nos pareça, que não possa ser uma violação daquelas leis. Se sofremos as consequências dessa violação, devemos queixar-nos apenas de nós mesmos, porque, desse modo, nos constituímos os causadores da nossa felicidade ou infelicidade futuras. (L. E., 964, comentário de Kardec.) 

Respostas às questões propostas 

A. Donde vem para o homem o temor da morte? 

A origem do temor da morte resulta, em primeiro lugar, do ensino milenarmente praticado pelas religiões tradicionais segundo o qual, após a morte corpórea, há apenas duas alternativas para o indivíduo: o inferno ou o paraíso. As pessoas que creem nisso, tendo consciência de suas imperfeições, temem evidentemente o fogo eterno que as queimará, diferentemente do que ocorre com o justo, ao qual a morte não inspira temor algum, porque, com a fé, tem ele a certeza do futuro e a esperança o faz contar com uma vida melhor, finda a existência corpórea. Quanto ao materialista, mais preso à vida corpórea do que à vida espiritual, sua felicidade consiste geralmente na satisfação fugaz de todos os seus desejos e, assim, a morte o assusta, porque duvida do futuro e sabe que terá de deixar no mundo suas afeições e esperanças. O homem moralizado, que se colocou acima das necessidades factícias criadas pelas paixões, experimenta já neste mundo gozos que o materialista desconhece. A moderação de seus desejos dá a seu Espírito calma e serenidade. Ditoso pelo bem que faz, não há para ele decepções, e as contrariedades lhe deslizam por sobre a alma, sem nenhuma impressão dolorosa deixarem, motivo pelo qual não existe razão para temer o que o aguarda no além-túmulo. (O Livro dos Espíritos, questão 941.) 

B. Donde nasce o desgosto da vida que, sem motivos plausíveis, se apodera de certas pessoas? 

Esse desgosto advém da ociosidade, da falta de fé e, também, da saciedade. (Obra citada, questão 943.)

C. Sabemos que o homem não tem o direito de dispor de sua vida: só a Deus assiste esse direito. Quais são, assim, em relação ao estado do Espírito, as consequências gerais do suicídio? 

Muito diversas são as consequências do suicídio. Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o produziram. Há, porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar: é o desapontamento. Mas a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam a falta imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam. (Obra citada, questão 957. Ver também questões 944, 945, 946, 947, 948, 949, 950, 955 e 956.)

D. Qual é o sentimento que domina a maioria das pessoas no momento da morte: a dúvida, o temor, ou a esperança? 

A dúvida, nos cépticos empedernidos; o temor, nos culpados; a esperança, nos homens de bem.  (Obra citada, questões 961 e 981. Ver também questão 941.)

E. Existe o chamado juízo final? 

Não. Deus tem suas leis a regerem todas as nossas ações. Se as violamos, nossa é a culpa. Indubitavelmente, quando um homem comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento, dizendo-lhe, por exemplo: “Foste guloso, vou punir-te”. Ele traçou um limite; as enfermidades e muitas vezes a morte são a consequência de nossos excessos. Eis aí a punição: é o resultado da infração da lei. Assim em tudo. Mas o Criador é previdente, pois que nos adverte, a cada instante, de que estamos fazendo o bem ou o mal e envia-nos os Espíritos para nos inspirarem. Além disso, faculta sempre ao homem, concedendo-lhe novas existências, recursos para reparar seus erros passados e, desse modo, voltar ao caminho da retidão moral. (Obra citada, questões 963 e 964.)

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita