Valiosa
observação
Efigênio S.
Vítor
Estejamos todos
nós na paz do
Senhor.
Com ligeiras
palavras,
abordaremos
certo assunto
que nos fala de
perto aos
serviços de
intercâmbio.
Referimo-nos à
estranheza que
nos infundem
muitas das
dificuldades com
que se
evidenciam as
entidades
sofredoras e
enfermiças em
seus processos
de comunicação.
Surgem nelas,
quando menos
esperamos,
frustrações da
memória com
absoluta
ocultação da
personalidade,
fazendo-se
acompanhar por
hiatos de
cultura e de
problemas
sentimentais com
que não
contávamos, em
se tratando de
criaturas de
nosso convívio
pessoal, na
experiência
terrestre.
Criaturas que se
nos afiguravam
respeitáveis,
emergem nas
lides mediúnicas
com expressões
irreconhecíveis
à nossa
apreciação, e
almas simples,
que nos pareciam
corretas,
revelam-se de
tal modo
conturbadas, que
as
manifestações, a
elas atribuídas,
em várias
circunstâncias
mais se
assemelham a
tremendas
mistificações.
Não podemos,
entretanto,
esquecer, nesse
gênero de
serviço, que nos
achamos em
contacto com
Inteligências
desencarnadas,
muita vez
padecendo
ásperos choques
em sua
organização
perispirítica, a
se expressarem
por amnésia
parcial ou
total.
O
observador
exigente poderá
regalar-se na
crítica,
exigindo
elementos de
identificação
individual
imediata para
que a
sobrevivência
seja
necessariamente
positivada,
olvidando,
porém, que ele
mesmo, numa
simples hora de
temporário
desprendimento,
através do sono,
não pode
responder pelas
próprias
impressões, de
vez que se
envolve em
campos emotivos,
dificilmente
transitáveis,
adstritos à
realidade de que
ainda nos vemos
muito distantes
do comando
completo de
nossa vida
mental, em toda
a sua
maravilhosa
extensão.
É
indispensável
reparar, assim,
que, nas
atividades de
assistência aos
nossos irmãos
infelizes ou
extraviados nas
trevas, em
muitas ocasiões
tratamos de
perto com
Espíritos caídos
nas faixas de
existências
pretéritas,
respirando em
linhas
inferiores de
sensações e
impressões que
eles mesmos
acreditavam
definitivamente
abandonadas,
quando, no campo
denso, nada
fizeram por
extirpar as
raízes dos
sentimentos
indesejáveis que
nutriram
apaixonadamente
em outras
épocas.
Esses fenômenos,
quando surgem,
revelam-se
diante de nós
como enigmas
mediúnicos de
tremenda
importância para
os postulados de
nossa fé; no
entanto, basta
nos acomodemos à
lógica para
observar, com
justeza de
propósitos, que
se a nós mesmos
é demasiado
difícil o
governo das
potências
sensoriais,
enquanto
residimos
transitoriamente
na carne,
durante a
hipnose
espontânea, a
exprimir-se no
sono de cada
dia, como será
transcendente
para os
desencarnados,
que não se
prepararam ante
a vida do
espírito, o
fenômeno da
separação
compulsória de
tudo o que lhes
constituía o
império dos
desejos e dos
hábitos na
Terra, império
esse de que se
afastaram pelo
constrangimento
da morte...
Daí nasce o
impositivo de
muita paciência
e serenidade a
quem assiste e a
quem doutrina, a
quem socorre e a
quem ajuda no
campo da
obsessão, no
qual mentes
encarnadas e
desencarnadas se
jungem,
desvairadamente,
umas às outras,
criando
verdadeiras
simbioses de
perturbação e
criminalidade.
É
por isso que
convidamos os
companheiros à
bondade e à
tolerância,
diante de
qualquer
indagação ou
surpresa da
esfera
medianímica,
guardando-se,
inapagável, o
lume da oração,
porque através
da prece o
amparo dos
Planos
Superiores se
manifesta,
incontinenti,
auxiliando-nos
no trato
pacífico e
edificante com
todas as lutas
naturais no
caminho de
quantos se
propõem à tarefa
de auxílio às
mentes
transviadas na
sombra.
Esperamos que
nossos irmãos
possam, em
diferente
oportunidade,
examinar a tese
com propriedade
e brilho de
conceituação,
definindo, com
clareza
possível, tais
fenômenos que,
em muitas
circunstâncias,
nos compelem a
dúvidas
desnecessárias e
a lamentável
perda de tempo.
Mensagem
transmitida na
noite de 3 de
maio de 1956,
constante do
livro Vozes
do Grande Além,
de autoria de
Espíritos
Diversos por
intermédio do
médium Francisco
Cândido Xavier.