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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 247 - 12 de Fevereiro de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 11)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. De que modo a parte não material das espécies inferiores consegue sobreviver à morte corpórea dessas mesmas espécies?

O processo é semelhante ao que ocorre por ocasião da morte corpórea do homem, em que a alma, desligada do corpo físico, continua a viver. A alma humana, ou Espírito, muda de plano. As crisálidas de consciência dos reinos inferiores, mergulhadas em campo vibratório diferente pelo fenômeno da morte, justapõem-se às células renascentes que continuam a servi-las, colhendo elementos de transmutação para a volta à esfera física, pela reencarnação compulsória, sob a orientação das Inteligências Sublimes que nos sustentam a romagem. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. VI, pág. 52.)

B. Pode-se saber quanto tempo gastou o princípio inteligente até poder lançar as primeiras emissões de pensamento contínuo?

Sim. Com a Supervisão Celeste, o princípio inteligente gastou, desde o vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou menos quinze milhões de séculos, a fim de que pudesse, como ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar as suas primeiras emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. VI, pp. 52 e 53.)

C. Nessa trajetória evolutiva do princípio inteligente, os fatos se passaram de forma automática?

É evidente que não, pois só a inteligência consegue traçar linhas inteligentes. Por isso, atendendo-se aos objetivos finalistas do Universo, não é possível esquecer o Plano Divino, quando se trate de qualquer imersão mais profunda na Genética, ainda mesmo que isso repugne aos cultores da ciência materialista, que não imaginam que nesse processo houve e há uma participação decisiva dos Arquitetos Espirituais, entrosados à Supervisão Celeste. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. VII, pp. 54 e 55.) 

Texto para leitura 

41. Descendência e seleção - André Luiz diz que os trabalhos gradativos da descendência e da seleção, que encontrariam em Lamarck e Darwin expositores dos mais valiosos, operavam-se em dois planos. As crisálidas de consciência dos reinos inferiores, mergulhadas em campo vibratório diferente pelo fenômeno da morte, justapunham-se às células renascentes que continuavam a servi-las, colhendo elementos de transmutação para a volta à esfera física, pela reencarnação compulsória, sob a orientação das Inteligências Sublimes que nos sustentam a romagem, circunstância que nos compele a considerar que o transformismo das espécies, como também a constituição de espécies novas, em se ajustando a funções fisiológicas, expansão e herança, baseiam-se no mecanismo e na química do núcleo e do citoplasma, em que as energias fisiopsicossomáticas se reúnem. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. VI, pág. 52.) 

42. Genealogia do Espírito - Os naturalistas situados no chão do mundo, desde os sacerdotes egípcios até os mais eminentes biólogos modernos, atreitos à unilateralidade de observação, compreensivelmente não conseguirão suprir as lacunas existentes no quadro da evolução, não obstante Cuvier, com a Anatomia Comparada, tenha traçado forma básica à sistemática da Paleontologia. Em verdade, as leis da reprodução animal, orientadas pelos Instrutores Divinos, desde o casulo ferruginoso do leptótrix, através da retração e expansão da energia nas ocorrências do nascimento e morte da forma, recapitulam ainda hoje, na organização de qualquer veículo humano, na fase embriogênica, a evolução filogenética de todo o reino animal, demonstrando que além da ciência que estuda a gênese das formas há também uma genealogia do espírito. Com a Supervisão Celeste, o princípio inteligente gastou, desde o vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou menos quinze milhões de séculos, a fim de que pudesse, como ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar as suas primeiras emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. VI, pp. 52 e 53.) 

43. Princípio inteligente e hereditariedade - Da mesma maneira que a Geometria é a ciência que estuda as propriedades do espaço limitado, a hereditariedade é a lei que define a vida, circunscrita à forma em que se externa. Só a inteligência consegue traçar linhas inteligentes. Por isso, atendendo-se aos objetivos finalistas do Universo, não é possível esquecer o Plano Divino, quando se trate de qualquer imersão mais profunda na Genética, ainda mesmo que isso repugne aos cultores da ciência materialista. Como se estruturaram os cromatídeos nos cromossomos é problema que ainda escapa aos nossos sentidos, mas sabemos que os Arquitetos Espirituais, entrosados à Supervisão Celeste, gastaram longos séculos preparando as células que serviriam de base ao reino vegetal, combinando nucleoproteínas a glúcides e a outros elementos primordiais, a fim de que se estabelecesse um nível seguro de forças constantes, entre a bagagem do núcleo e do citoplasma. Com semelhante realização, o princípio inteligente começa a desenvolver-se do ponto de vista fisiopsicossomático. Não apenas a forma física do futuro promete então revelar-se, mas também a forma espiritual. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. VII, pp. 54 e 55.) 

44. Fatores da hereditariedade - Na intimidade dos corpúsculos simples que evoluiriam para a feição de máquinas microscópicas, formadas de protoplasma e paraplasma, fixam-se, vagarosamente, sob influenciação magnética, os fragmentos de cromatina, organizando-se os cromossomos em que seriam condensadas as fórmulas vitais da reprodução. Processos múltiplos de divisão passam a ser experimentados. A divisão direta ou amitose é largamente usada para, em seguida, surgir a mitose ou divisão indireta, em que as alterações naturais da mônada celeste se refletem no núcleo, prenunciando sempre maiores transformações. Lentamente os cromossomos adquirem a sua apresentação peculiar, em forma de ponto-alça-bastonete-bengala, e a evolução que lhes diz respeito na cariocinese, desde a prófase à telófase, merece a melhor atenção dos Construtores Divinos, que, através do centro celular, mantêm a junção das forças físicas e espirituais, ponto esse em que se verifica o impulso mental, de natureza eletromagnética, pelo qual se opera o movimento dos cromossomos, na direção do equador para os polos da célula, cunhando as leis de hereditariedade e da afinidade que se vão exercer, dispondo nos cromatídeos, em forma de granulações perfeitamente identificáveis entre o leptotênio e o paquitênio, os genes ou fatores da hereditariedade, que, no transcurso dos séculos, são fixados em número e valores diferentes para cada espécie. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. VII, pág. 55.)  (Continua no próximo número.)

 

Glossário: 

Cromatídeo: cada metade de um cromossomo, resultante do processo de divisão celular (mitose). 

Cromatina: substância facilmente corável encontrada no núcleo das células, e que é o elemento principal dos cromossomos. 

Cromossomo: cada um dos corpúsculos de cromatina (substância corável) que aparecem no núcleo da célula durante a divisão celular (mitose), os quais contêm os genes ou fatores hereditários. 

Núcleo da célula: é a parte essencial da célula, que contém os cromossomos, portadores dos genes. 

Citoplasma: o protoplasma, massa formadora da célula, excluído o núcleo. 

Paraplasma: parte do conteúdo da célula, que consiste de materiais inertes, como certos carboidratos (açúcares). 

Protoplasma: substância gelatinosa que constitui a massa celular, sendo a base das funções vitais.


Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf



 


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