ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP
(Brasil)
Bases no
Evangelho e
critério de
justiça
Um dos
princípios que
estruturam o
corpo
doutrinário do
Espiritismo é a
pluralidade das
existências, ou
reencarnação.
Renegada,
incompreendida
por muitos, seu
quesito
principal é a
justiça. Afinal
é a única
realidade capaz
de explicar os
extremos humanos
em todos os
sentidos.
Podemos
perguntar: por
que uns nascem
pobres e outros
ricos? Por que
tudo para uns e
nada para
outros? Por que
uns são
inteligentes,
capazes,
saudáveis,
outros
incapazes,
enfermos,
limitados em
vários sentidos?
Por que uns
passam a vida
com facilidade e
outros com
dificuldades
atrozes,
materiais,
morais,
espirituais, de
saúde e de
oportunidades?
Como explicar os
gênios de todas
as áreas? Como
entender uma
existência
inteira travada
numa cama ao
lado de outros
que desfrutam de
saúde
inabalável? E as
crianças sem
cérebro ou com
doenças
terminais? Como
explicar um
Hitler, um
Einstein, uma
Madre Teresa, ou
Irmã Dulce, ou
Chico Xavier, ou
ainda Zé Arigó,
Bill Gates e
João Paulo II,
Zilda Arns e
Fernandinho
Beira-mar ou
outros
comportamentos e
vida
completamente
extremos.
Poderíamos ficar
relacionando
aqui, mas nem é
preciso, o
leitor já
percebeu as
diferenças
humanas.
Por outro lado,
estamos
assistindo à
tragédia
brasileira no
Estado do Rio de
Janeiro, dentre
tantas outras
ocorridas no
planeta, com
morte,
sofrimento,
destruição, como
nos terremotos,
tsunamis,
epidemias,
guerras etc. Nem
é preciso
continuar...
Como podemos
conciliar tudo
isso com a
Bondade e
Grandeza de
Deus, perfeição
absoluta,
Criador de todas
as coisas, Pai
da Vida, causa
de tudo que
existe? Como
entender que ele
permita tanto
sofrimento aos
próprios filhos?
E como conciliar
ao mesmo tempo
sortes tão
diferentes para
que uns tenham
saúde, dinheiro
e facilidade,
enquanto para
outros tudo
falta...? Deus
teria
preferência por
alguns filhos?
Inconcebível
pensar isso.
Claro, tudo
acontece porque
somos a causa.
Somos relapsos,
irresponsáveis,
descuidados,
indiferentes,
egoístas,
vaidosos,
prepotentes, e
por aí vai. É
preciso
continuar? A
vida apenas nos
devolve o que
fazemos.
Desrespeitamo-nos
mutuamente,
desrespeitamos a
natureza,
violentamos a
vida, esperamos
o que? E o mais
interessante,
tudo isso não é
castigo, é
apenas
consequência de
nossas
infantilidades e
precipitações
coletivas,
afinal, a
sociedade é a
soma dos
indivíduos.
Todavia, a causa
nem sempre está
nessa
existência...
A reencarnação é
um processo
evolutivo,
oferecendo-nos
continuadas
oportunidades de
aprendizado e
progresso. O que
não fizemos
agora, faremos
mais tarde. O
que
negligenciamos
fazer hoje,
teremos que
fazer amanhã. As
lesões que
causamos ao
próximo e a nós
mesmos ontem,
estamos
reparando hoje,
por exigência
consciencial.
Por
consequência, o
bem que fazemos
hoje nos trará
felicidade
amanhã. É um
mecanismo justo
porque traz a
cada um o
resultado de
suas ações, nos
aprendizados,
provas e
reparações para
com a própria
consciência e à
própria vida.
Somos o que
fizermos de nós.
Daí as
diferenças em
todos os
sentidos. Os que
se esforçam
alcançam mais,
os que
negligenciam
colhem tais
frutos. O
sofrimento, em
qualquer área,
contudo, não
significa
reparação, mas
pode ser
necessidade de
aprendizados.
Embora ninguém
esteja
abandonado ou
esquecido, mas
todos teremos
que nos esforçar
para progredir.
Isso é Lei! E
para os que
rebatem ou não
conseguem
compreender o
sábio mecanismo
dessa lei
natural da vida,
basta buscar o
Evangelho, base
do Espiritismo,
e estudar. Para
qualquer assunto
que queiramos
abordar, antes é
preciso
conhecer. Não
podemos emitir
opiniões
precipitadas ou
apaixonadas do
que não
conhecemos.
Isso vale para
qualquer
assunto, pelo
menos em
respeito à
liberdade de
expressão e
opção de
qualquer pessoa
ou grupo social.
Afinal, não
sabemos
exatamente o
nível de
entendimento de
cada pessoa.
Como julgar algo
que não
conhecemos
devidamente? É
preciso antes de
falar,
conhecer... É o
caso do
Espiritismo e da
reencarnação.